Capítulo 50

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Yohanna

Eu estou entrando em pânico! Todo barulho que faz eu penso que é ele que veio se vingar! Meu apartamento parece mais assustador e eu tento me concentrar em outra coisa, mas é muito difícil. Alguém bateu na porta e eu parei de respirar, por que o porteiro não interfonou?

— Amor, abre a porta! Sou eu, o Noah — ele disse e eu quase desmaiei por estar prendendo o ar.

— Noah — abracei ele bem forte, depois de abrir todas as fechaduras novas que coloquei na porta.

— Você está tremendo! — me apertou em seus braços.

— Eu estava com medo de ser ele — sussurrei.

— David disse que colocou alguém para lhe proteger, está segura — beijou meus cabelos.

— Mesmo assim eu estou com medo, Noah!

— Eu não vou deixar ninguém ti fazer mal, meu amor! — assegurou e eu assenti.

— Anne — olhei pra bebê no carrinho, a peguei e lhe dei um beijo na testa.

— Nós viemos passar um tempo com você! — sorriu e empurrou o carinho e mais as duas malas grandes para dentro.

— É mesmo? — não consegui conter o sorriso, eu me sentiria mais segura com eles aqui comigo.

— Sim, o Mate mandou um abraço e ficou na casa da Alícia. Quer adivinhar o que a Antonella fez? — riu.

— Me conta, Noah! Você sabe que sou péssima em adivinhações! — fechei todas as trancas e ele me encarou, sem dizer nada.

— Ela já foi dizer para os primos que o tio Noah quis deixar a Mate na casa dela e que ela não ia deixar eles levarem o cachorrinho pra casa deles — revirou os olhos.

— É bem a cara dela fazer isso! — me sentei no sofá com Anne.

— Eu não deixei o Mate na casa da Rebecca porque o Aiko e a Kiara são animais grandes e poderiam comer o cachorrinho da Anne.

— Você é tão engraçado! — ironizei.

— Você acha ainda que ela vai lhe devolver o Mate?

— Eu não vou falar nada pra você, Noah!— revirei os olhos.

— Você está muito estressada! — se sentou ao meu lado e me beijou, suspirei quando sua boca se afastou.

— Como vocês estão? — perguntei, ajeitando Anne no meu colo, ela estava querendo escorregar e ir no chão.

— Estamos bem! Meu pai contou pra nós sobre a Madame e a minha mãe disse que você está participando de uma vingança, falou que só está comigo por causa disso — tirou o casaco, ficando só com a camiseta de manga cumprida.

— Você acha que eu me aproximei de você por essa suposta vingança? — negou.

— Madame só falou da boca pra fora sobre vingança, eu falei com ela, sinto tanto pelo bebê que perdeu.

— Com certeza foi um dos momentos mais difíceis da vida dela, ela nunca mais poderia ter um bebê por conta das complicações que teve no parto e ainda foi abandonada pelo homem que amava.

— Alícia ficou com muita raiva, ela nem está indo visitar meus pais, nem falando com eles.

— Ela ficou triste por que a mãe ficou com o pai enquanto ele ainda estava com outra mulher? Ou por ele ter agido dessa forma?

— Depois que a Antonella nasceu, Alícia teve um início de depressão pós-parto e Lorenzo a levou ao médico e ela melhorou com o tempo, Lorenzo a ajudou muito desde o momento que saíram do hospital com a filha. Minha irmã disse que meu pai não poderia ter deixado a Madame sem um apoio, ainda mais depois de enterrar o bebê deles, ela falou que ele era um egoísta e não importava se estava triste também, a mulher sempre sofre mais — contou.

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora