Capítulo 51

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    — Ela se parece com você. — Meu diz, observando a neta nos meus braços. Sorrio.

Ainda estamos no hospital e perto de ir para casa. Meu pai veio nos acompanhar. A verdade é que ele está fascinado com a neta e não é pra menos. Minha filha parece um anjo e é tão quieta. Tudo o que faz é chorar quando está com fome e dormir logo depois que é alimentada.

Tiro os olhos dela para olhar na direção do meu pai que está sentado ao pé da cama. Ele foi o primeiro de nós a dar banho na Lotte e até ensinou o Dener a como fazer.

— Eu era quieta assim?

— Não. Você chorava por tudo e só queria está nos nossos braços, odiava o berço e fazia tanto eu como sua mãe carregar você o dia inteiro.

Não evito a risada que faz a minha filha mexer os bracinhos com o barulho, aninho ela nos meus braços para que sinta mais do meu calor.

— Acho que a mamãe iria ficar muito feliz se estivesse aqui, pai. Nunca desejei tanto ter ela comigo como agora. — Confesso, com meus olhos cheios de lágrimas.

— Eu sei, querida. Sua mãe iria sentir muito orgulho ao ver a mulher que você se tornou e a mãe maravilhosa que será. Gostaria de confortar você dizendo algo positivo, mas eu sei que nesse momento ninguém pode fazer isso. Você quer sua mãe perto de você como nunca e é cruel nada poder realizar isso.

Às lágrimas descem pelo meu rosto e eu fungo. Meu coração está tão apertado que chega a doer quando lembro da falta que minha mãe faz. É a coisa mais difícil do mundo perder alguém a qual você sabe que é essencial na sua vida.

Meu pai pega a Lotte dos meus braços para que eu possa chorar. Engulo em seco o nó na minha garganta enquanto contenho o soluço que insiste escapar da minha garganta. Pego os lenços na mesa de cabeceira e enxugo minhas lágrimas insistentes. Não posso me deixar cair nesses sentimentos, o médico orientou que o estresse, tristeza e aborrecimento pode secar o leite materno.

O Dener entra no quarto no momento que estou derramando às últimas lágrimas. Ele olha para meu pai e a filha antes de me olhar, o mesmo se aproxima de mim com o rosto preocupado.

— Está tudo bem? Está sentindo dor?

Limpo minhas lágrimas e coloco um sorriso no rosto.

— Não, estou só lembrando de uma pessoa importante — Respiro fundo: — Veio nos buscar?

— Sim. Trouxe sua roupa e a da nossa filha — Ele vai até meu pai e estica os braços para segurar a filha, meu pai passa ela com cuidado para ele — Olá, minha princesa. Sentiu saudades do papai? — Sussurra para a filha com um sorriso no rosto.

Pego a bolsa que ele trouxe e verifico a roupa que ele trouxe para mim: Um vestido de mangas curtas amarelo escuro. Com certeza foi a Marie que o separou, ela diz que a saída do hospital tem que ser premeditada já que a mídia toda irá está atenta a todos os detalhes.

A saída do hospital da Lotte é de um rosa pálido com branco. Sua roupinha é rosa e a manta é branca.

Meu pai ajuda o Dener trocar a nossa filha enquanto eu vou para o banheiro me vestir com a ajuda de uma das enfermeiras contratadas para cuidar de mim. Deixo meu cabelo completamento solto, visto o vestido que esconde bem a minha barriga ainda com volume e realça a minha cor. Uma camada leve de maquiagem para me dá uma cor é passada.

Quando saio do banheiro o Dener está sozinho com a nossa filha nos braços. Meu pai se apressou em sair primeiro e nos esperar no carro.

Vários fotógrafos e a imprensa nos espera do lado de fora. Eu e o Dener com nossa filha devemos sair juntos e pousar para fotos mostrando o rosto da nossa filha para o mundo nessa manhã.

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora