Bônus: Adelaide Hartmann
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Os olhos verdes de Adelaide Hartmann olhava para a fachada simples do sobrado onde sua nora estava trabalhando. Ela achava tão patético e inadmissível uma Hartmann trabalhar em um subúrbio como esse.
Ela sentia seu sangue ferver nas veias e apertou o banco do carro com força. Não tinha mais paciência para lidar com Elise Muller, ela tinha extrapolado todos os limites do que Adelaide poderia permitir. Na sua mente, ela precisava proteger a família da ameaça que era Elise Muller.
Foi ela quem trouxe o irmão do marido de volta a cidade. Adelaide só havia pensado dar um susto em Elise para que a mesma saísse da família, mas a astuta nem mesmo cogitou a ideia. Então, é hora de usar armas mais pesadas.
De uma coisa ela estava ciente: Seu filho mais velho planejava algo.
A mulher vestindo um casaco vinho sentada no banco de trás de um carro de luxo, olhou na direção do seu motorista e capataz.
— Xavier, minha convidada aceitou meu convite? — Perguntou.
Três dias havia se passado desde o confronto entre Adelaide e Valentina e tudo o que a loira de olhos verdes frios conseguia pensar era em uma forma de limpar toda a bagunça e caos que surgiu junto com Elise Muller.
— Sim, senhora. Ela irá está esperando no hotel — Respondeu o motorista.
Adelaide assentiu com um pequeno sorriso e olhou novamente para o sobrado que abrigava o tal escritório de advocacia da sua nora.
Você não perde por esperar...
— Me leve para o hotel, Xavier.
Durante o percurso, Adelaide relembrou a ordem do marido de lhe manter em vigia pelos seguranças que ela mesmo controlava, assim como Xavier. Seu marido era um bobo por achar que poderia manter uma mulher como ela encurralada.
Até mesmo quando teve que abrir mão do amor da sua futura cunhada foi um covarde e escolheu o dinheiro a mulher. Valentina por sua vez fez a escolha certa ao ficar com o irmão mais novo. Adelaide daria tudo para que Adler fosse o irmão mais velho, assim poderia ser uma esposa satisfeita em todos os quesitos.
Os Hartmann estavam armados contra ela desde o segundo que Elise Muller entrou para essa família e isso ela não podia permitir. A família tinha que está aos seus pés. Já que não podia os ter de forma gentil então seria a força. Sua juventude foi colocada a disposição dos Hartmann desde que seus pais foram a falência.
Ela não poderia deixar ninguém ameaçar fazer ela voltar para a miséria. Maldita tinha sido a hora que ficou calada e parada quando o marido selou o compromisso do filho com a filha do seu melhor amigo.
A razão mais forte por Adelaide não gostar de Elise estava no fato dela não ter feito nenhum esforço pra entrar na família. O major Muller sempre foi como um filho e irmão para os Hartmann e não havia ninguém que pudesse ir contra isso. Se Adelaide soubesse que ele havia tido uma filha teria se certificado de mantê-la longe da família.
Mas nem tudo estava acabado.
Ela chegou no hotel cinco estrelas ao qual alugava uma suíte no nome de um dos seus funcionários para não levantar suspeitas. Subiu os andares apertando o 34° andar, esperou pacientemente o elevador chegar e caminhou pelos corredores vazios até colocar sua digital na porta e a mesma se abrir.
Às cortinas estavam abertas clareando todo o ambiente como ela havia pedido para ser feito. Os jarros continha flores frescas e tudo estava impecavelmente limpo e organizado.
Ela caminhou até a cozinha, separou duas xícaras e se serviu de um chá amargo.
A campanhia tocou alguns minutos depois. Adelaide não precisou se mover, Xavier estava do lado de fora e abriu a porta para sua convidada entrar.
Carregando a xícara nas mãos ela caminhou até a sala. Seus olhos se cruzaram com o de Amélie e ela viu a garota se sentir acuada, não evitou de sorri.
— Sente-se, temos um assunto que interessa a nós duas.
Amélie olhou para a mulher loira bem arrumada e com os gélidos. Ela sabia do que Adelaide Hartmann era capaz, provou isso na própria pele quando sofreu um aborto.
— O que deseja falar comigo? — Perguntou ela.
Adelaide sorriu apontando para o sofá. A garota se sentou tentando dispensar a tensão que estava sentindo.
— Então, algum avanço com o meu filho?
— Não, senhora. O Dener não sente mais nada por mim, a noite que passamos em Munique foi o suficiente para esclarecer isso. Ele não correspondeu nenhuma das minhas investidas. Está óbvio que ele ama aquela mulher.
Adelaide sorriu levando a xícara com o chá até a boca.
— Sabe o que gosto em você, garota? — Perguntou. Amélie negou — Você conhece seu lugar e sabe até onde ir sem ordens. Ao contrário daquela mulher.
Amélie abaixou a cabeça. Ela mal se atrevia olhar para Adelaide, só de lembrar o que ela fez causava arrepios na sua pele. Porém, ela é a única a quem pode fazê-la voltar com Dener.
— Meu cunhado e a esposa estão na cidade e tenho certeza que meu filho trama alguma coisa. Por isso, temos que agir antes que eles.
— O que planeja fazer, senhora?
— Aquela garota não é fácil, ela não se abala com palavras e ações. É persistente e obstinada. Mas sabe algo que nenhuma mulher consegue apagar da memória? — Amélie negou — Ver o marido na cama com outra mulher. Isso fere e mágoa o orgulho de qualquer mulher.
Amélie levantou o rosto.
— Como vamos fazer isso? O Dener não é mais atraído por mim. Não vejo como isso possa funcionar.
Adelaide bebeu um pouco do seu chá antes de lembrar o frasco que tinha na bolsa.
— Apenas faça ele ir até seu apartamento. O resto é comigo — Declarou.
Amélie foi a primeira a sair, estava com um sorriso ansioso no rosto enquanto Adelaide se divertia ao ver que ela tinha esperanças com o filho. Ela nunca permitiria que ela entrasse pra família, se dependesse dela, Dener iria ficar solteiro até os fim dos seus dias.
Antes do anoitecer Adelaide ficou a uma quadra de onde o filho morava. Esperou por alguns minutos até ver uma senhora se aproximando. Quando a mesma se inclinou em direção ao vidro do carro, a patroa estendeu o pequeno frasco na direção dela.
— Isso é um afrodisíaco com propriedades únicas. Certifique-se de fazer meu filho tomar ele quando eu dê a ordem, entendeu?
— Sim, madame.
Adelaide olhou para a senhora antes subir o vidro do carro. Há anos a empregada de Dener trabalhava para ela sabendo tudo o que acontecia naquela casa.
Ela jamais deixaria seu filho sair da mansão principal para morar sozinho sem ter alguém do lado dela no ambiente.
Essa Adelaide não é brincadeira não gente. Aguardem próximos capítulos, acho que vai demorar porquê estou ficando muito ocupada ultimamente.
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Senhor E Senhora Hartmann
RomanceA família alemã Hartmann é como uma família real para todo o país. O filho mais velho se chama Dener Hartmann, ele tem 34 anos e está a frente dos negócios. É um homem sério e inteligente, muito cobiçado, seus pais querem que ele se case o quanto an...