Capítulo 76

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O tempo tava passando bem rápido. Chegou o aniversário de 5 anos do Lucas, e era do homem aranha. Ele tava super empolgado com a festa e seria no salão do condomínio da mãe dele. Era dia 5 de Maio, faltavam algumas semanas para o meu casamento com a Priscilla, nossos vestidos estavam quase prontos, estávamos muito felizes. Convites entregues, o buffet estava certo, a decoração também, estava tudo pronto para nos casarmos. A festa foi muito boa, as crianças divertiram demais. Notei que a Clara tava estranha, parecia preocupada e tensa, embora sorrisse para todos. Ela parecia distante em alguns momentos e a Cecilia parecia vigiá-la.

Eu: Cecilia...

Ceci: Oi? Que susto.

Eu: Tá se esgueirando por ai, vigiando a Clara.

Ceci: Eu? Vigiando? Claro que não.

Eu: O que tá acontecendo? A Clara tá estranha, você tá sempre vigiando, o que houve? – ela suspirou.

Ceci: Vem – saímos do salão e fomos para o jardim. - O homem que foi preso, o único que no fim das contas ficou preso por ter estuprado a Clara e que pode ser o pai biológico do Lucas, porque o Lucas parece muito com ele, está solto. – eu coloquei a mão na boca em choque.

Eu: Meu Deus Cecilia. A Priscilla já sabe?

Ceci: Não. A Clara vai falar com ela depois da festa. A gente soube, porque o advogado da Clara ligou dizendo que ele tinha sido libertado a 3 dias. A Clara quebrou o escritório todo quando soube. Eu nunca a vi tão desequilibrada igual nesse dia. Eu fiquei muito assustada.

Eu: Ele sabe que a Clara ficou grávida?

Ceci: Não sabemos. Não sabemos se ele tinha informantes, se ele sabe dá existência do Lucas, não sabemos de nada. A Clara tá arrasada e com medo da reação da Priscilla.

Eu: Até eu estou. – conversamos mais um pouco e voltamos pra festa. Quando tudo acabou, nós ajudamos a descer com o que sobrou da festa e com os presentes. A Cecilia abriu um vinho pra gente, esquentou uns salgadinhos, a Clara foi dar banho no Lucas que estava exausto e eu coloquei a Clara na cama delas que também estava exausta. Eu desci e era chegado o momento.

Clara: Priscilla, eu não sei como começar isso, então eu vou direto ao ponto. – soltou o ar.

Pri: O que aconteceu? Você estava estranha o dia todo.

Clara: O doutor Caio aquele meu advogado do caso do sequestro me ligou a 3 dias.

Pri: E?

Clara: O cara que foi preso e que pode ser o pai do Lucas está solto sob condicional. – A Priscilla se levantou num rompante.

Pri: Não... Ele não pode ser solto, ele te sequestrou, te agrediu e te estuprou. Ele não pode ser solto. – falava nervosa. Eu e a Cecilia nos reservamos em apenas observar a situação toda, afinal isso era entre elas, mas qualquer coisa a gente ia intervir.

Clara: Eu sei Priscilla, eu sei disso tudo. Eu quebrei meu escritório inteiro num momento de raiva, porque eu estou totalmente indignada com isso. Mas é a verdade. Eu odeio isso tanto quanto você, e eu não sei o que esperar disso – já estava chorando – Eu não sei se ele sabe da existência do Lucas e eu tenho medo que ele saiba.

Pri: Você vai aprender a atirar.

Eu: PRISCILLA... – chamei atenção dela.

Pri: Não se mete Natalie é o meu filho. – me respondeu furiosa. – Você vai aprender a atirar, eu vou te dar uma das minhas armas e você vai andar com ela na bolsa. Se esse cara chegar perto de você ou do nosso filho você atira.

Ceci: Torná-la uma criminosa não vai ajudar Priscilla. – a Cecilia se pronunciou.

Pri: É a segurança dela e do nosso filho Cecilia. Eu vou entrar em contato com meu pessoal de São Paulo, vou pedir para vasculharem os dados dele, quero saber tudo desse homem, cada passo dele, cada familiar dele, vou pedir uma medida protetiva pra vocês dois, quero ele no mínimo a 5 quilômetros de distância de vocês.

Eu: Amor calma.

Pri: Calma nada Natalie. Meu filho corre risco com esse homem solto.

Eu: Você nem sabe se ele sabe da existência do Lucas, calma. Vai atrás de informações e se confirmar ai você faz o que você quiser, mas antes disso ninguém vai surtar ok? – falei irritada. Logo peguei a Laura e fomos pra casa. A Pri chegou em casa e bebeu um copo de uísque atrás do outro. Ela estava extremamente nervosa e eu estava puta de raiva por ela ter sido grossa comigo. Ela foi dormir já estava amanhecendo. Dei banho na Laura junto comigo e fomos almoçar na casa da minha mãe. Passei o dia lá, só deixei um bilhete pra Priscilla avisando. Quando voltei pra casa ela estava chorando muito sentada no closet. A Laura tinha dormido então a coloquei na caminha dela e quando entrei no quarto e no closet me deparei com uma Priscilla devastada. – Amor – me sentei ao lado dela. – O que aconteceu? Por que você tá assim? – fiz carinho nela.

Pri: Eu... Eu estou com medo. – soluçou.

Eu: Medo de que?

Pri: Ele sabe Natalie... Ele sabe da existência do Lucas e está procurando por ele. – aquilo me impactou.

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora