Capítulo 21

6.1K 559 67
                                    

     Acordo ouvindo o celular do Dener tocar durante a noite, ele resmunga e tira o braço que está por baixo do meu pescoço. Ainda sonolenta, vejo ele pegar o celular e levantar da cama saindo do quarto.

Olho para o despertador na cabeceira da cama vendo que são 01:34 da manhã. Quem estaria ligando essa hora? Tento dormir, mas espero o Dener voltar para a cama. Ele demora cerca de 30 minutos para voltar ao quarto, e quando volta vai direto ao closet.

Levanto da cama e acendo às luzes indo até ele que está se vestindo às pressas.

— O que aconteceu? — Pergunto, sonolenta.

Ele sobe às calças jeans e passa a mão pelo cabelo.

—  Um amigo da família faleceu. Preciso acompanhar meu pai para ajudar a família com os preparativos.

Levo a mão até o coração.

— Quer que eu vá com você?

— Não precisa. Volte a dormir. Amanhã você tem que trabalhar e com certeza vou precisar de você.

Visto meu robe enquanto ele escova os dentes. Acompanho ele até a garagem e o abraço.

— Me ligue se precisar de alguma coisa — Digo.

— Não se preocupe e vá dormir. Não sei que horas vou voltar — Avisa.

Ele entra no carro e dá partida no mesmo saindo da garagem. Aperto meu robe de seda e entro para dentro indo até a cozinha para preparar um chá. Enquanto a água está fervendo eu pego meu celular para ver às notícias, encontro a do amigo da família do Dener.

"Morre aos 80 anos CEO das indústrias Meyer"

Leu a notícia que conta que a morte ocorreu por uma parada respiratória e que já fazia dias que ele estava internado após ser hospitalizado com câncer pulmonar.

Levo a mão até o rosto e lembro imediatamente de que foi ele quem enviou uma obra de arte abstrata muito cara e renomada como presente de casamento. Ele não pôde comparecer ao casamento, mas sua esposa foi. Ela é uma mulher de 50 anos e os dois tem um filho de 18 anos. Meu Deus!

Sirvo uma caneca de chá para mim e fico sentada no balcão da cozinha. Não conseguirei dormir tão facilmente depois disso. Pela movimentação do lado de fora, posso ver que o Dener deixou seguranças de prontidão.

Vou para o sofá da sala e reúno os documentos do caso de Norma Bauer. Sei que ficar parada esperando o Dener não vai adiantar em nada. Vou estudar o caso da Norma, tem coisas que não batem. É muito suspeito.

Está claro para mim depois de falar com ela que alguém a incriminou. Uma bolsa que apareceu depois de dias mesmo depois que a polícia vasculhou tudo...

Coloco às fotos do corpo lado lado e presto atenção nos detalhes. O relatório da perícia relata que a causa da morte foi causada por um traumatismo craniano após ele receber uma pancada forte. Foi usado um taco de beisebol, vários ossos foram quebrados.

Eu procurei um especialista em tacos e ele me assegurou que uma mulher de 1,60 de altura pesando 47kg não teria força para quebrar os ossos da perna e da costela de um homem alto e robusto... A menos que o taco de beisebol fosse de ferro.

Coloco minha caneca de chá de lado e reúno os relatórios da perícia junto com às filmagens do local onde o senhor Bauer foi morto. Durante o dia, todos iriam ver o que estava acontecendo naquele beco, mas o ataque foi durante a madrugada. Ele que costumava beber estava sóbrio e ligou cinco vezes para a Norma...

— Às ligações não fazem dela criminosa, mas a principal suspeita...

-

  — Ele me ligou cinco vezes e pediu para que eu fosse o encontrar, eu disse que não iria. Já sofri muito sempre que ele bebia. 

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora