Is It Love? Mystery Spell - Sob o mesmo céu azul!

Luísa

         Estava concentrada no novo projeto em que eu estive trabalhando nos últimos dias, quando Draco entrou no escritório. Eu sabia pelo cheiro dele e sua aura. Não ergui os olhos do meu trabalho.

         _ Mãe? _ ele perguntou inseguro. _ Está muito ocupada ou eu posso falar com você um instante?

         _ Estou trabalhando, meu bem. Não pode falar com o seu pai? _ tentei ser o mais cordial possível. 

          _ Papai também está trabalhando. Por favor! 

          Ergui a sobrancelha e o encarei. Eu não estava acostumada a ouvi-lo implorando por alguma coisa! Na mesma hora eu deixei o trabalho de lado e me levantei. Ele foi sentar no sofá do escritório e eu sentei no que estava em frente a ele. 

          _ Aconteceu alguma coisa? Você parece nervoso!

          Ele continuou olhando para as próprias mãos, que estavam unidas sobre seus joelhos. Isso era vergonha?

          _ A Thaís vive dizendo que eu fiz a senhora chorar e eu sei que é verdade! Mesmo sendo criança, eu sempre agi como se soubesse de tudo e não precisasse pedir a opinião de vocês. Eu não me importei com a opinião de vocês! Simplesmente agi por conta própria! _ Meu filho de treze anos estava repensando seu comportamento. Continuei calada, esperando ele concluir o que tinha a dizer. _ Eu não fui homem! Me perdoe, mamãe! 

         E eu entendi o motivo do meu filho estar daquele jeito! O alfa! Ele ouviu Benjamin repreendendo Benício. Aliás, quem naquela mansão não ouviu? Todas as vezes que ele corrigiu as crianças, todos nós ouvimos e fingimos não ouvir! E pior... Eu não sabia o que dizer! 

         _ Eu prometo que nunca mais vou fazer nada sem consultar a senhora. Sem pedir a sua permissão e a do papai! Nunca mais vou fazê-la se preocupar comigo e chorar por mim! Por favor, me perdoe por não ter sido um bom filho! 

         Eu não consegui evitar que meus olhos ficassem úmidos. Fui até ele e o abracei. Me sentando ao seu lado. 

         _ Eu amo você! Sabe disso não é? _ perguntei. 

         _ Sim, eu sei! 

         _ Eu te perdoo meu filho! Tenho certeza que também errei como mãe em alguns momentos e espero que possa me perdoar. 

          _ Eu não sinto que tenha feito nada de errado comigo. A não ser, tolerar de mais os meus erros! Pode me corrigir sem medo. Eu nunca vou odiar a senhora! Eu te amo, mãe! 

          Enxuguei meu rosto discretamente para ele não ver que derramei algumas lágrimas de novo. Continuamos naquele abraço apertado por algum tempo. 

          _ Pretende falar com seu pai também? _ perguntei. 

          _ Sim. Quando ele voltar do trabalho. _ ele respondeu. _ Saiba que eu não vou mais seguir em frente com aquele projeto de exército pessoal. Ainda sou muito novo e têm muitas coisas que eu não entendo. Quando eu for adulto vou saber escolher melhor quem fará parte do meu grupo. Percebi que tenho dado mais atenção aos humanos, do que aos meus primos! E família sempre dever estar em primeiro lugar! 

         _ Sim, meu filho! Família é o mais importante. Tanto a de sangue, quanto a que nós escolhemos adotar em nossos corações! Eu tenho muito orgulho de você e da sua irmã. 

         Me inclinei para dar um beijo em sua testa. E afaguei seu rosto com os polegares, enquanto ainda mantinha sua cabeça entre minhas mãos. Ele sorria.