Capítulo 5

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       O silêncio impera sobre nós dois. Tento digerir a informação de que ela é filha do Major Muller e alguém que meu pai gosta. Não consigo não evitar de pensar que nós dois temos trabalhado juntos e ela ser amiga do Richard... Então, ela tem um ligação com o meu pai que pela surpresa em seu rosto duvido que saiba.

Sinto sua confusão no lugar do nervosismo enquanto ela parece formular um pensamento. Vendo que ela não vai tomar a iniciativa, eu começo a conversa.

— Você é filha do Major Muller? — Pergunto.

Ela assente, ainda confusa.

— Meu pai nunca falou sobre você ou sua família, presidente Hartmann. Me desculpe se pareço aturdida, mas não imaginei essa situação. Pode me explicar o que está acontecendo?

— Você não sabe que nossos pais são velhos amigos? — Pergunto, confuso.

— Não. Ele nunca me falou sobre o assunto.

Bebo um pouco d'água me mantendo calmo. Eu não esperava que ela fosse a mulher com quem eu iria encontrar, nunca poderia imaginar isso e estou com uma sensação de que não vou me livrar tão fácil dessa situação.
Agora, eu não sei o que fazer. Ela não é uma completa desconhecida e obviamente ela já não gosta de mim.

— Nossos pais se conhecem há anos. O Major Muller é amigo do meu pai desde a adolescência e por essa razão ele foi meu tutor no exercito.

Ela expira devagar.

— Eu não fazia a mínima idéia sobre isso. Estou no país há pouco mais de dois anos e só conheci amigos da mesma profissão que meu pai.

— Compreendo. Você disse que estudou em Luxemburgo, certo?

Ela assente.

Sua postura mostra como está desconfortável e eu me pergunto o por quê. Embora já temos nos encontrado antes, ela deveria está nervosa com o encontro como todas às mulheres ficam. Porém, ela já me mostrou não ser uma mulher qualquer.

— Vivi em Luxemburgo até dois anos atrás.

O garçom bate na porta e entra logo em seguida. Ele pergunta se já escolhemos. Olho para ela que imita o o gesto.

Dispenso o cardápio porquê já sei tudo o que se serve nesse restaurante, ele é do meu pai, no fim das contas.

— Traga o de sempre para duas pessoas e um vinho branco. — Peço.

— Claro, presidente Hartmann.

Noto o olhar curioso do garçom na Elise. Todos os funcionários que a viu entrando nessa sala devem está cochichando nesse momento e tentando descobrir quem é ela.

— Não precisamos falar muito já que sabemos o básico sobre o outro. Você é uma advogada competente que estudou fora... É um surpresa a encontrar assim, contudo, nossos encontros parecem sempre serem inéditos.

Seu olhar demonstra uma expressão suave.

— Essa é realmente uma situação inédita. — Ela me olha — Queria pedir desculpas pela noite passada.

— Tudo bem.

Ficamos em silêncio por alguns minutos. Tento encontrar uma forma de sair dessa situação, o que é improvável. Eu poderia simplesmente ir embora após trocar algumas palavras, mas quero conhecer ela e não é só por consideração ao seu pai.

— Você deve ter várias candidatas, não é um homem cuja uma mulher não queira se casar. O quê o trouxe aqui? — Pergunta.

Será que devo falar a ela sobre a insistência do meu pai...

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora