Senhor E Senhora Hartmann

60 - Capítulo final

10 anos depois...

  — Lotte, por quê está sendo tão temperamental? Seu pai e eu já conversamos e concordamos que você só vai a esse acampamento se suas notas saírem melhor do que o semestre passado! — Exclamou Elise, vendo a filha ficar emburrada.

Lotte com 11 anos era uma versão feminina do pai, não possuía nenhum traço da calmaria e sensatez da mãe. Ao contrário do filho caçula com 5 anos e o do meio com 7 anos. O mais novo tinha todos os traços da mãe e era calmo, o segundo filho já tinha uma personalidade diferente que Dener e Elise desconhecia.

— Eu vou convencer o papai a me deixar ir! — Bateu o pé e subiu às escadas indo até seu quarto fazer uma vídeo chamada com o pai que estava no escritório.

Elise suspirou. Finn, o terceiro e o caçula estava desenhando no chão do escritório da mãe, concentrado em reproduzir uma foto da família no seu desenho. Elise sorriu e voltou a ler os documentos a sua frente. Tinha voltado a trabalhar desde que Noah fez completou dois anos de idade.

Os anos tinham passado de forma rápida e tanto Elise como Dener se sentiam orgulhosos e felizes com a família que construíram. Seus filhos eram o oposto um do outro mas isso não impedia eles de ser unidos como Elise e Dener os ensinaram.

Apenas Lotte foi a única dos netos a conhecer a avó Adelaide desde que a mesma faleceu há 9 anos atrás após uma cirurgia. A sua morte deixou todos abalados, principalmente os dois filhos mais novos e o senhor Hartmann. A única alegria da família agora era os netos tanto da parte de Dener como de Charles e Joseph.

No total, são 5 netos. Joseph e Charles optaram por ser ter um filho.

— Mamãe, quando vamos ver o vovô Hartmann? — Perguntou Finn, levantando a cabeça para olhar a mãe.

Elise sorriu e se aproximou do filho, sentando bem próximo a ele no chão e acariciando seu cabelo castanho claro.

— Está com saudades do vovô, querido?

— Sim! Ele prometeu ao Noah e eu que íamos aprender golfe.

— Hum, você não acha que está muito novo para isso, Finn? Olhe para seus braços, ainda são curtos.

O filho torceu o nariz e semicerrou os olhos fazendo Elise sorri. Seu filho com certeza tinha puxado muito a ela e às suas manias com expressões faciais invés de palavras.

Era plena sexta-feira a tarde e ela estava com os dois filhos em casa enquanto Dener foi visitar um aeroporto e levou o segundo filho com ele. O garoto amava os aviões e está no meio dos negócios com pai mesmo que sua mãe tenha alertado várias vezes que ele era muito novo para isso. Mas Noah Hartmann possuía uma personalidade própria e era extrovertido. Seus olhos eram claros como o da mãe e tinha o cabelo loiro da avó Hartmann e do avô Muller. Dos três, ele foi o único a ficar realmente loiro.

Dener segurava a mão do filho enquanto técnicos apresentava o novo avião para a aquisição da empresa. Noah estava ansiosa para entrar e o pai sentia isso, mas desde o começo ensinou ao menino que a paciência era a alma do negócio.

Ao longe, um jornalista tirava fotos do pai e do filho em momentos como esse, era de fazer muito dinheiro vendendo fotos do herdeiro Hartmann com os filhos e esposa ou da família inteira.

— Pai, esse é maior avião que o senhor já comprou! — Exclamou Noah quando entraram dentro do mesmo.

Dener sorriu assentindo. Realmente era um belo e amplo avião. Uma aquisição bem numerosa e valiosa para a empresa, não podia negar isso.

— Você gostou, filho? — Perguntou ao filho do meio.

O garoto vibrou em resposta indo explorar mais o avião, o pai ficou para trás sorrindo ao ver o filho tão empolgado. Era um dia inusitado, não era sempre que trazia o filho para a suas negociações, mas como era o primeiro dia de férias deles e depois de muita insistência do mesmo, o pai o trouxe.