Capítulo 15 - Parte 2

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     Os braços do Dener são firmes e eu agradeço enquanto o cavalo corre. Não sei por quanto tempo calvagamos até ele puxar às rédeas do cavalo fazendo o mesmo parar. Solto minha respiração por completo.

Ele desce do cavalo e me segura nos braços me ajudando a sair. Não o olho no rosto, me viro e começo a caminhar por onde vir. Ele me trouxe para um campo amplo com a grama mais alta e selvagem.

Sinto sua mão segurar meu braço.

— Me solte! — Ordeno.

— Elise, eu posso explicar. Espere.

Cruzo os braços e continuo andando com ele no meu encalço. Rio de forma irônica.

— Eu odeio pessoas mal resolvidas que arrastam outras pessoas para seus problemas! Se tivesse me falado que tinha alguém eu nunca teria feito esse papel de boba. Agora, aqui estou eu, no meio do nada! — O calor da raiva não me deixa sentir o frio que o vento está soprando.

— Não é como você pensa. Não existe mais nada entre ela e eu. O que você possa ter visto não foi minha culpa, ela me beijou. Eu posso garantir que não tem nada entre ela e eu. Acabou!

Me viro para ele o fuzilando com o olhar. Ele está segurando a rédea do cavalo e o chicote e me olhando com atenção.

— Você foi desonesto comigo. Eu deixei claro toda minha situação e você me escondeu que já foi noivo, e que ainda era próximo dela! Quer saber? — Tiro o anel de noivado do meu dedo e seguro a mão dele colocando o anel sobre ela: — Eu aceito tudo, menos mentiras e omissão. Nosso noivado, acordo... Seja o que for acabou de chegar ao fim!

Lanço meu último olhar para ele e volto a andar, mas não dou mais que dois passos antes de ser agarrada.

— Sol...

Ele cala minha boca com a dele. Suas mãos me agarram com firmeza e brutalidade enquanto sua boca cola na minha. Mantenho meus olhos abertos enquanto bato no seu peito para me soltar, sua mão segura minha nuca e sua boca se movimenta na minha.

Estou tão surpresa que me vejo desarmando nos seus braços ao ver que ele não vai me soltar. Espero que ele se dê conta da minha redenção e pare de me beijar e fazer meu coração bater como um louco.

Suavemente, sua boca vai se afastando, sua testa encosta na minha fazendo nossas respiração ofegante se misturar.

— Você pode se manter calma assim e me ouvi? — Pergunta.

Fico com receio de que meu coração tenha um treco e eu acabe desmaiando. Por isso, eu balanço a cabeça puxando o máximo de ar que consigo. Às mãos dele está na minha cintura e eu seguro seus braços grossos.

— Não contei para você porquê não tivemos uma chance de conversar sobre isso, não estava querendo omitir e nem planejava. Hoje é a primeira vez que estou vendo ela desde que chegou dos Estados Unidos. Aquele beijo não me fez sentir nada, eu fiquei surpreso — Ele traz meu corpo para mais perto do seu: — Elise, o que eu mais quero no mundo é casar com você. Essa é a coisa que estou mais certo no momento e nada vai me fazer voltar atrás. Entendeu?

O afasto para poder raciocinar. Não posso simplesmente me deixar levar por essas palavras depois de ver aquele beijo, como também não posso condená-lo. Eu o ouvi e estou assimilando sua explicação.

— Eu vou perguntar e quero sua sinceridade. Se eu descobrir que está mentindo ou omitindo eu não vou te dá uma segunda chance. — Esclareço.

Ele assente.

Respiro fundo.

— Tem alguma possibilidade de você e ela ter uma recaída? Ainda existe sentimentos da sua parte? — Pergunto.

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora