Capítulo 34

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Yohanna

Me arrumei para encontrar Marjorie enquanto Noah deixava Anne pronta, pendurei minha bolsa no ombro e fui pra sala.

— Que linda você está, bebê! — sorri olhando pra ela no carrinho.

— Queria ir com vocês, mas tenho que visitar Alícia — Noah vestiu uma camiseta cinza.

— Manda um beijo pra ela e pros seus sobrinhos — lhe beijei.

— Você quer que eu ti pegue em algum lugar mais tarde? — perguntou com sensualidade na voz.

— Eu mando mensagem com o lugar — beijei seus lábios e saímos os três.

Como a padaria é aqui perto, Noah não precisou me levar de carro, assim que entrei percebi que Marjorie estava falando no telefone, pedi pra atendente levar na mesa um Croissant e uma xícara de café com leite.

— Sim, mas depois a gente se fala. Até mais! — desligou o celular rapidamente quando nos aproximados.

— Oi, Yohanna! — me abraçou e deu um beijo na testa da Anne.

— Oi, Marjorie! Como você está? — me sentei.

— Estou bem e você?

— Tudo bem! Você não quer pegar a Anne? — olhei pra bebê que estava olhando pra mãe.

— Não, ela está melhor no carrinho! Você já fez seu pedido? — assenti — E aí, me conta como está sendo morar em Londres.

— Está ótimo, ainda não conheço muitos lugares, mas o pouco que conheci me encantou — um moço trouxe os meus pedidos e agradeci.

— Pretende ficar lá por quanto tempo?

— Não tenho data fixa para ficar lá, vai ser de acordo com o número de alunos que for aparecendo — bebi um gole de café.

— Você morava em Paris por conta da sua mãe, mas como ela não está mais entre nós, não tem nada de muito importante que lhe prende aqui — comentou e eu achei estranho sua fala.

— Meus amigos e Noah estão aqui, eles são importantes pra mim.

— Será que relacionamentos a distância duram? Estou falando isso porquê sou sua amiga e não quero que você sofra.

— Se o sentimento for forte, ele resiste a distância e Londres não é tão longe — dei de ombro.

— Sim, verdade! Trocando de assunto, os jornais não param de falar sobre a prisão do doutor Grant. Você foi corajosa em denúncia-lo!

— Eu não o denunciei — menti, vou seguir o conselho do Noah e não contar tudo a Marjorie.

— Não? Mas você tinha tantos problemas com ele no hospital!

— Pelo que Raquel ouviu nos corredores do hospital foi uma paciente que o denunciou e aos poucos outras pessoas foram aparecendo — comentei o que não era mentira.

— Você deve estar satisfeita, né? Mesmo que não tenha sido sua denúncia que o prendeu.

— Estou agradecida e não satisfeita, uma pessoa que faz esse tipo de coisa tem que estar preso — balançou a cabeça como se estivesse concordando.

Depois de tomar café com Marjorie eu fui pro apartamento da Raquel, ela abriu a porta e me abraçou bem forte.

— Que saudade! — me soltou.

— Também sinto sua falta — beijei seu rosto — Como você está? — nos sentamos no sofá.

— Bem, mas acho que o meu relacionamento com o Andrew não vai durar muito, ele é ciumento demais e nem sonha com o meu trabalho noturno. Imagina se descobrir? Tenho medo de contar e ele me julgar, como muitos já fizeram quando falei sobre a dança.

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora