Capítulo 13

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*Sem Revisão

Continuei deitada no tapete, pensando o que meu irmão pode aprontar, ele não voltaria para Paris à toa, só espero que não seja algo muito ruim que faça minha mãe sofrer.

— Eu sabia que não ia resistir — Noah se sentou ao meu lado, colocando dois copos de suco na mesinha de centro.

— Tive que ser uma mulher mal educada, esse tapete é um sonho — me sentei.

— Acho que nem as minhas sobrinhas vão se encantar tanto com esse tapete — brincou.

— Quantas sobrinhas você tem? — peguei um copo com suco.

— Três meninas e dois meninos.

— Seus pais devem adorar já ter tudo isso de netos e daqui a pouco vão ganhar mais um.

— Sim, eles adoram, minha mãe parece mais feliz com o bebê que Marjorie vai ter.

— Seu pai ainda tem receio do bebê não ser seu? — assentiu.

— Meu pai é daqueles que tem que ver, pra crer.

— Entendi — bebi um gole do meu suco.

— E a sua família? Como é? — engoli o líquido rápido, fazendo minha garganta arder.

— Complicada, mas eu amo a minha mãe, faço qualquer coisa por ela — sorri de lado.

— Acho que todas as famílias passam por momentos complicados, mas tudo se resolve no final — concordei, mesmo sabendo que isso vai ser difícil acontecer na minha família.

— Vamos mudar de assunto! Essa pinta é de nascença? — passo o polegar na pinta que tem em seu braço.

— Sim, meu pai tem e eu nasci com uma igual a dele.

— Legal! Na minha família não temos um sinal de nascença, e não nos parecemos também, misturou bastante os genes. Já a sua são parecidos uns com os outros, os olhos da sua irmã Rebecca são iguais aos seus, só Alícia que é mais diferente, tem os cabelos claros e olhos verdes.

— E olha que Rebecca nem é a minha irmã de sangue, mas eu já ouvi que os olhos dela são iguais aos meus.

— Ela não é sua irmã?

— Não, meus pais adotaram ela no Brasil quando tinha quatorze anos e desde então ela faz parte da nossa família.

— Eu acho um lindo gesto das famílias que adotam crianças.

— É muito bom ouvir isso! — beijou meus cabelos — Não conta para ninguém sobre o que eu disse, Rebecca ficou furiosa quando uma assistente da empresa jogou na cara dela que ela era adotada e não poderia ocupar um cargo tão bom na empresa, eu e as minhas irmãs não conversamos direto até hoje por conta disso, eu as ofendi quando fui tirar satisfação com Pierre sobre ele ter sido grosseiro com Marjorie, sendo que não aconteceu nada do que ela me falou.

— Ela mentiu e você brigou com as suas irmãs?

— Sim, eu era muito idiota e submisso à ela, eu odeio tudo isso, queria voltar no tempo e mudar as coisas que fiz. Alícia fala comigo as vezes, mas nada como antes, ela ainda está magoada.

— Você não precisa voltar no tempo para mudar as coisas, faça por merecer o perdão das suas irmãs e não erre novamente.

— Eu vou tentar — suspirou.

— Tenho certeza que vai conseguir — passei os dedos por seus cabelos.

— Obrigado! — sorriu de lado.

Noah me contou um pouco sobre a sua infância aqui em Paris e também falei de algumas coisas que me marcaram em Sidney. Temos marcos em comum, mesmo que a vida financeira dele foi melhor que a minha.

☆☆

Acordei na cama, sem ninguém ao meu lado, olhei no relógio que marcava 02h32min da madrugada, me levantei indo pra cozinha beber água. Antes de voltar, eu vi o Noah deitado no tapete vestindo só uma calça de moletom, me abaixei passando a mão em seus cabelos macios.

— Está acordado? — perguntei em voz baixa.

— Sim, às vezes eu não consigo dormir a noite e aí fico acordado — abriu os olhos.

— Vou ficar aqui contigo, não consigo dormir agora — me acomodei ao seu lado, arrumando a camiseta que subiu nas minhas coxas.

— Eu não vou recusar sua companhia — ficou de lado, passando a mão em meu cabelo — Eu quero ti beijar de novo — sussurrou, raspando o seu nariz no meu.

— E por que não beija? — sussurrei.

Ele sorriu e seus lábios colaram nos meus, sua mão segurou minha nuca, mantendo minha boca na sua, seu corpo se virou sobre o meu, abri minhas pernas para ele encaixar as suas entre elas. Sua língua se enroscava na minha de um forma sensual, mergulhei meus dedos nos fios do seu cabelo e gemi quando seus lábios tocaram minha orelha.

— Você me deixa louco, Yohanna! Como pode deixar meu pau duro só com um beijo? — prendeu o lóbulo entre os dentes e o meu corpo se arrepiou reagindo a sua voz.

— Tenho esse poder sobre os homens — brinquei e ele riu, seu hálito quente bateu contra a minha pele.

— Eu adoro esse teu jeito! — beijou meus lábios — Não sei se vou conseguir me controlar até o fim da noite — falou baixo, como se tivesse confessando algo.

— Em nenhum momento eu pedi pra você se controlar. Seja meu por essa noite, Noah! — encarei seus olhos azuis.

— Acho que já sou antes mesmo de você pedir — me beijou.

Suas mãos desceram até a barra da camiseta, a tirando e me deixando só de calcinha, sua boca foi para o meu seio esquerdo enquanto o outro era massageado com a sua mão. Meu corpo o queria logo e então o puxei para voltar a me beijar, Noah me ergueu para o seu colo e me levou pro quarto, me colocando na cama, ele abriu a gaveta do criado mudo e pegou um preservativo, depois tirou a calça.

— Ti quero todo dentro de mim — me arrumei na cama.

— Você aguenta tudo de uma vez? — passou a cabeça do seu pau na minha entrada, me provocando.

Sorri e o beijei. Ele entrou em mim, fechei os olhos arranhando suas costas, Noah controlava os movimentos enquanto suas mãos apertaram minha bunda, erguendo meu quadril para que o sentisse mais fundo, gemi quando seus dedos estimulavam meu clitóris.

— Eu vou... — meu corpo estava em êxtase, mal consegui terminar a frase.

— Goza comigo, baby — sua voz rouca me fez atigir o orgasmo, meu corpo tremia embaixo do dele.

Noah se deitou ao meu lado e me puxou para os seus braços, beijei seu peito enquanto nossas respirações voltavam ao normal, deslizei meu corpo para cima do dele e apoiei meus cotovelos no colchão ficando com o rosto quase colocado ao dele. Eu não precisava dizer nada, mesmo não me conhecendo há muito tempo, Noah sabe que gosto de muito prazer em uma única noite. Ele voltou a se deitar sobre mim. Eu estava me sentindo em paz e feliz com alguém, como não conseguia há anos.

Sei que esse capítulo deveria estar melhor pelo tempo que demorei para postar, ainda estou com dificuldade para escrever. Me perdoem! ♧

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora