Senhor E Senhora Hartmann

Capítulo 32

  — Quero lavar o cabelo, já faz dias que não lavo — Digo, com um suspiro.

— Podemos dar um jeito nisso — O Dener acaricia meu cabelo que está oleoso — É, você precisa mesmo.

Não evito de ri do seu rosto ao falar isso. O médico deixou claro que eu não molhasse a ferida por uma semana, e faz dois dias que chegamos e eu não levei o cabelo.

— Eu vou lavar seu cabelo, espere só um minuto.

Observo ele entrar no banheiro e mexer em algumas coisas antes de voltar com às mangas da blusa arregaçadas até o cotovelo. Levanto da cama calçando minhas pantufas e o sigo até o banheiro.

Ele colocou um banco ao lado da banheira.

— Por favor, sente-se, minha dama. Vou cuidar do seu cabelo — Gesticula para o banco.

Sorrio e me sento. Ele chegou do trabalho a pouco tempo e veio direto para o quarto cuidar de mim, não estou tendo muito o que fazer além de de ler todos os livros que consigo e ajudar a senhora Gertrudes na cozinha.

O Dener coloca uma toalha ao redor dos meus ombros e apoia minha cabeça na borda da banheira, sinto suas mãos pentear meus cabelos e então a água morna.

— A temperatura está boa? — Pergunta.

Sorrio.

— Perfeita, querido.

Assisto meu sexy marido despejar shampoo em suas mãos e se debruçar sobre mim para aplicar no meu cabelo. Observo seu peitoral em evidência com os primeiros três botões da camisa abertos. Ele é tão sexy e lindo, mesmo ferida quero muito me aproveitar dele nesse momento.

— Por quê está me olhando assim? — Pergunta, com um sorriso de lado.

— Como estou o olhando? — Estico minha mão alcançado sua coxa grossa.

Ele ri.

— Você está me provocando agora, senhora Hartmann?

Subo minhas mãos até seu cinto e ele tenta escapar me fazendo segurar com mais firmeza. Mordo os lábios fazendo ele ri.

— Me deixe terminar de lavar seu cabelo e depois cuidamos disso — Diz.

— Vamos cuidar disso agora, senhor Hartmann.

Ele desliga a água e se abaixa com um sorriso no canto dos lábios, seus lábios encostam nos meus em um beijo provocativo e cheio de malícia. Sua língua brinca com a minha e seus lábios prende os meus; abraço seu pescoço trazendo ele para mais perto de mim. Ouço o barulho da ducha caindo dentro da banheira e me sinto feliz por ter vencido.

Suas mãos molhadas agarra minha cintura molhando meu pijama de seda, ergo a cabeça com o cabelo completamente ensopado para o beijar com total liberdade.

Ele ri contra meus lábios se distanciando de mim. O olho de forma aturdida e o mesmo leva os dedos até meus lábios e balança a cabeça em sinal negativo.

— Nem pense nisso até tirar os pontos.

Suspiro.

— Mas eu estou bem, podemos fazer. O médico não deu nenhuma ordem sobre isso, Dener — O puxo novamente na minha direção e ele recua.

— Não ache que também não quero, mas não vou fazer isso até você tirar os pontos. O corte pode abrir.

Respiro fundo exalando minha frustração. Ele beija a ponta do meu nariz e se levanta pegando uma toalha e a enrolando na minha cabeça.

Me colocando de frente para a penteadeira, ele liga o secador para tirar o excesso de água do meu cabelo. Observo seu rosto concentrado em escovar meu cabelo e meu coração se enche de amor. Eu nunca poderia imaginar que aquele homem que vi pela primeira vez tão frio e autoritário poderia ser tão doce e atencioso dessa maneira.