Capítulo 10

1.1K 60 8
                                    

DAILY BONUS 1

---------------------------------

Eu levantei era 20 horas, tomei um bom banho de banheira, sai da banheira e parei em frente ao espelho. Eu tinha uma cicatriz de uns 10 centímetros no meio do peito da cirurgia que eu precisei fazer. Toquei levemente e fiquei ali me olhando. Meu rosto tava bem ferido, eu ainda não tinha me olhado no espelho. Sai do banho coloquei um pijama confortável e desci devagar.

Mãe: Oi amorzinho.

Eu: Oi mamãe... – sorri de leve.

Mãe: Por que não me chamou? Eu subia, não precisava descer aqui, tem que descansar.

Eu: Eu estou bem mãe. Estou com fome.

Mãe: Eu fiz uma lasanha do jeito que você gosta.

Eu: Ai que delicia... Seria bom se eu pudesse tomar um vinho.

Mãe: Sim eu sei, mas já que não pode, vai um suco de uva mesmo ok? – me serviu e jantou comigo. – Dormiu muito, já ia subir pra ver se tava tudo bem.

Eu: Eu fico muito cansada com esses remédios todos.

Mãe: Eu imagino amor.

Eu: Abri sua mala. Joguei a mala fora, porque ela tava toda esfolada e amassada.

Mãe: É, ela estava um desastre literalmente.

Eu: Meu celular, eu o peguei no chão do avião quando voltei lá pra pegar as coisas para nos mantermos. Tentou ligar ele pra ver se funciona? Ele tava todo trincado.

Mãe: Não funcionou não filha. Nem no carregador conectou. O notebook a tela dele tá toda trincada, liga mas não dá pra ler nada.

Eu: Amanhã vou providenciar tudo isso.

Mãe: Nada de esforço tá?

Eu: Fica tranquila. – fiquei até tarde falando com ela, tomei um remédio e dormi. Na manhã seguinte tomei banho coloquei uma roupa confortável de ficar em casa mesmo, mandei mensagem pra Luíza ir lá pra casa, e meia hora depois ela estava lá.

Luíza: Não deveria trabalhar tão cedo né senhorita Pugliese – se sentou na cadeira em frente a minha mesa do escritório.

Eu: Eu não vou trabalhar ainda, só preciso que faça algumas coisas pra mim na rua.

Luíza: Claro, o que precisa?

Eu: Um celular novo, já tirei o chip e que estava no aparelho tá minha nuvem então não é difícil recuperar. E preciso que leve meu notebook naquele TI que sempre arruma os computadores da empresa.

Luíza: O Leonardo né?

Eu: Sim. Leve até ele, ele liga, mas a tela já era. Vê com ele se tem como fazer um backup de tudo que tá nele e passa para o meu HD externo. Meu Ipad já era também, então vai na Apple e compra outro celular, outro notebook e outro Ipad pra mim. – expliquei tudo que eu precisava além disso e ela saiu. Ela voltou no fim da tarde com tudo.

Luíza: Aqui... Seu celular novo, seu notebook e seu ipad e o HD externo com todas as suas informações. Ele conseguiu recuperar 100% de tudo que tinha nele.

Eu: Ótimo, tava preocupada com isso. – abri as caixas tirando tudo de dentro, conectei meu hd externo para passar tudo para o notebook.

Luíza: Eu vi a Natalie. – eu a olhei.

Eu: Ah é?

Luíza: Sim. Ela estava na loja da Apple também comprando Ipad e celular. Ela perguntou de você, se já havia recebido alta, se estava bem.

Eu: Ah... – não quis dar pano para o assunto.

Luíza: Ela parece que se preocupa muito com você.

Eu: Normal. Eu a ajudei lá, é só isso.

Luíza: Hum... – eu a olhei.

Eu: Nem vem com esse "hum" viu Luíza. A gente brigou inúmeras vezes lá. Acabamos de sobreviver a um acidente natural que um se preocupe com o outro. Hoje eu já falei com a André, com o Jorge.

Luíza: Não falei nada ué... – riu. Logo ela foi embora, eu organizei as coisas no meu celular, no meu notebook e Ipad, jantei e fui dormir mais cedo.

NATALIE NARRANDO...

Voltamos para o Rio, fiquei internada mais dois dias e recebi alta. Desde que cheguei em casa, minha mãe não sai de perto de mim, chega a estar me sufocando. Resolvi sair um pouco, precisava de um celular novo e um IPad já que os meus ficaram destruídos. Encontrei a Luíza assistente da Priscilla na loja, perguntei como ela estava. Logo fui embora. Eu não parava de pensar na Priscilla e me sentia uma idiota por isso. Eu consegui o telefone dela com a Luíza que me deu um cartão dela. Mandei uma mensagem, mas ela não visualizou, deveria estar dormindo.

Oi! Gostaria de saber como está. Espero que esteja bem. – Natalie Smith.

Na manhã seguinte fui até a polícia federal, eu tinha que prestar depoimento sobre o que eu me lembro do acidente. Fui com meu pai, a Rafa e minha advogada. Eu fiquei cerca de 2 horas prestando depoimento e quando saia a Priscilla chegava. Ela andava devagar, recusou a cadeira de rodas na entrada. Ela tava com a mãe, o advogado e o irmão.

Pri: Não mãe, não precisa. Eu preciso andar, me movimentar.

Mãe: Não pode fazer esforço Priscilla.

Pri: Andar não é fazer esforço.

Eu: Oi.

Pri: Oi – falou seca.

Eu: Como você tá?

Pri: Não como eu gostaria né, mas estou viva é o que importa. E você?

Eu: Estou bem eu acho. Não estou dormindo direito, acordo com os barulhos do avião caindo com os barulhos da mata. Enfim...

Pri: Fica bem... – saiu andando. Ela era tão arrogante. Eu estava conversando com ela numa boa, qual o problema dela? Cheguei em casa e a Rafa tava me esperando.

Rafa: Na porta da empresa está cheio de repórteres.

Eu: Estão tentando falar comigo. Só não vieram aqui ainda, porque não sabem onde eu moro.

Rafa: Em frente a empresa da Priscilla também, montaram acampamento.

Eu: Ela não vai voltar tão cedo. Cirurgia de peito aberto, a mãe dela não sai de cima tá igual minha mãe.

Rafa: Entendo. Trouxe para você assinar, precisamos dar andamento nisso tudo.

Eu: E o que fez com a procuração hein? Você também é engenheira da empresa, pode assinar tudo isso - peguei os papéis olhando rapidamente.

Rafa: Mas esses projetos são seus, precisam da sua assinatura primeiro, depois eu posso assinar qualquer coisa como procuradora. Sua médica ligou, ela queria saber como estava.

Eu: Ela me mandou mensagem, eu respondi agora pouco.

Rafa: Vai tentar de novo?

Eu: Não sei... Sinceramente não sei. – assinei todos os papéis.

Rafa: Precisa deixar pra trás o que a Raquel fez.

Eu: Eu já deixei, mas eu não paro de ser atormentada com as lembranças disso.

Rafa: Ela me ligou, perguntando se você estava bem. Eu disse que não tinha nada pra falar com ela que ia desligar e ela disse que só estava preocupada, que ela está praticamente casada com outra pessoa... Eu disse que estava bem e desliguei.

Eu: Melhor assim. 

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora