— Estou pensando em criar uma própria empresa voltada para o mercado cinematográfico. É algo que tenho muita vontade de fazer... Querida, está ouvindo o que estou dizendo? — Pergunto, ao notar que seus olhos estão distantes.Estamos jantando em um restaurante, sentados em uma mesa perto da janela, onde estamos podemos ver outras pessoas passando e é onde os olhos da Elise estão.
— Desculpe, o que estava falando? — Seus olhos voltam para mim.
Deixo meus talheres de lado e a observo.
— Você está bem? Parece aturdida desde o momento que a vi. O que aconteceu? — Pergunto.
Ela suspira pegando sua taça de água e bebendo um gole demorado. Seus olhos cruza com os meus de uma forma que nunca vi antes... Agressivos, talvez.
— Você gosta de assistir às pessoas nos seus momentos mais íntimos? — Pergunta.
Franzo o cenho.
— Não, por quê eu gostaria disso? — Rio.
Ela passa a mão no rosto de forma transtornada e respira fundo. Nunca a vi dessa maneira.
— Por quê diabos tem câmeras em todos os lugares da casa?! — Pergunta, o tom de voz elevado.
Às pessoas a nossa volta olha na nossa direção, estico minha mão para tocá-la, mas ela me afasta e enterra o rosto nas mãos.
— Eu vi o que às câmeras capturaram! Nossos momentos íntimos... Se é que pode chamar o que fazemos disso! Eu realmente estou tentando encontrar uma explicação plausível para isso porquê eu juro por Deus que...
Ela levanta da mesa jogando o guardanapo sobre a mesa e saindo a passos duros atraindo a atenção de todos. O garçom vem até a mesa e pergunta se está tudo bem, pago a conta e saio do estabelecimento procurando a Elise.
Não a encontro em nenhum dos lados da rua. Ligo para ela, mas a chamada cai na caixa postal.
— Droga!
Entro no meu carro e dirijo em marcha lenta procurando a Elise pela rua, mas tudo indica que ela pegou um táxi. Ligo para seu celular diversas vezes sem ter respostas. Bato no volante para extravasar minha frustração e dirijo até em casa, se ela não estiver lá tenho certeza que não voltará esta noite e eu dou razão a ela.
Saio do meu carro e entro em casa indo diretamente para onde às câmeras estão instaladas, removo todas e vou até o quarto ver que tipo de imagens a Elise viu, mas ela apagou tudo. Às imagens que foram gravadas é da minha entrada na casa.
Quando termino tudo, junto às câmeras ao pé da escada e me sento com a cabeça entre minhas mãos.
Eu havia esquecido completamente essas câmeras. Às instalei com o intuito de monitorar todos que entra e sai da minha casa já que só voltava para casa pra dormir e sempre fui cuidadoso em analisar tudo. Desde criança fui instruído a vigiar tudo e isso virou um hábito horrível.
Para mim, já que todos podiam me observar e monitorar, eu também iria fazer o mesmo. Mas esqueci completamente dessas malditas câmeras desde que conheci a Elise.
A última vez que estive naquele quarto foi dois dias antes de conhecer a Elise, e depois eu simplesmente fiquei ocupado demais para monitorar. Não entro dentro daquele quarto desde então.
Durmo na sala para o caso da Elise voltar. A madrugada chega e me dou por vencido ao ver que ela não vai voltar para casa.
Por volta das 8:00 da manhã a Elise entra com às mesmas roupas de ontem. Ela para no meio da sala e olha para às câmeras no chão e depois para mim, seu rosto está impassível e ela demonstra ainda está chateada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Senhor E Senhora Hartmann
RomantizmA família alemã Hartmann é como uma família real para todo o país. O filho mais velho se chama Dener Hartmann, ele tem 34 anos e está a frente dos negócios. É um homem sério e inteligente, muito cobiçado, seus pais querem que ele se case o quanto an...