Capítulo 40

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    Aperto meu olhos antes de abrir os mesmo. Sinto minha cabeça pesada assim como meu corpo, me movimento na cama estranhando a textura dos lençóis. Me viro para o lado e encontro a Amélie.

Levanto imediatamente da cama deixando o lençol sobre a cama e me descobrindo completamente nu, puxo o lençol e enrolo na minha cintura. O que diabos aconteceu?

Forço a minha mente a lembrar do que aconteceu, mas tudo está em branco. Depois da ligação da Amélie não consigo lembrar de nada mais.

— Amélie, acorde! — Chamo, apanhando minha cueca do chão junto com a minha calça.

Ela se mexe na cama e abre os olhos, está coberta pelo lençol e provavelmente nua por baixo. Ela sorri quando me ver.

— Bom dia, amor.

Passo minha mãos pelos meu cabelo tentando não me desesperar.

— O que aconteceu? Como fui parar na sua cama? — Pergunto.

Ela se levanta se enrolando no lençol, caminha na minha direção mas antes que me toque eu recuo.

— Ora, bobinho. Dormimos juntos, isso não é uma novidade entre nós. Por quê parece tão aturdido? — Sorri.

Balanço a cabeça.

— Não. Eu não dormir com você, isso não é possível. Ontem a noite você me ligou dizendo que tinha ingerido vários comprimidos como da última vez... Eu... Não é possível!

Ela franze o cenho.

— Dener, você veio até mim sem eu te procurar. Como não se lembra disso? — Pergunta.

Sinto uma forte pontada na cabeça, mas ainda assim consigo me lembrar da ligação dela. Pego meu celular e encontro várias chamadas perdidas da Elise.

Droga.

— Você vai me esclarecer isso, Amélie. Nem em pesadelos isso poderia voltar acontecer entre nós dois! — Minha voz sai alterada e ela tem um sobressalto.

— Dener, você está sendo rude agora. Foi você quem veio ao meu apartamento e me seduziu, você sabe dos meus sentimentos e se aproveitou disso. Agora, vai dizer que não lembra? — Me olha confusa.

Verifico às horas vendo que já passa das oito da manhã. Eu nunca dormir tanto.

— Se não me disser a verdade eu vou descobrir por mim mesmo e será pior para você, sabe disso!

Seus olhos se enchem com lágrimas e ela senta na cama.

— Saia da minha casa agora! Você dorme comigo e para não se sentir culpado diz que não lembra de nada e ainda me acusa de ter feito algo? Não vou deixar você fazer isso comigo!

Seu vitimismo não me convence. Eu posso não me lembrar do que aconteceu depois que cheguei aqui, mas sei que não a procurei e que sua ligação pra mim foi real. De alguma forma eu acabei deitado nessa cama... Mas como?

Deixo todas às perguntas de lado e me visto as pressas para ir até a minha casa e ver a Elise. Deus, o que direi a ela? Minha pressão sanguínea está intensa e sinto uma dor na nuca, mas mesmo assim entro dentro do meu carro e dirijo até a minha casa discando o número da Elise que só chama.

— Vamos lá, Elise! — Imploro.

Saio do carro sem o estacionar e entro dentro de casa, subo às escadas correndo indo em direção ao quarto. Procuro a Elise no banheiro e no closet... Não a encontro.

Desço e vou até a cozinha onde a senhora Gertrudes está preparando o café.

— Bom dia, presidente Hartmann...

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora