Capítulo 6

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         Tenho uma conversa com meu pai sobre o meu pretendente ser alguém como Dener Hartmann. Não tenho nada contra ele, apenas idealizo um casamento tranquilo e continuar no anonimato. Por mais que meu pai goste dele, não posso aceitar sair com um homem frio, e imperativo como ele.

— Tive problemas com ele quando trabalhamos juntos, pai. Sei que vai dizer que isso não terá nenhuma importância em um relacionamento pessoal, mas eu discordo. Eu fiz um trabalho extra para ele e o mesmo não foi capaz de agradecer. — Comunico ao meu pai durante uma noite, após a festa.

Ele olha para mim com cautela, os olhos verdes me olhando despreocupado. Isso me dá nos nervos, às vezes.

— Você se conheceram antes que o encontro de vocês fosse marcado? Isso é supreendente.

— Não tem nada de supreendente nisso, pai. Como não me disse que é amigo dos Hartmann? Por mais que você goste dele e da família eu não tenho o mesmo sentimento. — Esclareço.

Meu pai abre um pequeno sorriso me deixando confusa.

— Tudo bem. Se você não quer ver ele, não o veja. Vou deixar você decidi sobre isso, mas tem que prometer que se tiver uma segunda oportunidade você vai deixar ela acontecer.

Não terá segundas oportunidades.

— É mesmo? — Sorrio.

— É sua vida.

Sorrio para o meu pai e aperto sua mão sobre a mesa. Não esperava que ele aceitasse isso sem me pedir para ir em outro encontro, às coisas estão melhores do que imaginei.

Lavo a louça do jantar e me despeço do meu pai indo diretamente para minha casa. Tenho casos para estudar e resolver até o final do mês, me empenhei tanto para resolver o assunto da Holfman que deixei uma parte do meu trabalho de lado, não vou mais repeti isso, aquela empresa tem milhares de advogados que são melhores que eu.

Na manhã seguinte, a senhora Martina bate na porta da minha casa e entra com um pedaço de bolo de laranja fresco e minhas correspondências.

— Bom dia, minha querida. Trouxe suas cartas. — Ela coloca o bolo sobre a mesa e o cheiro preenche o espaço.

Sorrio na sua direção e termino de calçar meus sapatos.

— Obrigada, eu já estava de saída mas vou comer um pedaço do bolo que me trouxe antes de mim. — Digo

Ela sorri e puxa uma cadeira para sentar. Fico na sua frente e sirvo chá para nós duas.

— Soube que dois rapazes veio a sua casa há dois dias atrás. — Comenta.

A senhora Martina é uma típica senhora na casa dos cinquenta anos, solteirona que quer saber tudo sobre a vida dos outros, inclusive da minha vida.

Dou uma garfada no bolo que está cremoso e engulo com um pouco de chá.

— Sim. Dois colegas de trabalho. — Confirmo.

Seus olhos escuros se arregalam.

— Você não foi criada em um convento? Como pode receber homens na sua casa estando sozinha?

Respiro internamente.

— Não foi em um convento, foi uma instituição para garotas. E não, não tem nada para achar defeitos. O presidente Hartmann e o Richard vieram tratar de negócios e isso não mata ninguém, senhora Martina.

— Hartmann?! O herdeiro? — Pergunta com a boca aberta.

Suspiro. Eu não devia ter falado, ela vai ter um chilique ao saber que Dener Hartmann esteve no mesmo lugar que ela está agora.

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora