Capítulo 5

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Yohanna

Uma nova semana se inicia. Eu sou uma pessoa que tem muitos sonhos, trabalhar em um hospital já me deixa um pouco realizada, mas um dos sonhos é formar em Medicina. Quero ser médica obstetra!

— Senhorita Smith? — doutor Grant me chamou antes que eu virasse a esquina do corredor, respiro fundo e me viro.

— Sim, doutor — dou um passo em sua direção enquanto ele deu dois, ficando frente a frente comigo.

— Você não poderia ir na minha sala? — perguntou, passando a mão na minha coxa.

— Estou ocupada agora — respondo.

— Eu acho que não está — sorriu, cínico.

— Sim, ela está — ouço sua voz, minha pele se arrepia.

— Quem é você? — Grant olhou por cima dos meus ombros.

— Não interessa! A senhorita Smith precisa levar o medicamento da Marjorie agora, então deixa para ela ir na sua sala depois — o doutor me olha bravo e sai andando, suspiro aliviada, mas com medo.

— Obrigada, senhor Lamartine — agradeço, sem me virar.

— Eu queria me desculpar por aquele dia que fui grosseiro contigo em minha casa, meus dias ultimamente não tem sido fácies — sua voz sooa calma, tomei coragem e olhei para ele.

— Tudo bem! Não deve ser mesmo fácil receber a notícia que vai ser pai, assim, de repente.

— Eu ainda não sei se a criança é minha — alegou.

— A mãe sabe quem é o pai, independente se ela dormiu com outro homem. Eu não acho que Marjorie iria lhe envolver em um assunto para depois no final você saber que estava sendo enganado, tem uma vida em jogo, e se fosse de outro ela não iria continuar com a gravidez depois de saber sobre os riscos — comento.

— Por que está dizendo essas coisas? — cruzou os braços.

— Porque o bebê precisa de um pai se o pior acontecer, se continuar odiando a mãe dele, vai ser difícil Marjorie ficar em paz. Ela precisa ver que você está se importando, deixa o erro dela de lado agora, o seu filho vai nascer daqui alguns meses.

— Você está se metendo demais aonde não é chamada — franziu a testa.

— Eu só estou dando a minha opinião e se você não quisesse ouvir, teria me deixado falando sozinha — dei de ombros.

— Você é sempre irritante assim? — arqueou uma sobrancelha.

— Vai se ferrar! — reviro os olhos, saindo andando.

— Oi, Yohanna — Marjorie aparece, me assustando.

— Oi, Marjorie! Como está esse bebezão? — passei a mão em sua barriga.

— Crescendo, eu acho que vai ser um menino — seus olhos brilharam.

— Se puxar para você, vai ser lindo.

— Não, ele tem que puxar para o pai, imagina nascer com aqueles olhos azuis? Meu bebê vai fazer sucesso com as garotas — sorriu.

Marjorie parecia mais alegre, isso era bom, porque desde que descobrimos a pressão alta ela só ficava pensando no pior, o que não é legal para o paciente.

— Senhorita Chermont, como está? — doutor Carter a cumprimentou — Você arruma a sala de ultrassom? — olhou para mim.

— Sim, doutor. Com licença! — me retiro.

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora