Capítulo 6

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Noah

Yohanna saiu nervosa quando ouviu seu nome sendo chamado pelo alto falante. O que será de tão sério?

— Espero que da próxima a gente consiga, doutor — Marjorie se dirigiu ao Carter, assim que saíram da sala.

— Sim! Marque o próximo ultrassom para daqui quinze dias, senhorita Chermont — ela assente.

— Podemos ir?

— Sim, eu já estou pronta — nos despedimos do doutor Carter e saímos andando — Cadê a Yohanna? Eu queria me despedir! — Marjorie olha em volta, para ver se a encontrava.

— Ela foi chamada na sala da diretoria, deve estar por lá ainda.

— É mesmo? O que será que houve?

— Sei lá, para de ser curiosa — reviro os olhos.

Eu também estava curioso, mas ninguém precisava saber disso. Deixei Marjorie no apartamento dela e fui para a empresa, eu avisei que ia chegar mais tarde hoje.

— Bom dia, Noah! — Andrew olhou para mim, assim que entrei na sala.

— Bom dia! Obrigado por não me chamar de senhor — me sento na cadeira.

— Só vou lhe chamar pelo nome quando não estiver perto de um superior — assenti.

— É uma bobagem, mas tudo bem. Alguma coisa aconteceu na empresa durante as horas que fiquei ausente?

— Não, nada. E a dançarina? Ligou?

— Não, mas eu não perdi as esperanças.

— Ela passar a noite contigo já foi sorte, mas se ligar, você nasceu com a bunda virada pra lua — eu gargalhei quando ele terminou a frase.

— De onde você tirou isso? É um ditado popular? — continuei rindo.

— Minha avó sempre dizia isso quando alguém tem muita sorte — explicou.

— Interessante, eu nunca ouvi isso — abro uma guia de documentos no computador.

Eu queria muito que a dançarina me ligasse, gostaria de mais uma noite com ela, mas eu poderia voltar lá e pedir um agrado, paguei caro por horas de prazer.

— Noah — Rebecca me chamou antes que eu entrasse no elevador.

— Oi — abri um pequeno sorriso, eu queria tanto abraça-la.

— Mamãe me contou que a Marjorie está grávida de um bebê seu e que a gravidez é de risco.

— Eu sabia que ela não ia conseguir ficar quieta — suspiro.

— Ela só ficou preocupada, a nossa mãe falou que você não está aceitando muito bem essa história, fica dizendo que o bebê não é seu.

— Eu peguei ela com outro na cama, é lógico que eu tenho que desconfiar.

— Sim, mas a mãe sabe quem é o pai do bebê, mesmo que ela foi para a cama com outro.

— Por que você está defendendo a Marjorie? Ela nunca gostou de você! — cruzo os braços.

— Não estou defendendo, só acho que você deve ser mais tranquilo com ela, os dois correm risco.

— Está bom, maninha! Eu vou melhorar, mas não pense que eu vou virar um anjo — entrei no elevador.

Odeio o fato das pessoas ficarem se intrometendo na minha vida, mesmo sendo a minha família, minha mãe não tem direito de ficar falando para todo mundo sobre a gravidez.

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora