Luísa

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       Estacionei na frente da casa, onde meu filho estava reunido com os Draconianos. Agradeci mentalmente outra vez, por Viktor bloquear sentimentos entre vampiros e outras raças. Ele poderia tomar o sangue de qualquer humano, que não correria o risco de entrar em frenesi e matar por acidente.

         Ele veio junto com Kevin. Os dois dando risada de algo que viam no celular.

         _ Oi, tia. _ Kevin cumprimentou.

         _ Oi, meu bem. Oi, filhote! _ eu disse.

         _ Oi, mãe. _ Draco franziu a sobrancelha.

          Acho que não gostou da maneira como me referi a ele.

           _ Então... Você disse que também queria uma roupa combinando, então vamos dar uma volta antes de ir para casa.

          _ Hoje? _ ele olhou para Kevin. _ Não pode ser outro dia?

          _ Quer sair só nós dois? Kevin é seu melhor amigo. Qual o problema ele ir junto?

         _ Preciso ir para casa, tia. Ainda não terminei os deveres escolares.

         Como sempre, os dois estavam se protegendo.

         _ Tudo bem. Te deixo em casa.

         Dirigi para a mansão ouvindo a música em que eu me apeguei, desde que Lívia foi presa no feitiço... "Forever", do Stratovarius. Ninguém disse nada por todo o caminho. Assim que parei diante da mansão Kevin abriu a porta do carro, e antes de sair ele disse...

         _ Depois a gente conversa. Aproveite o passeio.

          _ Obrigado. _ Draco respondeu. Já tirando o cinto para passar ao banco da frente. _ Podemos mudar de banda? Essas músicas são muito depressivas.

          _ Escolhe aí.

          Segui caminho enquanto ele colocava... "In the end", do Liking Park. Eu preferi não comentar.

         _ Você disse que posso ser um grude, então não reclama.

         _ Moderadamente! É claro! _ ele me olhou assustado.

         Eu dei risada e acelerei o carro. Ele sorriu.

         _ Mais rápido! _ pediu.

         Era boa a adrenalina da velocidade de um veículo. Para vampiros... Quanto mais rápido, melhor. Ainda mais para nós que tínhamos dons ligados ao elemento ar.

         Dei várias voltas pela cidade, antes de parar no estacionamento do shopping. Assim que desci estendi a mão na direção dele. Ele segurou, abaixando a cabeça. Não aguentei e tive que dar um beijo na testa dele. Que ficou vermelho. Olhando em volta.

          _ Acha que está grande de mais para receber carinho da mamãe? _ perguntei.

          _ Não quero pegar fama de "filhinho da mamãe", igual ao Kevin.

          _ De mimado você não tem nada! Relaxa. Não precisa se preocupar em manter pose nenhuma. Ou vai deixar de aproveitar muita coisa para manter sua imagem.

          Continuamos de mãos dadas até a loja de roupas. Fui direto avaliar os conjuntos para família. Ele apontou para um que era preto em baixo e branco em cima. Uma saia longa para mim. Uma calça para ele. As duas camisas de mangas compridas.

          _ Quer esse? _ perguntei.

          _ Quero. _ ele respondeu.

          Eu realmente admirava que ele fosse tão seguro do que queria.

Is It Love? Mystery Spell - Sob o mesmo céu azul!Onde histórias criam vida. Descubra agora