Rafael P.O.V
Minha esposa desce as escadas em um macacão que deixa as suas pernas e um pouco das suas coxas também à mostra, seus olhos encontram os meus, e ela sorri. Fazendo meu peito aquecer de alegria por ter resolvido as coisas entre nós.
Me levanto da poltrona e caminho até ela, passando a minha mão pela sua cintura, chegando no final das suas costas, a trazendo para mais perto e sussurro no seu ouvido.
- Está linda, minha princesa..- beijo seu rosto e a ouço rir.
Suas mãos abraçam a minha cintura de maneira gostosa, me arrepiando ali.
- E você está lindo..e uma delícia..- disse, e eu ri nasalmente.
Fomos no meu carro até o nosso restaurante favorito, o garçom nos leva até uma mesa e logo fazemos o nosso pedido.
- Eu preciso te contar uma coisa..- ela falou, enquanto alisava os dedos, me mostrando que está um pouco nervosa.
- O que foi, meu amor? - peguei na sua mão, e a senti gelada, o que preocupa já que sua mão é sempre quentinha.
- Eu queria te contar ontem no nosso almoço, mas tanta coisa aconteceu..- falou olhando para as nossas mãos - Meu ex apareceu no hospital..- me olhou receosa.
Fecho meus olhos, sentido o meu sangue esquentar, e ela aperta a minha mão. Só de imaginar esse homem que eu nunca vi a rosto perto da Mari depois de tudo que ele fez, meu corpo todo esquenta de raiva.
- Ele sofreu um acidente, suturei os ferimentos dele, mas ele insistia em dizer que teve motivos para fazer o que fez comigo. Mas que está disposto a me mostrar que ele é melhor pra mim do que você..- ela falou olhando para as nossas mãos.
- Então, ele sabe que você está comigo, não é? - perguntei e ela assentiu.
- Ele sabia o meu nome de solteira, e logo notou o seu nome no meu carimbo..- explicou - Mas não acho que ele saiba quem você é..- falou.
- Isso é um questão de tempo. Tem inúmeras fotos nossas em eventos..- digo e ela morde os lábios - Está com medo dele? - perguntei, e ela se apressa a negar com a cabeça.
- É que olhar para ele me fez relembrar dos sofrimentos que ele me causou..- ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha - E ele disse que agora que sabe aonde eu trabalho, irá aparecer mais vezes..- suspirou.
- Não se preocupa, eu também irei aparecer lá mais vezes..- digo e ela franzi a testa - A chefe do hospital entrou em contato com a minha empresa, marcou uma reunião para amanhã, e pela forma que ela falou, ela está bem interessada nos nossos serviços..- conto, e ela sorri.
- Vai ser bom te ver por lá mais vezes..- ela sorriu.
- Já pode ir procurando um quarto para nós apagarmos o fogo quando precisarmos..- digo piscando um olho e ela sorri largo, e concorda.
- Passei uma boa parte do meu plantão pensando em fazer greve e dormir no quarto de hóspedes, sabia?
Franzi a minha testa e neguei, a ouvindo rir.
- Ainda bem que nos resolvemos..- digo baixo, e ela morde o lábio inferior.
- Devo admitir que você fica ainda mais gostoso quando nós brigamos.. - olhou para o meu corpo, e parou os olhos no meu pau. Sorri, e já o senti dar um espasmo.
- E o que dizer de você..- digo, e ela sorri de lado.
Nossos pratos chegam, e nós almoçamos sem pressa, conversando sobre algumas. Pagamos a conta e resolvemos ir no shopping dar uma volta, mas no caminho a Mari me contou o motivo de ter chamado o meu irmão no hospital, e eu admito que não esperava.
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Everything we shouldn't do is better II
RomanceLivro dois de "Everything we shouldn't do is better" Não comece esse se ainda não leu o primeiro.