Capítulo 8

5.1K 356 11
                                    

Noah

Andrew me arrastou para uma balada, eu o agradeço por isso, estava precisando beber e ver gente.

— Duas dose de uísque — pedi ao barman.

— Você não cansa de beber só uísque? — questionou.

— Eu não sou acostumado com outras bebidas, então prefiro beber a que eu já conheço — respondi.

— Eu pensei que fosse responder que era uma bebida de rico e por isso bebe — ergueu seu copo de vodca, saudando.

— Eu não sou desses — dei de ombros — Por que escolheu essa balada? — olhei em volta, o lugar era bem arrumado e tinha bastante pessoas.

— Minha vizinha gostosa que falou daqui e eu vim conferir se era tão boa quanto disse, mas eu queria a encontrar também, não seria nada mal — deu um sorriso sacana.

— Você não presta! — falei, rindo.

— Ela tem uma amiga que é ainda mais gostosa! Eu tenho as melhores vizinhas!

— Eu vou dar uma volta! — avisei, já saindo.

Às vezes eu penso que estou ficando velho para vir em uma balada com um cara dez anos mais novo que eu, mas eu não tenho que ligar pra essas coisas, não tem idade para se divertir.

— Eu não acredito! — revirei os olhos, me sentei no banquinho do bar ao lado de Yohanna.

— Você está me perseguindo? — me olhou séria.

— Eu cheguei primeiro, então talvez seja você que está me seguindo.

— Eu tenho mais o que fazer do que seguir você — virou o copo com um líquido transparente.

— Vai saber!

— Eu pensei que você frequentasse casas noturnas luxuosas e não desse tipo aqui — ergueu o copo para o barman, ele lhe serviu mais bebida.

— Eu vim com um amigo, mas eu não sou um riquinho tão metido como você pensa.

— Talvez, mas eu ainda ti acho um chato! — revirou os olhos.

— Você está muito brava com o que eu falei mais cedo quando nos encontramos no parque?

— Estou um pouco por você ter falado do meu uniforme, foi o hospital que me deu porquê eu estava sem condições de comprar um quando entrei, não pense que eu adorava usar aquela roupa apertada — me encarou, seus olhos estavam bem mais provocantes que o normal.

— Foi um comentário machista, me desculpe.

— Tudo bem, eu já ouvi coisas piores — deu de ombros, seu copo já estava quase vazio novamente.

— Eu nunca vi uma mulher beber vodca — ela riu.

— Se o homem pode, por que a mulher não? Eu bebo champanhe e essas outras bebidas mais leves, mas como hoje eu estou precisando esquecer os problemas, escolhi algo mais forte — bateu o seu copo no meu.

— Precisa ficar bêbada para esquecer os problemas? — arquei uma sobrancelha.

— Eu não estou bêbada! — disse óbvio.

— Se continuar bebendo assim, vai ficar, então é melhor você ir com calma — aconselhei.

— Você está se metendo demais aonde não é chamado — sorriu, debochada.

— Essa frase é minha!

— Se eu não me meto na sua vida, não se meta na minha — saiu andando, ela já estava cambaleando um pouco.

Desejo Insaciável | Trilogia Amores - Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora