25. PRECISANDO DE GREY

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Duas horas mais tarde, eu chego às docas, e quando eu o vejo esperando por mim no convés do The Toy, eu inalo, longo e lento. Eu estou usando um vestido amarelo, que é bastante informal, porque eu não tinha planejado vê-lo hoje, e eu tenho que firmá-lo nas coxas com as palmas das mãos, para impedir que ele levante, quando a ideia é que ele caia. O vento bate no meu cabelo, quando eu embarco, também move o tecido de sua polo branca contra a superfície do seu peito. Ele usa bermuda cargo solta branca com essa camisa, as pernas grossas e musculosas. Ele me levanta e me gira para o convés, em seguida, pega a minha mão e me leva ao deck superior. Nós nem sequer dizemos Olá. Não há necessidade. Eu não tinha percebido que estávamos naquela sintonia telepática, que eu só tenho com a minha mãe e amigas, em que você sabe o que o outro precisa e você não diz nada, você simplesmente está lá e continua lá. E isso é exatamente o que ele faz para mim, quando ele segura forte os meus dedos entre os seus e me leva para sentar. Eu me sinto frágil, como se, se ele me tocasse mais, eu quebraria. Então eu me solto, sento em uma cadeira em frente ao sofá, e apenas fico sentada lá, tranquilamente, enquanto o motor do barco ruge nos conduzindo ao alto mar.

— Quer falar sobre isso? — Christian pergunta, de onde ele se senta em frente a mim, estendendo a mão para levar meu cabelo para trás. Seus olhos como lâminas afiadas, penetrando em minhas barreiras. Christian é como um deus do sexo. Ele é um playboy e um jogador, mas ninguém vê além disso. Que ele é engraçado. Além disso, de alguma forma, muito reservado. Ele é gentil... Eu já vi isso em primeira mão. Ele é gentil comigo, com seus amigos, não negando qualquer pedido de caridade. De nada. Se ele não quisesse dormir comigo nunca mais, ele é um homem que eu ficaria honrada em chamar de meu amigo. Eu o respeito muito. Eu também estou sentindo tanto ciúme dele. Saber que eu tenho que dar um passo atrás, para que outras possam tê-lo, me mata.

— Eu estou tendo um daqueles dias que minha família... Bem, minha mãe, minhas amigas e eu estamos tendo opiniões divergentes — sussurro. A preocupação em seus olhos é quase demais para mim; logo agora quando eu me odeio pelo meu emprego. Pelo que eu venho fazendo. — Christian. — Seu nome escapa dos meus lábios em um gemido suave. Ele estende a mão e me puxa entre seus joelhos amplamente afastados.

— Nunca cheguei a um acordo com a minha família — ele diz, me sentando em sua coxa, e eu estou surpresa que ele está disposto a tocar nesse assunto novamente. Por ele mesmo. Uma pequena voz na minha mente diz, ele está fazendo isso por você, Anastasia. Para se conectar com você. — Isso me fez sentir fodido de várias maneiras. Como se houvesse algo de errado comigo. Não importa o que eles acreditam. O que você acredita?

Que eu sou estúpida!

Eu quero chorar. Eu olho para baixo, a sua mão no meu quadril, e eu deslizo a minha na dele, apenas porque eu não quero que ele a remova, e eu sei que quando eu publicar a matéria, eu nunca mais vou sentir esta mão grande e forte me segurando pela cintura novamente. Posso realmente fazer isso?

— Nós nunca concordamos sobre nada — ele continua. Ele coloca meu cabelo atrás das orelhas, quando rajadas de vento o enrolam e o prende na minha nuca com seu punho, para que possamos nos olhar. — Nada do que eu fiz foi bom o suficiente. Eu nunca poderia ser o suficiente para o nome Grey.

— Então, já que você não poderia ser o suficiente para o nome Grey, você lhe deu uma reputação totalmente nova?

Seus olhos brilham mais cinzas.

— Nah. Eu só fiz as coisas a minha maneira. Tentei ser feliz independentemente disso.

Ele me olha como se estivesse se perguntando por que eu não estou feliz. Não. Ele me olha intensamente, como se ele estivesse se perguntando o que ele pode fazer para me fazer feliz.

Santo ou Pecador {Completa}Onde histórias criam vida. Descubra agora