Is It Love? Mystery Spell - Sob o mesmo céu azul!

Luísa

      Eu realmente cansei de tentar segurar Draco. O garoto era muito impulsivo e teimoso. Eu tentava frear seus instintos, mas Drogo achava engraçado o filho testando até onde ia sua velocidade de vampiro e o seu controle ao morder uma presa. Sim, esse era um problema sério. Combinamos na cidade que tomaríamos o sangue doado em troca da proteção dos moradores. No entanto, Draco se recusava e continuava pedindo para morder o pescoço dos humanos. Seria mais fácil ele entender se eu tivesse o apoio de Drogo. Mas eu já desisti. Brigamos todas as vezes que eu tentei conversar sobre a maneira como ele lidava com nosso garoto. Até o dia em que ele disse que iria lidar com Draco como quisesse e eu podia lidar com nossa filha como eu preferisse. Foi aí que lavei as mãos e deixei que ele se entendesse com sua pequena cópia. Eu realmente tive um mini Drogo. 

       Eu peguei alguns projetos para fazer enquanto cuidava das crianças. Os gêmeos e Draco estavam na escola. Diego e Thaís estavam dormindo no berço. Nicolae estava no hospital. Lívia estava na redação do jornal. Peter foi participar de uma apresentação de música clássica. Drogo foi na reunião de pais da turma de Draco. E Lorie quis gastar um pouco do dinheiro de Viktor com roupinhas para o novo bebê. Aproveitando que Peter não estava, para passear com Kevin. Estava muito empolgada em finalmente estar grávida de novo. Andava muito preocupada que Kevin se tornasse mimado de mais com o jeito como o pai tratava o garoto. Draco era um menino independente até de mais. Kevin era o oposto dele. Estava acostumado a ter tudo em suas mãos. Somente os gêmeos eram mais tranquilos. As crianças ficavam quietas perto deles. Até mesmo Draco. A mesma aura de respeito que Nicolae tinha, seus gêmeos herdaram. Mas eu tinha impressão de que Draco tinha medo dos primos. Porque sempre que o Drogo ficava sério, ele obedecia instintivamente. Como se soubesse que a paciência acabou e seria punido se não obedecesse. Agora que Drogo era pai, ele entendia porquê Viktor era daquele jeito. Crianças desafiam os pais o tempo inteiro. Para saber quais são os limites. Pelo menos as sobrenaturais eram assim. 

         Terminei o projeto de uma residência rústica em que estive trabalhando nas últimas semanas. Sempre adequando alguns detalhes ao gosto do cliente. Eu não quis seguir a carreira de direito como os meus antigos companheiros de casa. Me tornei arquiteta. Agora que as coisas se ajeitaram eu voltei a trabalhar. Todos tínhamos o cartão ilimitado que Viktor nos deu. Mas a maioria de nós não se sentia bem em apenas usar o dinheiro dele. O que não era problema para Lorie, que voltou cheia de sacolas. 

         _ Pode pegar as outras no carro, por gentileza? _ Ela disse ao entrar. 

         Tinha Kevin em um braço e várias sacolas no outro. 

          _ Tudo bem. _ Eu disse indo até o carro dela. 

          Lorie gostava de luxo. Vi muitas marcas e imaginei que devia custar uma fortuna. 

          _ Vá brincar um pouco, meu bem. _ Ela dizia ao filho quando entrei em seu quarto. 

          _ Eu quero ficar com você. 

          _ Mas eu preciso guardar as compras. 

          _ Esse bebê é mais importante do que eu?

          Vi que Lorie ficou chocada com as palavras do filho. 

          _ Por que diz isso?

          _ Você não me dá mais atenção igual antes. Eu quero o papai. 

         _ Eu amo você, meu filho. Nunca duvide disso. Seu pai não está em casa. Quando ele está, eu quase não posso ficar com você, porque prefere o colo dele. Você também não me dá atenção como eu gostaria.

          Pensei que era melhor deixar os dois se entenderem e deixei as sacolas no chão do quarto. Saindo em seguida. Eu não ia interferir na maneira como Lorie e Peter educavam seu filho. Morávamos todos juntos naquela mansão. Mas ainda respeitávamos o espaço pessoal de todos. Lorie poderia usar seu dom quando quisesse e o menino faria o que ela queria. Às vezes eu pensava em pedir que ela usasse um pouco em Draco para que ele fosse menos intenso. Mas não queria podar meu filho. Eu precisava entender que ele saiu de mim, mas não era um pedaço meu e sim um outro ser que tinha uma personalidade completamente diferente da minha. E que tudo bem ele ser assim, mais parecido com o pai. Eu amava os dois rebeldes da minha vida. Mas ainda assim fiquei tensa quando Drogo chegou com Draco em casa. A camisa do meu filho estava manchada de sangue. Assim como o seu queixo e as mãozinhas. O pior foi perceber que meu marido estava igual.