Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro II

Capítulo 9

*Sem Revisão

Yohanna

Me virei na cama, batendo em algo ou melhor, em alguém. Já falei pra Raquel não dormir comigo, eu sou muito espaçosa e gosto da cama só pra mim. Tatei a pessoa ao meu lado, até chegar no rosto, é possível que nasça pêlo no rosto de uma mulher do dia pra noite? Subi até os cabelos, eram curtos e macios.

— O que você está fazendo? — uma voz rouca soou, me fazendo congelar.

— Meu Deus! O que eu fiz? — me sentei rápido na cama, aliviada por estar de roupa.

— Não fez nada — olhei pro lado, vendo Noah com um pequeno sorriso nos lábios. Por que ele tinha que ser tão lindo ao acordar?

— O que você está fazendo na minha cama? — coloquei a mão na cabeça, sentindo ela pesada.

— Você pediu que eu ficasse contigo até dormir, mas acabei adormecendo — explicou.

— Não sai daqui! — me levantei rápido, indo pro banheiro.

Eu estava horrível! Aquele homem acorda lindo e eu? Bom, é melhor nem comentar o estado do meu cabelo, e o lápis borrado no olho? Que horror! Escovei os dentes e tirei a minha maquiagem com o demaquilante, fiz um coque e voltei pro quarto, ele continuava deitado na cama, com os olhos fechados.

— O que aconteceu ontem? — me sentei.

— O que você lembra? — me olhou.

— Só lembro de estar bebendo, mais nada — abri a gaveta, pegando um comprimido para dor de cabeça.

— Você bebeu bastante e fez um striptease para todos. Os homens adoraram! — riu.

— Eu não fiz isso! — arregalei um pouco dos olhos.

— Não, porque eu ti tirei de cima da mesa, mas ficou sem a blusa.

— Eu nunca mais vou beber! — bufei.

— É só beber com moderação! Esqueci de algo, a gente se beijou também — se levantou, saindo do quarto.

— Como assim, Noah? Eu não beijei você! — fui atrás dele, mas ele entrou no banheiro trancando a porta.

— Você pediu o beijo, Yohanna! — sua voz estava abafada.

— Eu estava bêbada! Não sabia o que estava fazendo! — justifiquei — Não aconteceu mais nada além do beijo, né? — minha voz soou mais baixa.

— Eu nunca que deixaria as coisas irem tão longe no estado que estava — saiu do banheiro.

— Obrigada! — agradeci, talvez eu não tivesse a mesma sorte se fosse outro homem.

— Não precisa agradecer, eu não sou tão ruim, como pensa — afagou meus cabelos.

— Eu não acho você ruim, só é um pouco chato — ele sorriu.

— Não é fácil aguentar você também — se aproximou, ele estava sem camisa, seu corpo exalava sensualidade.

— Você quer tomar café?