Capítulo 37

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    Abro os olhos vendo a Elise a minha frente. Isso é uma das coisas que mais gosto na minha vida: Acordar e dar de cara com a mulher mais linda do mundo.

Observo seu rosto sereno no travesseiro, alguns fios de cabelo cai na sua testa e eu os retiro. Meu toque a faz se mexer e a mesma abre os olhos, um sorriso desenha seus lábios e ela mergulha o rosto no travesseiro.

— Hum... — Resmunga.

Levo minha mão até sua cintura.

— Bom dia, minha linda.

Me inclino beijando sua testa, ela se estica colocando a cabeça no meu peito e me abraça. Circulo seus ombros beijando o topo da sua cabeça.

— Pela primeira vez nesses meses que estamos casados você acordou primeiro que eu — Diz ela.

Sorrio.

— Agora eu sei o que estava perdendo e não vou mais perder essa oportunidade. Vou acordar horas antes só para poder te admirar — Sussurro.

Ela ergue o rosto com os olhos semicerrados, seu cabelo está uma bagunça, mas a acho linda do mesmo jeito. Seguro seu queixo e levo minha boca até a sua quando ela coloca a mão na frente fazendo meus lábios se chocarem contra sua palma.

— Sem beijo martinal, ainda não escovei os dentes e não estamos em um filme de romance.

Suspiro.

— Eu não ligo.

Ela se ergue passando a mão pelo cabelo solto, seus olhos estão levemente inchados e seu rosto amassado. A observo se espreguiçar e levantar da cama.

— Espero você no banheiro — Pisca.

Não penso duas vezes e jogo minhas cobertas seguindo minha esposa como um cachorrinho. A Elise ri quando a seguro pela cintura. Nós dois nos olhamos pelo espelho da pia.

Ambos estamos com um sorriso no rosto, ela levanta a mão e acaricia a parte de trás do meu cabelo, beijo seu ombro exposto pela blusa de alça fina.

— Temos um longo dia pela frente — Diz ela com um suspiro.

— Mas vamos está juntos.

Ela assente sorrindo.

Nós dois tiramos nossas roupas e entramos na banheira juntos. A Elise fica sentada entre minhas pernas e eu desenho círculos nas suas costas com a água.

Observo sua pele branca e lisa vendo a cicatriz de cinco centímetros na sua omoplata esquerda. Uma lista vermelha na sua pele branca, levo meus dedos até ela sentindo a espessura. Sempre que vejo essa cicatriz o medo de perdê-la volta de forma intensa.

— Querida, o que acha de remover essa cicatriz? — Sugiro.

Ela olha para mim e seu movimento faz a água ondular.

— Por quê? Te incomoda?

Balanço a cabeça.

— Não da forma que está pensando. Você é linda para mim não importa como se pareça. Só quero que a única lembrança daquele maldito dia fique na nossa mente. Ver ele na sua pele é doloroso para mim.

Ela vai para a outra extremidade da banheira ficando de frente comigo.

— Você precisa parar de se torturar com isso, Dener. Eu sei que se fosse você teria feito algo pior por mim. Mas, se te incomoda podemos remover. Pra mim tanto faz.

Após nosso banho nós dois nos vestimos juntos e descemos para o café da manhã. Meus tios ainda não acordaram, então eu e a Elise tomamos café sozinhos.

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora