Tomei o resto da vodka com energético e fui até um certo rapaz. Ele estava só com um amigo, bebida na mão, sorridente. Conforme fui me aproximando, ele notou minha presença, claro. Distraiu-se da conversa para olhar para mim. Devia estar se certificando de que eu realmente estava indo até ele.
Sim, moço, eu quero você.
Cheguei perto dele, o puxei de leve pelo braço e pedi licença ao amigo. Nem sei se ele me escutou. Só sei que o rapaz que eu escolhi parecia bem feliz em deixar o amigo sozinho.
– Oi, boneca, qual o seu n... – ele começou, mas tive que interrompê-lo com um beijo.
Sem saco para apresentações. Nem estávamos no banheiro ainda e já fui deslizando a minha mão pela virilha dele. A balada estava lotada, ninguém ia ver. Depois que ele sentiu minhas intenções, imediatamente sua pegada mudou, intensificando-se. Ficou apressado também. O beijo um pouco mais violento, a mão apertava mais forte, entrando por debaixo da minha roupa como se estivéssemos sozinhos. Parecia até com medo de que eu mudasse de ideia.
Pode ficar tranquilo, moço. Eu não vou mudar.
Foi ele quem me puxou para o banheiro. Bem macho alfa, achando que a iniciativa havia sido dele. Tudo bem, hoje isso não ia me incomodar. Havia outros dois rapazes no banheiro que cessaram a conversa quando entramos aos beijos. Mas eu e o rapaz não fizemos cerimônia. Entramos em um box e nos trancamos lá dentro. Ele me virou de costas, prensando-me contra a parede. Pude sentir seu pau contra a minha bunda.
Entreguei-lhe a camisinha para que ele não perdesse tempo procurando. Felizmente esse rapaz não protestou. Abriu a embalagem, despiu-se e pôs o preservativo rápido. Eu puxei minha saia para cima, ele baixou minha calcinha. Empinei a bunda e ele me penetrou. Que tesão! Não segurei meu gemido. Ele levantou minha blusa e meu sutiã para apalpar meus seios enquanto fazia um movimento rápido de vai e vêm. Estava ótimo, do jeitinho que eu gostava. Pedi por mais. Ele acelerou e... Gozou.
Sozinho.
Mas foi tão rápido! Como assim?!
– Espera – falei enquanto ele tirava o pênis de dentro de mim. – E eu?
– Você o que? – perguntou como se não soubesse do que eu estava falando.
– Eu não gozei! Você vai me chupar, pelo menos? – Era o mínimo que ele podia fazer por mim.
– Desculpa, eu não faço oral. Acho nojento – disse fazendo cara de repulsa.
Puxei minha calcinha pra cima, baixei a saia e dei uma joelhada na virilha dele, fazendo-o se ajoelhar no chão de dor.
– Obrigada pelo pior sexo da minha vida! – gritei.
– Filha da puta! – ouvi-o dizer enquanto saía daquele banheiro frustrada pela terceira vez aquela noite.
O que foi que eu fiz para merecer isso? O meu favorito estava namorando sério, o de boa pegada não usava camisinha e o menino fácil era ruim de cama! Era melhor desistir! Aquele não era meu dia. Eu já havia broxado. Não queria mais nada. Fui para o bar afogar minhas mágoas após uma péssima transa. Nem foi transa, na verdade! Só é transa se os dois gozam. Isso foi só uma preliminar que acabou em nada.
O álcool era a única coisa que estava dando certo aquela noite. Esquece o energético. Pode passar uma cachaça com limão, por favor. Azeda e amarga, igual a minha vida! Enchi a cara mesmo, até não conseguir pensar direito.
Sabe de uma coisa? Baladas e bares, todas essas noites eram tudo uma merda mesmo! Não sei por que me esforcei tanto para ganhar a aposta! Podia ter parado com toda a farsa depois de conseguir o ponto extra! Não! Eu nem devia ter começado com a farsa! René tinha um pequeno ranço de mim, mas depois de tudo aquilo ele me odiaria para sempre! Foda-se! Eu nunca gostei dele mesmo.
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Meu Bom Professor
RomanceLia é uma aluna de jornalismo que está pouco interessada na cadeira eletiva de Crítica da Arte e o professor não pretende pegar leve com ela. Isso não seria problema se Lia não tivesse feito uma aposta com sua amiga Beatriz, afirmando que conseguiri...