Capítulo 11

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*Sem Revisão

Ouvi meu celular tocando longe, cacei ele com a mão no criado-mudo, abri meus olhos devagar e atendi a ligação sem nem ver o número.

— Quem é? — me sentei na cama.

— Noah, eu estou passando mal, tem sangue na minha perna. Eu não quero perder o nosso bebê! — era Marjorie e ela estava desesperada.

— Calma! Eu já estou indo! — me levantei rápido vestindo a calça jeans que estava jogada na poltrona do meu quarto.

Troquei de roupa em segundos e saí correndo pelo corredor, descendo as escadas e indo pra garagem. Deus, não deixa que nada de mal aconteça a Marjorie e ao bebê! Parei em frente ao prédio dela, subi pela escadaria mesmo porquê o elevador iria demorar demais, abri a porta com a chave que Marjorie deixou comigo, a encontrei sentada na cama.

— O que você está sentindo? — a peguei no colo.

— Sinto um pouco de dor e estou com sangramento.

— Vou ti levar pro hospital! — assentiu.

Só fechei a porta e por sorte o elevador estava aberto, o porteiro abriu o portão e o meu carro, coloquei Marjorie no banco do passageiro e fui pro meu lado, já dando partida. Assim que chegamos no hospital, eu pedi ajuda de um enfermeiro e ele trouxe uma maca onde eu a coloquei deitada, eles a levaram pra dentro e eu me sentei em uma cadeira na sala de espera.

— Noah Lamartine? — alguém me chamou, era o doutor que estava conversando com Yohanna aquele dia que eu os interrompi.

— O que Marjorie tem? — caminhei até ele.

— Não posso dar um diagnóstico preciso, nem sei qual é o caso direito dela, mas ela vai ficar para observação.

— Você só tem isso pra dizer? E se o meu filho está correndo risco?

— Por isso que eu vou deixá-la de observação, qualquer complicação vamos fazer uma cesariana de emergência — explicou.

— Nem pensar! Marjorie não está nem com oito meses e só o doutor Carter diz se deve ou não fazer uma cesária de emergência — olhei sério pra ele.

— Tanto faz — falou despreocupado, saindo andando.

Minha vontade era de socar a cara desse merda! Perguntei para a recepcionista onde era do quarto que Marjorie estava, fui até lá e entrei devagar.

— Oi! Como você se sente? — me aproximei da cama.

— Estou bem agora, mas continuo preocupada, vou ver se consigo ligar para o doutor Carter amanhã e marcar uma consulta o quanto antes.

— Esse doutor Grant não presta, parece que nem é médico, se duvidar ele comprou o certificado em Medicina — me sentei na cadeira.

— Eu não gostava dele e depois que Yohanna me contou sobre o motivo da demissão dela, eu fiquei com muita raiva — revirou os olhos.

— Vocês conservaram?

— Eu achei estranho o sumiço dela aqui do hospital e aí liguei perguntando o que aconteceu, almoçamos juntas anteontem.

— Vocês são amigas?

— Eu a conheço desde que comecei a ter consultas com o doutor Carter, eu gosto da Yohanna.

— Hum — murmurei.

Decidi ficar com Marjorie até de manhã, não era justo eu a deixar sozinha, conversei com a minha mãe e preferi que ela ficasse lá em casa, estava perto do hospital e se caso acontecesse alguma complicação novamente, era mais rápido chegar.

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora