46. Noite da Visita

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Eu fiquei intratável, sentada em minha cama ponderando sobre o melhor para minha situação de vida, por uma hora, quando Kate bate na minha porta.

— Ana? Alguém está aqui para ver você.

Ela espia para dentro para ver se eu estou indecente, e então ela recua e abre a porta. Grey está no limiar, com as mãos ao seu lado, pensativo com sua mandíbula apertada... E meu coração pula mais no meu peito.

— Ei!

Eu me levanto em choque, lutando para esconder a excitação espalhando sobre mim, com a visão dele no meu apartamento. Ele fecha a porta devagar atrás dele, quando ele olha para mim, vestida com sua camisa. Eu me sinto fraca nos meus joelhos.

— Agradável camisa — diz ele.

— É sua.

Juro que meu quarto parece muito mais feminino, sempre que ele está aqui. Ele começa a ir em frente, seu olhar brilhante avaliador em mim.

— Eu gosto de você nela.

Eu nervosamente mordo o interior da minha bochecha.

— Eu não acho que você queria que eu usasse enquanto você estava me odiando.

— Eu não estava te odiando. — Ele continua andando para frente, e por algum motivo eu me pego recuando. Talvez porque eu me sinto vulnerável que ele me veja tão à vontade em sua camisa. Talvez porque eu apenas derramei meu coração para ele, em um e-mail que ele nunca pôde ler. — Eu não respeito um monte de gente, Anastasia, é difícil para mim. — Seu olhar pesquisa o meu. — Eu respeito você.

Ele estende a mão para me parar, segurando o meu rosto em uma mão, para me forçar a ficar no lugar.

— Eu te compreendo, Anastasia. Eu não posso dizer isso, as palavras são seu terreno, não minhas, mas eu te compreendo. Você é a única mulher com quem eu já fui tão longe. Nunca sequer quis. Prometa-me agora que, se você não encontrar nada até o momento em que meu pai assumir, você vai vir comigo, e eu vou acreditar em você.

Seus olhos são tão cinzas agora, pesados como âncoras me segurando. Nós olhamos um para o outro, como se ambos estivéssemos tentando entender o que são as outras necessidades.

Ele, calmamente, e eu com tanta saudade dentro de mim, que eu me sinto mole como um macarrão. Eu sei que ele nunca fez isso antes, estar com alguém como ele está comigo, e nem eu. Eu fecho meus olhos quando seu polegar começa a acariciar a pele do meu pescoço, onde ele me segura.

— Eu farei. Eu prometo.

Ele sorri; um lento, masculino, e grato sorriso e então ele me puxa perto de seu peito.

— Foi duro agora? — ele repreende.

— Não. Mas você está. — Eu sorrio, contra seu pescoço. Ele ri baixinho, enquanto ele chega entre nós e ergue meu queixo.

— Isso acontece quando você está por perto.

— É mesmo? Eu não tinha notado. — Eu sorrio. Seu sorriso pisca de volta para mim.

— É praticamente permanente.

OhDeus, ele está me deixando tão molhada.

Eu empurro e recuo um pouco, com uma imitação de careta.

— Há rumores de que é assim o tempo todo, quando alguma senhora está por perto.

Ele vai atrás de mim.

— Eu sou um homem faminto. Eu não vou pedir desculpas pelo meu apetite.

— E você gostava de um buffet? — Eu salto em minha cama e evito-o, quando ele tenta me agarrar. Seus olhos brilham, os dentes brancos contrastando com o seu bronzeado.

Santo ou Pecador {Completa}Onde histórias criam vida. Descubra agora