Capítulo 3

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Yohanna Smith

Me deitei na cama exausta, trabalhar o dia todo e a noite não é fácil, preciso de férias, mas o serviço também é importante para me sustentar.

— Vamos acordar! — Raquel deu batidinhas no meu rosto, o bom humor dela me irrita durante a manhã.

— Eu acabei de dormir! Me deixa! — me viro para o outro lado da cama.

— Não podemos chegar atrasadas, lembre-se disso — avisa.

Bufei e saí do quarto indo direto para o banheiro, tirei minha roupa e tomei um banho pra acordar. Fiz só uma maquiagem disfarça cansaço e Raquel já havia servido nosso café da manhã.

— Como você consegue, Quel? — prendo meu cabelo em um rabo de cavalo.

— Eu já estou nessa profissão há mais tempo, logo você se acostuma — sorriu.

— Se eu não me acostumei até agora, não consigo mais.

— Relaxa, amiga! Os sonhos requer sacrifícios! Vem tomar café — assenti.

— Eu vou visitar a minha mãe hoje, não precisa me esperar — balançou a cabeça, assentindo.

Coloquei tudo o que eu precisava dentro da minha bolsa, saí de casa com a Raquel e ela deixou o carro no estacionamento reservado para os funcionários. Eu e ela somos Auxiliares de Enfermagem, fizemos o curso juntas e quando Raquel teve uma oportunidade veio pra Paris enquanto eu fiquei na Austrália tentando encontrar uma vaga nos hospitais por lá, mas infelizmente não consegui e vim para cá tentar alguma coisa e graças à Deus estou empregada.

— Bom dia, doutor Carter! — o saudamos, assim que entramos na cozinha do hospital.

— Bom dia, meninas! Concentradas para mais um dia de trabalho? — sorriu. Será que só eu era a mal humorada?

— Sim, o hospital não é melhor lugar para se trabalhar, mas é bom conhecer pessoas novas — Raquel respondeu.

— Senhorita Smith? — ele chamou minha atenção — Pode me fazer um favor? — perguntou.

— Claro, doutor Carter! — guardo minhas coisas no armário dos funcionários e visto meu jaleco branco.

— Eu quero que você vá na casa da senhorita Chermont, verificar se ela passou bem a noite, aqui o endereço e a chave do meu carro — me entregou um papel e as chaves.

— Eu pensei que o senhor fosse pessoalmente — comento.

— Tenho uma emergência agora, qualquer dúvida, você liga — ele sai andando, antes que eu falasse mais alguma coisa.

Peguei a maleta com o estetoscópio, aparelho de pressão e tudo o que se usa para examinar um paciente. Parei o carro em frente a casa luxuosa em um condomínio chique, Marjorie havia comentado sobre morar em outro lugar, mas deve ter si mudado.

— Bom dia! Doutor Carter ligou avisando que você viria — a mesma senhora que estava com Marjorie ontem no quarto abriu a porta para mim.

— Bom dia! A senhorita Chermont passou bem? — entro.

— Sim, eu fiquei preocupada dela passar mal e a trouxe para a minha casa.

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora