Observo o Dener se abaixar diante da lápide da minha mãe e colocar um buquê de rosas brancas e narcisos. Voltamos de viagem há poucos minutos e eu quis vir até aqui. É a primeira vez que trago o Dener para prestar cumprimentos.Ele se sentiu culpado por não temos feito isso antes do casamento, seria até melhor já que o assédio da mídia não estava tão grande em nós como está agora.
— Você se parece com sua mãe — Diz o Dener, olhando a foto da minha mãe na lápide.
Temos o mesmo sorriso e olhos, não herdei muitas coisas do meu pai.
O Dener se levanta ficando ao meu lado, nós dois encaramos a foto da minha mãe. Uma foto onde mostra toda sua vitalidade e felicidades. Quando o câncer ainda não tinha feito seu primeiro ataque.
Enlaço meu braço no do Dener encostando minha cabeça no seu braço, ele segura a minha mão com firmeza.
— Você tem muitas lembranças dela? — Pergunta.
Suspiro.
— Só do cheiro do café da manhã, sua voz doce e sempre que me ajudava a colocar o uniforme — Mudo meu peso de um pé para o outro — Quando cheguei na instituição eu era punida por não me vestir sozinha, mas logo aprendi.
Sinto os lábios do Dener na minha têmpora esquerda.
— Gostaria de apagar todas às lembranças ruins que você tem, Elise — Sussurra.
Olho para ele sorrindo.
— Eu não seria tão brilhante se não tivesse elas — Pisco fazendo meu marido suspirar.
Saímos do cemitério de mãos dadas até o carro que está no estacionamento. Tem uma van e dois carros com paparazzis seguindo nós dois desde que chegamos. Todos querem uma declaração do Dener e me acusam ser o pivô de ele ter deixando a empresa e a família.
Nossa semana de férias foram às melhores e nos aliviamos muito em todos os sentidos. Agora que estamos de volta tudo parece voltar com mais força. Ninguém pode ter tudo perfeito, não é mesmo?
A noite, nós dois nos arrumamos para ir ao encontro dos avós do Dener que querem conversar conosco sobre nossa posição na família. Eu não tenho a mínima idéia da decisão que o vovô tomou. Quando o Dener comunicou seu plano ele foi contra, mas o Dener disse algo que o fez persuadir e eu não sei o que foi.
Juntos, entramos na mansão sendo recebidos pelo Petrus.
— Olá, Petrus — Sorrio.
— Boa noite, madame. Senhor Hartmann.
Caminhamos para a sala de jantar onde a vovó e o vovô estão sentados nos esperando. Vou até a vovó e beijo sua bochecha e cumprimento o vovô com dois beijos na face.
— Vocês estão ótimos. Às férias fez bem a vocês — Comenta a vovó, sorrindo.
— Gostaria de ter ficado mais tempo, mas a Elise tem trabalho — Diz o Dener.
O vovô limpa a garganta:
— Espero que o que disse que iria me dar de presente venha logo.
Olho do meu marido para o vovô mas ambos estão em silêncio, apenas com sorrisos misteriosos no rosto.
Jantamos conversando sobre às proporções que as notícias estão chegando. A vovó está preocupada que algo aconteça a nós dois pelas fortes críticas que estamos recebendo.
— Vocês dois precisam ficarem alertas. Estão sendo fotógrafados em todos os lugares que vão. O Dener vai ficar protegido em casa já que não tem mais trabalho para fazer. Mas a Elise vai sair para trabalhar.
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Senhor E Senhora Hartmann
RomanceA família alemã Hartmann é como uma família real para todo o país. O filho mais velho se chama Dener Hartmann, ele tem 34 anos e está a frente dos negócios. É um homem sério e inteligente, muito cobiçado, seus pais querem que ele se case o quanto an...