Os dias na cabana

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— Esta bem será em seus termos vou   fazer tudo como você deseja desde que não cancele este empréstimo, penso em minha família nos empregados da casa ,da fábrica ,não quero vê-los sofrer deste jeito. Falei sabendo que Bianca jamais falaria assim, porque conhecia a minha irmã o suficiente para saber que ela não se preocupava com ninguém que não fosse ela mesma.
Bianca era egosta ,mimada achava que o mundo girava entorno dela, em parte por  culpa dos meus pais que sempre lhe fizeram todas as vontades, então ela cresceu sem limites ,doía  muito lembrar das vezes em que a minha mãe me mandava fazer as provas do Colégio no lugar dela, ja que não éramos da mesma classe, claro que ela me fazia tirar notas ruins que depois eu conseguia recuperar ,minha mãe e meu pai nunca nos trataram iguais, por isto que jurei para mim mesma que a um dia tiver filhos eles vão receber o mesmo tipo de carinho e atenção. Pensei ouvindo em dizer.
— Você pagando de boa samaritana ,abnegada ,preocupada com os outros,  para com essa encenava toda, conheço você o suficiente para saber que não se preocupa com ninguém que não seja você mesma.
— Nicolas também você não me conheça como imagina. Falei tensa.
— Ao contrário conheço o suficiente para saber que você não presta, nada vai mudar a péssima imagem que eu tenho de você. Ele falou com frieza indo para a cozinha e pegando as coisas para começar a preparar a comida .

Respirei fundo e fui atrás dizendo.
— Você devia ter contratado alguém para cuidar desses detalhes práticos e domésticos ,nem espere que eu me enfie nesta cozinha, acredite na  minha casa nunca passei se quer pela porta quando quero alguma coisa as criadas me servem. Falei mentindo porque este era o comportamento de Bianca, eu ao contrário desde que era menina adorava ajudar a Emilia na cozinha e isto sempre enfurecia a minha mãe . Pensei vendo que ele ia fazer macarrão.
— Disto eu não duvido. Ele falou colocando a água com um fio de óleo para ferver.
— Mas agora fiquei surpresa, não sabia que o poderoso banqueiro Moretto sabia cozinha. Falei sem tirar os olhos dele louca para ver a sua reação.
— Tem muitas coisas sobre mim que você ainda não sabe, passei uns meses em Nova York e tive que me virar. Ele falou colocando o macarrão na água que já estava fervendo ,em seguida pegou as almôndegas que estavam no freezer e as colocou no micro-ondas  para descongelar.
Preparou um molho com elas e as  colocou sobre o macarrão dizendo.
— Pelo menos uma mesa você sabe arrumar não é?
— Claro, deixa comigo. Falei me levantando daquela cadeira e fui até o armário ,peguei os pratos e os talheres e os coloquei na mesa, sobre o s jogos americanos, peguei também os copos e disse.
— Arrumei tudo .E vi ele nos servindo, o cheiro estava delicioso.
Bonito, sarado e ainda por cima cozinha bem. Pensei provando o macarrão.
— Espero que goste ,sei que tem gosto refinados Bianca. Ele falou tomando seu vinho.
— Esta muito bom. Falei limpando os lábios no guardanapo.
— Pensei que tivesse nojo do negro asqueroso aqui, não foi assim que se referiu a mim na conversa que teve com sua mãe.
Fiquei tensa ao ouvir aquelas palavras ,coisas que eu jamais diria para ninguém, droga não sou racista ,nunca discriminaria ninguém. Pensei dizendo.
— Agradeceria se pudesse esquecer essas coisas que ouviu ,a gente se dá tão bem na cama poderíamos  estender isto para o âmbito pessoal, sermos amigos. Falei olhando para ele.
— Sério que esta me dizendo isto, é impossível ter qualquer tipo de relação com você ,e  vejo que me propondo algo assim só posso pensar que esteja planejando alguma coisa. Ele falou sério.
— Nossa como você é desconfiado, melhor a comer antes que a comida esfrie. Falei tomando o vinho.
— Tenho meus motivos não é , como acha que se senti um noivo que descobre o que descobri de você, anda me fala. Ele pedia tenso.

— Eu sei que errei e queria concertar este erro ,se me desse uma oportunidade. Falei sabendo que aquilo era loucura ,esse homem me odeia da para ver em seu olhar. Pensei terminando de comer.
— O vi lavando as louças e quis me oferecer para ajuda-lo ,mas a certeza de que Bianca nunca faria isto me freiou dessa ideia.
Saí daquela cozinha e fui para fora da cabana ,olhei para toda aquela simplicidade e beleza me sentei naquela balanço enorme e me vi pegando um papel e uma caneta que estavam por ali e desenhei tudo aquilo ,quando terminei ele se aproximou e disse.
— Não sabia que desenhava tão bem Bianca.
— Só  de vez e quando faço isto. Falei mentindo, pois costumava pintar quatros ,além de fazer as esculturas e os meus vasos de barro ,para uma artista como eu aquele lugar era uma enorme fonte de inspiração. Pensei vendo ele se sentando do meu lado.
— Aqui tem uma cidadezinha nas proximidades ,o que acha de irmos até lá para fazer algumas compras? Ele Perguntou louco para ter a companhia dela, mesmo se negando a admitir aquilo.
— Esta bem, vai ser bom ver pessoas, respirar nossos ares. Falei indo pegar a minha bolsa.
Fomos no carro dele ,eu estava adorando a paisagem a simplicidade do lugar ,a cidade era pequena e acolhedora ,as pessoas eram simpáticas e todos pararam para falar com ele, coisa de interior mesmo ,pensei enquanto fomos ao mercado ,depois aproveitei  para ir a farmácia comprar anticoncepcionais ,agora preciso toma-los ainda mais com a possibilidade de voltarmos a fazer amor que era tudo que eu mais queria, me perder naqueles braços senti-lo me fazendo sua, experimentar toda aquela sensação de êxtase que senti na noite de núpcias. Pensei olhando para o atendente e pedindo o medicamento.
Saí da farmácia ,ele já estava me esperando encostado no carro que era um land Rover .

— Uma sorveteria ,o que acha de tornar um sorvete. Falei animada guardando as minhas sacolas no carro.
— Por mim tudo bem. Ele respondeu com frieza  estranhando tinha pensado que ela ia odiar a cidade ,mas parecia estar gostando. Pensou enquanto atravessavam a rua .
Fomos caminhando até a sorveteria ,a mulher que trabalhava no local foi logo cumprimentando ele e dizendo.
— Nossa Nicolas a sua esposa ainda é mais bonita do que nas fotos dos jornais.
Fiquei sem graça e apenas sorri.
— Esta vendo Bianca realmente sou um homem de muita sorte. Ele falou todo irônico.
— Que sabor a senhora vai querer? A mulher perguntou.
— Pode me chamar de Bianca, acho que vou querer abacaxi ao vinho. Falei olhando para ele que tinha preferido o  de maracujá.
Sentamos na mesinha que ficava do lado de fora.
— Parece que você é  bem popular por aqui. Falei tomando o sorvete.
Sempre que venho para cá procuro ser simpático com as pessoa,s mesmo que eu seja o presidente do Banco Moretto. Ele falou pegando o guardanapo e limpando o rosto dela que tinha se sujado  com o sorvete.
Fiquei paralisada vendo ele fazendo isto , em seguida senti ele tomando meus lábios em um beijo quente e si fugaz ,como quero esse homem ,esses foram meus pensamentos naquele instante..................

Queridos leitores capítulo novo saindo espero que gostem comentem e deixem votos beijosssss


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