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Mariana P.O.V
- Ele apenas entrou aqui? - perguntei para a Cintia.
- Exatamente, Mariana..- ela disse enquanto íamos até onde a pessoa que entrou de penetra está.
- Nós entregamos uma lista com os convidados, deixamos claro que quem não está ali não deve entrar..- reclamei.
- Ele disse que é da família..- ela disse.
- Se não está na lista é porque não deve ser, Cintia..- estalei a língua. Vi alguém de costas, um homem de costas. Quem é?
- É ele..- ela sussurrou para mim. Me aproximei da pessoa, quando eu estava a dois passos, ele se virou.
Otávio?
- Marina! Como você está bonita! - ele disse me olhando de cima a baixo. Ah
- É Mariana, e eu posso saber o que o senhor está fazendo aqui? - perguntei tentando não soar rude.
- Ué, é o casamento do meu filho! - disse sorrindo - Como eu não viria?
- Não, na verdade não é só o nosso casamento..- eu disse, ele assentiu e gesticulou para que eu parasse de falar. Como é?
- Eu conheço esses meninos, não se preocupe..- ele disse e deu um passo em direção ao caminho que leva até o salão de festas.
Me coloquei na sua frente e estiquei o braço para que ele parasse de andar.
- Sinto muito, mas o senhor não foi convidado..- falei e ele sorriu cínico.
- Ele é o meu filho, sei que não fui convidado, mas sei também que foi ele que não quis, pois se fosse por você eu seria convidado..- falou confiante.
- Não, não seria se dependesse de mim..- eu disse e seu sorriso sumiu - O senhor é apenas um estranho para nós. Não sei como ainda não entendeu..- ele deu um passo na minha direção, mas eu não recuei.
- O que disse? - questionou inclinando seu rosto - Quem você pensa que é? - ele riu na minha cara - Oh, querida..você é só uma putinha com quem o Rafael se animou e decidiu se casar, mas vai por mim, um dia ele vai se cansar de você e fazer com você o que eu fiz e faria de novo com a mãe dele.
- Cintia, chame os seguranças! - pedi a ela, e a ouvi sair em passos bem apressados. Não desfaço o meu contato visual com ele - Como pôde fazer isso com a Vanessa? Ela é uma mulher maravilhosa.
- Maravilhosa só até ela se recusar a transar comigo sempre que eu queria, pois estava cansada demais porque tomou conta das crianças e da casa o dia inteiro..- ele reclamou fazendo uma careta - A esposa jamais deve recusar sexo ao marido, espero que saiba disso..- ele riu - Vê se não faz a mesma cena ridícula que a Vanessa fez, ok? Por favor, saia da minha frente, estou faminto e com sede de um bom uísque, vocês tem uísque na festa, né?! Seria decadente se vocês não tiverem..- falou e deu mais um passo.
- Eu já disse e não vou repetir, caralho! - o empurrei e ele deu dois passos para trás para não cair no chão - Você não vai entrar aqui, você não é bem vindo!
- Você enlouqueceu, sua puta? - ele veio na minha direção , quando ele se aproximou o suficiente dei um tapa estalado em seu rosto de ogro. Ele levou a mão até o local em que aceitei, ele encarou o chão por uns dois segundos, e eu consegui sentir a minha mão arder - Agora você vai ver! - ele veio muito rápido na minha direção e me segurou meus braços com suas mãos, me apertando muito.
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Everything we shouldn't do is better II
RomanceLivro dois de "Everything we shouldn't do is better" Não comece esse se ainda não leu o primeiro.