Capítulo 50

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   Observo o plano familiar que elaborei como uma promoção para vôos com membros da família. É uma promoção de viaje três e ganhe duas passagem de graça. Preciso atrair atenção para as empresas aérea e não vejo algo mais atrativo do que convidar duas pessoas para viajar grátis com direito a um upgrade se pegar um número premiado.

Assisto às equipes de marketing apresentando nossa nova promoção junto com os diretores, acionistas e sócios. Já faz uma hora que estamos aqui dentro estudando tudo e assistindo cada equipe apresentar seu método de divulgação. Ainda não escolhemos um. Todos são bastante atrativos e não vejo defeitos, eles seguiram minhas orientações ao pé da letra.

Estou lendo informações de cada plano elaborado pela equipe de relações públicas quando o Ismar vem até mim e sussurra ao meu ouvido.

— Senhor, sua esposa foi levada ao hospital, está preste a dar a luz.

— O QUÊ?

O Ismar se assusta e todos na sala olham na minha direção.

— A sua esposa, senhor. Ela...

Não deixo ele terminar, abandono a sala de reuniões às pressas e saio correndo até o elevador, como ele demora a chegar eu vou pelas escadas descendo um lance de dez escadas até chegar na garagem. Fico desorientado a procura do meu carro, mas logo o localizo com a ajuda do Ismar que está bem atrás de mim.

Estou tão eufórico e nervoso que deixo o Ismar dirigir.

— Passe por todos sinais vermelhos, vou aumentar o dobro do seu salário!

Ele sorri.

— Sim, senhor!

Tento me acalmar respirando fundo. Meu filho/filha está vindo ao mundo apressadamente. Não tem como eu ficar calmo nessa situação. Desfaço o nó da gravata jogando a mesma no banco do carro assim como meu blazer

O Ismar estaciona o carro na frente do hospital e eu saio às pressas do carro deixando meu blazer e gravata dentro do mesmo. Corro para dentro do hospital até está dentro do elevador que me leva até a ala da obstetria.

Procuro o quarto 230 e corro pelos corredores até o encontrar. Entro dentro do mesmo e encontro a Elise deitada no leito já com uma roupa hospitalar e com o aparelho cardíaco ligado ao dedo. Ao lado dela está a sua tia. Minha esposa sorri quando me ver, vou na sua direção e seguro sua mão.

— Você está bem? — Pergunto, ofegante.

— Nosso bebê está chegando — Sorri, fazendo uma careta logo em seguida e apertando a minha mão.

São contrações. Ela está no estágio 2 do pré-parto, nós dois estudamos isso.

— Respire, querida! — Peço, agarrando sua mão.

A noite chega e às contrações vão aumentando. Tanto o major Muller, meu pai, e a tia da Elise a visita. O parto está indo conforme o médico previu e às horas estão passando de forma lenta. Ver o sofrimento da Elise me deixa agoniado.

Os intervalos das contrações vão se tornando mais curtos e o médico vem até o quarto para fazer o toque antes de pedir para às enfermeiras preparar a sala de parto, isso acontece por volta 11 da noite, 6 horas depois do início das contrações.

— O senhor vai acompanhar sua esposa na sala de parto, senhor Hartmann? — Pergunta a enfermeira.

— Sim, eu vou.

— Me acompanhe, o senhor precisa usar um traje especial para entrar na sala.

Olho para a Elise que está suando e reluto em soltar sua mão. A enfermeira sorri.

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora