Capítulo 40

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Yohanna

Abri meus olhos e pisquei algumas vezes para me acostumar com a claridade que iluminava o quarto pela janela, vou me lembrar de fechar as cortinas da próxima vez. Fiz minhas necessidades matinais e fui pra cozinha, Noah estava em frente ao fogão preparando alguma coisa, eu adorava vê-lo só de cueca samba-canção, apertei sua bunda beijando suas costas.

— Bom dia, amor! — ele se virou pra mim, deixando um beijo em meus lábios.

—  Bom dia! Dormiu bem? — passei os braços em volta do seu pescoço.

— Muito bem, não poderia ter uma noite ruim depois do que fizemos ontem — puxou minha cintura, para que eu ficasse mais perto.

— O que fizemos ontem? Não estou lembrada — ergui a ponta dos pés para ficar da sua altura.

— É mesmo? Será que vou precisar levá-la até o quarto para que se lembre de tudo? Ou pode ser aqui mesmo, não me importo — me colocou sentada sobre a mesa.

— Você já acorda safado, né? — sorri.

— É você que me deixou assim! — me beijou.

Suas mãos apertaram meus seios por cima da blusa e quando elas iam descer mais, ouvimos o chorinho da Anne, ri da sua cara quando nos afastamos.

— Eu termino o café — desci da mesa.

— Ainda vamos terminar isso — deu um tapa na minha bunda antes de sair da cozinha.

Noah estava assando panquecas americanas, tentei deixar as que fiz parecidas com as deles, mas não ficaram tão idênticas. Preparei o café e coloquei tudo na mesa, ele voltou com Anne, a colocando no cadeirão.

— Que horas você buscou a Anne? Dormi tanto assim? — me sentei.

— Eu acordei com o celular tocando, Alícia me ligou dizendo que Anne acordou e começou a chorar — disse enquanto preparava a mamadeira dela.

— Ela é uma bebê muito tranquila, tão pequena e já dormi fora de casa, vai ser uma mulher independente no futuro — brinquei com ela, a fazendo rir.

— O que quer dizer com independente? — entregou a mamadeira à ela e se sentou.

— Não vai depender muito de você quando ficar maior.

— Você acha que a Anne vai sair de casa quando for maior de idade? — ele parecia assustado com essa possibilidade.

— Não necessariamente, mas ela pode querer ter a próprio lugar para morar.

— Eu não sei se vou estar preparado para esse momento — despejou um pouco de mel nas panquecas do seu prato.

— Você pode ir começando a se preparar emocionante desde já então, ai tem tempo suficiente para se acostumar com a ideia — sugeri.

— Você quer ter filhos? — ele me encarou, trocando bruscamente de assunto.

— Acho que sim.

— Você quer ou não ter filhos?

— Eu nunca pensei na maternidade, sempre me imaginei brincando com os sobrinhos, mas com os meus filhos não.

— Então não quer ter filhos? — franziu a testa.

— Podemos conversar sobre esse assunto em outro momento? — concordou, balançando a cabeça.

O restante do café da manhã foi em silêncio. Será que Noah ficou chateado com o que eu disse? Eu seria uma boa mãe? Eu amo tanto os sobrinhos dele e a Anne. E ser mãe não é só ter o bebê e pronto, ser mãe é educar, amar e se entregar totalmente, isso me assusta um pouco, mas eu acho que faz parte, não nascemos sabendo de tudo.

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora