Capítulo 13

6.6K 553 60
                                    

       

        Na terça-feira vou junto com a Elise na casa dos meus pais ver os presentes de casamento que foram enviados para nós de todos os amigos da família. Liguei antes para o meu pai e pedir para ele tirar todas às jóias de valor que possa ter sido enviado.

Já percebi como a Elise fica desconfortável com isso, não quero ela passando por esse tipo de situação no momento. Sei que ela está tendo um momento difícil tendo a privacidade invadida, o perfil expostos para todo o mundo...

Meu pai nos recebe na sala de chá onde os presentes estão espalhados.

— Elise! — Exclama com um sorriso quando a ver.

A Elise vai até ele e os dois troca beijos em cada lado da face.

— Senhor Hartmann, como está? — Pergunta ela.

— Muito feliz vendo você. Sentem! Vocês tem muitos embrulhos para desfazer.

Eu e a Elise sentamos no sofá ao lado do meu pai. Nós dois olhamos para a quantidade de presentes espalhados pela sala, uma das empregadas está trazendo mais.

— Quem mandou tudo isso? — Pergunto.

— Amigos próximos, sócios da empresa, conhecidos... Pedirei para enviarem para sua casa. Com a festa, tudo foi deixado aqui — Explica meu pai.

— Onde está a senhora Hartmann? — Pergunta a Elise.

Meu pai sorri.

— Foi às compras com às noras. Seu pai me contou sobre seu trabalho, tem algo que eu possa fazer?

— Não, senhor. Vou procurar outro emprego logo após o casamento. Tem muitos preparativos e escolhemos uma data em cima da hora — Diz a Elise.

Meu pai balança a cabeça.

— Eu ficaria feliz se você trabalhasse para a empresa. Alguém com sua competência iria nos ajudar bastante...

— Pai — Interrompo — Ela não gosta de trabalhar para empresas grandes.

A Elise sorri para apaziguar a situação. Uma das empregadas vem até nós e pergunta se queremos algo para beber, a Elise se oferece para fazer um chá e a empregada a leva até a cozinha.

Eu e meu pai sorrimos. É a primeira vez em gerações que uma mulher da nossa família vai até a cozinha preparar algo. A Elise tem uma simplicidade e humildade característica dela, convivendo com ela consigo entender o que meu pai pode ter visto nela.

— Ela é uma garota e tanto. — Comenta meu pai.

Sorrio.

— Sim, ela é.

— Faz tempo que não o vejo sorri assim, filho.

Imediatamente paro de sorri quando percebo o que estou fazendo. Não costumo mostrar minhas emoções na frente da minha família e nem de ninguém. Prefiro manter algumas coisas como sempre foram.

— Pedi para tirarem às jóias e objetos de valor exorbitantes da sala. Quando vocês estiverem casados poderá ir dando a ela aos poucos, assim não correrá risco dela se sentir ofendida — Diz meu pai.

Concordo.

— Assim é melhor, não quero que ela se sinta desconfortável ou ofendida. Muitas pessoas tem enviado peças de valor para a empresa.

— Vocês já decidiram onde irão morar? — Pergunta.

— Na minha casa. A Elise pediu apenas para colocar uma cor mais quente no quarto, ela vai se mudar daqui a alguns dias.

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora