Capítulo 43

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     Observo o Dener se abaixar diante da lápide da minha mãe e colocar um buquê de rosas brancas e narcisos. Voltamos de viagem há poucos minutos e eu quis vir até aqui. É a primeira vez que trago o Dener para prestar cumprimentos.

Ele se sentiu culpado por não temos feito isso antes do casamento, seria até melhor já que o assédio da mídia não estava tão grande em nós como está agora.

— Você se parece com sua mãe — Diz o Dener, olhando a foto da minha mãe na lápide.

Temos o mesmo sorriso e olhos, não herdei muitas coisas do meu pai.

O Dener se levanta ficando ao meu lado, nós dois encaramos a foto da minha mãe. Uma foto onde mostra toda sua vitalidade e felicidades. Quando o câncer ainda não tinha feito seu primeiro ataque.

Enlaço meu braço no do Dener encostando minha cabeça no seu braço, ele segura a minha mão com firmeza.

— Você tem muitas lembranças dela? — Pergunta.

Suspiro.

— Só do cheiro do café da manhã, sua voz doce e sempre que me ajudava a colocar o uniforme — Mudo meu peso de um pé para o outro — Quando cheguei na instituição eu era punida por não me vestir sozinha, mas logo aprendi.

Sinto os lábios do Dener na minha têmpora esquerda.

— Gostaria de apagar todas às lembranças ruins que você tem, Elise — Sussurra.

Olho para ele sorrindo.

— Eu não seria tão brilhante se não tivesse elas — Pisco fazendo meu marido suspirar.

Saímos do cemitério de mãos dadas até o carro que está no estacionamento. Tem uma van e dois carros com paparazzis seguindo nós dois desde que chegamos. Todos querem uma declaração do Dener e me acusam ser o pivô de ele ter deixando a empresa e a família.

Nossa semana de férias foram às melhores e nos aliviamos muito em todos os sentidos. Agora que estamos de volta tudo parece voltar com mais força. Ninguém pode ter tudo perfeito, não é mesmo?

A noite, nós dois nos arrumamos para ir ao encontro dos avós do Dener que querem conversar conosco sobre nossa posição na família. Eu não tenho a mínima idéia da decisão que o vovô tomou. Quando o Dener comunicou seu plano ele foi contra, mas o Dener disse algo que o fez persuadir e eu não sei o que foi.

Juntos, entramos na mansão sendo recebidos pelo Petrus.

— Olá, Petrus — Sorrio.

— Boa noite, madame. Senhor Hartmann.

Caminhamos para a sala de jantar onde a vovó e o vovô estão sentados nos esperando. Vou até a vovó e beijo sua bochecha e cumprimento o vovô com dois beijos na face.

— Vocês estão ótimos. Às férias fez bem a vocês — Comenta a vovó, sorrindo.

— Gostaria de ter ficado mais tempo, mas a Elise tem trabalho — Diz o Dener.

O vovô limpa a garganta:

— Espero que o que disse que iria me dar de presente venha logo.

Olho do meu marido para o vovô mas ambos estão em silêncio, apenas com sorrisos misteriosos no rosto.

Jantamos conversando sobre às proporções que as notícias estão chegando. A vovó está preocupada que algo aconteça a nós dois pelas fortes críticas que estamos recebendo.

— Vocês dois precisam ficarem alertas. Estão sendo fotógrafados em todos os lugares que vão. O Dener vai ficar protegido em casa já que não tem mais trabalho para fazer. Mas a Elise vai sair para trabalhar.

Senhor E Senhora HartmannOnde histórias criam vida. Descubra agora