Capítulo 36

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     O Dener convida os tios dele para passar uma temporada conosco, na nossa casa, ele diz que logo vou entender onde ele quer chegar com esse convite. Tento entender logo quando ele pergunta se podemos abrir a nossa casa para seus tios da Inglaterra, não vejo mal algum.

Eles chegam uma semana depois do convite e eu e o Dener vamos buscá-los no aeroporto. Esperamos eles na pista de vôo em um lugar privado. O Dener está sorridente.

— Gosta tanto assim dos seus tios? — Pergunto, ao seu lado.

Ele balança a cabeça.

— Não, gosto do efeito que eles causam na família.

Ergo a sobrancelha e ele pisca. O que esse homem está tramando? Ele nem mesmo me deixou contar a vovó que o seu filho estava vindo para a cidade, ela com certeza ficaria feliz, ela fala sempre sobre ele e como sente sua falta.

— É o jatinho — Comunica o Dener.

Observo o jatinho com a loga da Holfman pousar na pista. Eu e o Dener nos aproximamos quando a porta do avião é aberto e dele sai um homem de altura mediana muito parecido com o meu sogro, a única diferença é que ele é uma versão alguns anos mais jovem.

Atrás dele surge uma mulher loira muito elegante vestindo um conjunto vermelho escuro. Eles descem às escadas sorrindo para nós, nos aproximamos, o tio do Dener o abraça.

— Quanto tempo, meu garoto! Como você está? — Pergunta, segurando o rosto do Dener o analisando — Você está muito bem!

A tia do Dener o cumprimenta com dois beijos na face. Eles parecem se dar muito bem e serem pessoas boas.

— Essa é a famosa Elise! — Trocamos dois beijos na face — É um prazer conhecê-la finalmente! Você é muito bonita — Diz o tio do Dener.

— Muito obrigada, senhor Hartmann. É um prazer.

— Ora, me chame de Adler. Somos uma família, não somos?

— Você é realmente muito bonita, mais bonita do que nas fotos que vi — A tia do Dener se coloca a minha frente com um sorriso de dentes brancos e muito bem enfileirados — Me chame apenas de Valentina, querida. Ao contrário de uma certa mulher eu não me importo com o sobrenome.

Ela e o marido soltam uma risada me fazendo sorri pelo entusiasmo deles. Os seguranças pegam às malas dos dois e caminhamos até o carro, o Dener e o tio na frente.

Os três conversam bastante dentro do carro e eu noto imediatamente porquê o Dener os convidou até aqui. A tia dele é sarcástica e não chama a Adelaide pelo nome, é sempre " Aquela certa pessoa". Às duas não se dão bem, mas a Valentina não parece ligar para isso.

Nós quatro entramos dentro de casa e a Valentina sorri olhando toda a decoração.

— Isso é tão a cara do Dener. Você não quis mudar nada, Elise? — Pergunta a Valentina para mim.

Sorrio.

— Eu gosto da casa nesse tom claro. Eu e o Dener temos muitas coisas em comum.

— Por Deus, então vocês formam uma combinação perigosa — Ela enlaça o braço do marido — Assim como nós, não é, querido?

Os dois se olham como se houvesse só os dois no aposento, olho para o Dener que sorri na minha direção.

— Nunca vai existir um casal tão bom como a gente, minha querida.

— Separei a segunda suíte para vocês dois — Digo, tirando eles do clima de romance.

O Dener e o tios sobe para o quarto e eu vou em direção a cozinha ver como anda o almoço. Comecei a fazer um prato típico da Alemanha a base de batatas e deixei pra senhora Gertrudes ficar de olho. Os pratos já estão prontos, nós duas os esquentamos e colocamos a mesa.

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora