Capítulo 1

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Noah Lamartine

Já se passaram seis meses desde o dia que vi a mulher que eu amava, ou achava que amava, com outro na casa onde iríamos morar. Eu quase morri por pegar a direção embriagado, eu espero nunca mais passar por isso. Eu desconfiei da Rebecca quando ela tentou abrir meus olhos e o meu ódio pela Marjorie só aumentou quando minha irmã contou que foi ela que ajudou o desgraçado do Michel a sair da cadeia, esse assunto ficou só entre nós, ela preferiu não contar para a nossa família e eu respeitei sua decisão. Desde então eu não me envolvi com mais ninguém e nem pretendo, passar pela mesma decepção novamente não é algo que eu quero.

— Bom dia, mãe! — dou um beijo em sua testa antes de me sentar para o café da manhã.

— Bom dia, querido! — ela me serve uma xícara de café.

— Cadê o papai? — bebo um gole.

— Ele saiu, foi fazer caminhada! Como está a sua relação com as suas irmãs? — se senta.

— Eu as magoei demais, mas eu espero que um dia me perdoem — suspiro.

— Eu tenho certeza que elas irão, Noah — sorriu.

Outra coisa que eu fiz de errado foi brigar com as minhas irmãs, Marjorie tinha muito poder sobre as minhas decisões, eu era submisso à ela. Senhor Beaumont me recontratou, mas antes ele conversou com os filhos, Pierre e Lorenzo conversam comigo, mas só assuntos da empresa.

— Bom dia, senhor Lamartine! — Andrew me cumprimenta assim que eu saio do elevador, ele trabalha comigo, ele é quase um assistente pessoal.

— Bom dia, Andrew! Não precisa me chamar de senhor, quantas vezes tenho que repetir isso? — olho para ele.

— Desculpe! O se... Você tem reunião daqui à pouco, a senhora Vitale vai apresentar o novo comercial — assenti.

— Minha irmã já está casada há quase três anos e eu ainda não me acostumei com ela sendo chamada de senhora Vitale — entramos em minha sala.

— O marido dela fica bravo se não a chamamos assim — comenta.

— Pierre é muito ciumento! — me sento na cadeira, ligando o computador da minha mesa.

— O irmão dele também, só fui entregar uns papéis para a sua irmã e ele já me olhou de cara feia quando me viu falando com ela.

— Não liga para eles! — concordou.

Quando eu e Marjorie estávamos juntos, eu não sentia ciúmes dela, o nosso relacionamento se resumia mais em sexo, acho que não havia sentimentos de ambas as partes, vivemos dois anos se iludindo.

— O comercial estava maravilhoso! Parabéns! — parabenizo minha irmã depois que a reunião acaba.

— Obrigada! Fico feliz que gostaram, tivemos bastante trabalho com tudo, mas conseguimos deixar como era o esperado — sorriu.

— Você é e sempre foi muito competente com o seu trabalho — sorrio de lado e saio da sala de reuniões.

Eu não consigo conversar com a Rebecca por mais de dois minutos, é como se eu estivesse ficado sem ver minhas irmãs por muitos anos, não consigo criar assunto com elas.

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora