Capítulo 22

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Fiquei na dúvida se classificava este capítulo como 18+ ou não. Eu não acho que tenha nada demais, mas fica o alerta. Boa leitura!

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Depois que René saiu eu tentei não pensar mais no assunto. E consegui. Mas desde então sinto um aperto estranho no peito. Bom, eu nem lembrava mais da última noite de farra. Meu corpo devia estar estranhando essa ausência.

Hoje era sábado. E a noite estava chegando. Não havia mais provas nem trabalhos. E se houvesse, foda-se. Eu precisava me distrair. Desesperadamente.

Estava há muito tempo sem sexo e masturbação não é tão fácil quando se tem uma colega de quarto. Portanto, decidi que hoje eu ia super fácil. Saia bem curta, decotão, salto... Não que eu fosse de difícil alguma vez, mas neste dia eu não estava a fim de perder muito tempo escolhendo.

Carol e eu estávamos nos arrumando juntas. Iríamos ao nosso barzinho favorito. O novo namorado dela tinha carro e daqui a pouco passaria para nos levar. Depois iríamos para um balada nova para a qual ele havia conseguido ingressos. Como o lugar era ainda muito novo, era praticamente impossível conseguir entrar sem passar pelo menos umas três horas na fila de espera. Mas esse tal de Caio, aparentemente, tinha seus contatos.

– E onde você conheceu ele mesmo? – perguntei curiosa.

– Ele era um dos meus colegas naquele trabalho de programar um jogo, lembra?

Como não lembrar, Carol havia virado um zumbi durante aquele trabalho. Teve que fazer tudo sozinha praticamente.

– Qual? O que fazia tudo errado e você tinha que refazer tudo de novo, ou o que dizia que ia fazer e não fazia?

– O preguiçoso. Imbecil.

– Então já sei que não vai durar muito.

– Ele estava ocupado com outras coisa. E ele é bonitinho também.

– E... – falei, insinuando que aquilo não podia ser tudo.

– E o pai dele é um advogado que defendeu o dono dessa nova balada em umas acusações de tráfico de cocaína ou sei lá. É por isso que ganhamos ingressos de graça.

– Ok, agora faz sentido.

Como eu disse. Carol esperava que o próximo namoro sério dela fosse com o homem que ela ia se casar. Por mais lindo e legal que ele fosse, ela não ia arriscar a genética dos dois filhos que ela estava certa de que ia ter com um homem "preguiçoso". Certamente apenas concordou em sair com ele por causa desses ingressos. E porque ele era bonito e ela não era de ferro, tinha que aproveitar enquanto não conhecia seu futuro marido.

Escutamos uma buzina e assumimos que Caio havia chegado. Bem na hora. Peguei meu celular, guardei o dinheiro e a identidade na capinha; Carol fez o mesmo, então descemos.

Primeira parada, só para aquecer, o barzinho legal com gente cheia de talento para passar vergonha no palco e cerveja barata. Alguns dos nossos amigos já estavam lá. Sentamos à mesa com eles. 

Ou melhor, Carol e Caio sentaram. Eu avistei meu primeiro alvo da noite. Sim, lá estava ele. O fácil e eficiente Murilo. Se ele não estivesse perdidamente apaixonado por mim, seria melhor. Mas ele supera. Enquanto isso, eu me aproveito.

Murilo também estava sentado com alguns amigos. Como estava de costas para mim, não havia me notado ainda. Não tem problema. Aproveitei para fazer uma surpresa. Fazia tempo que eu não vinha, ele devia estar se perguntando por onde eu andava. Cheguei por trás, deslizando minhas mãos em seu peito.

Meu Bom ProfessorOnde histórias criam vida. Descubra agora