Paty: Oi filha... – deu um beijo na testa dela.
Pri: Oi mãe – respondeu baixo.
Eu: Oi sumida – sorri e ela sorriu de leve.
Pri: Você veio.
Eu: Claro. Estou aqui desde que estava na cirurgia. – peguei sua mão. – Como se sente?
Pri: Como se tivesse sofrido um acidente aéreo – riu e nós rimos também. – Eu sofri um ataque cardíaco.
Paty: Sim filha.
Pri: E quando eu vou poder ir embora?
Eu: Em 4 dias mais ou menos, mas vai direto para outro hospital. Passou por uma cirurgia cardíaca e precisa de cuidados intensos.
Pri: Tá... Como a Natalie está?
Eu: Ela tá bem, e muito preocupada com você. Já perguntou inúmeras vezes como você tava. Você teve uma parada na frente dela.
Pri: Que ironia né? Minha inimiga desde o colégio sobrevive a um acidente aéreo comigo e agora está preocupada comigo – sorriu de leve.
Paty: E você com ela – sorriu sarcástica.
Eu: Não começa mãe... – logo o médico entrou falou com ela e saiu. Ela dormiu boa parte do dia, a Patricia tinha ido jantar e eu fui junto aproveitei que ela tava dormindo. Alguns dias depois ela pôde ser transferida para o Rio e chegando lá foi difícil entrar no aeroporto. Eu precisava passar por lá pra depois pegar meu carro no estacionamento.
XX: Por favor como ela está?
XXX: Dá uma palavrinha com a gente, como a Priscilla está? – vieram todos em cima de mim e alguns seguranças do aeroporto me ajudaram.
Eu: Ela está bem na medida do possível. Ela passou por uma cirurgia delicada, mas está bem. Ela vai ficar no hospital uns dias e depois vai pra casa. Preciso ir... – entrei e os seguranças os seguraram. Peguei meu carro e fui direto para o hospital. Ela estava indo para a avaliação eu acompanhei tudo de perto. Foram quase 2 horas de exames. Logo ela foi para um quarto, tomou banho com ajuda das enfermeiras, almoçou e deitou novamente.
PRISCILLA NARRANDO...
Agora sim parecia que eu tinha sofrido um acidente aéreo. Meu corpo doía demais, meu peito tava pesado e foi quando descobri que fiz uma cirurgia cardíaca. Acho que nem lá na mata eu me sentia tão mal igual agora. Conversei com a minha mãe, com a Diorio e dormi novamente, tava exausta. A noite acordei com alguém abrindo a porta, minha mãe e a Diorio não estavam no quarto, deveriam ter ido jantar.
Nat: Como você tá? – era a Natalie na cadeira de rodas, com soro e o pai dela empurrando. Ele saiu e a deixou lá.
Eu: Cansada, muito cansada, mas estou bem eu acho e você?
Nat: Bem. Eu pedi pra me sedarem pra voltar pro Rio. Eu não quero ficar tensa por estar em um avião e não pode ser de carro porque a viagem é longa e meu pé pode inchar muito.
Eu: Eu soube que vou ser transferida numa UTI área e ir direto para o hospital.
Nat: É eu vou ter que ir também, mas vai ser coisa rápida pra mim. Fico feliz que esteja se recuperando.
Eu: Eu também fico feliz por você – sorri de leve.
Nat: Obrigada, por tudo que fez por mim lá.
Eu: Imagina... – ela chamou o pai dela e saíram. Minha mãe voltou eu comi alguma coisa tava com fome e dormi de novo. Na manhã seguinte falei com a psicóloga e psiquiatra. Eu chorei bastante. Colocar todos aqueles sentimentos pra fora era bem difícil. No dia seguinte a Natalie foi embora pelo que soube. E eu fui dois dias depois. Me deram uma medicação para que eu dormisse durante o voo. Realmente não era bom saber que eu estaria num avião novamente depois de despencar do céu com um. Acordei já estávamos na pista. Pude avistar de longe fotógrafos, repórteres. A UTI móvel me esperava na pista, logo entrei e a minha mãe foi comigo. A Diorio tinha deixado o carro dela no aeroporto então iria no carro dela e de lá iria para o hospital. Fiz inúmeros exames depois fui para o quarto tomei banho, almocei e me deitei novamente. Minha mãe tinha ido em casa e logo voltaria.
Diorio: Tá confortável?
Eu: Sim, obrigada – sorri. – Os jornalistas te atacaram né?
Diorio: Sim – riu. – Mas no fim deu tudo certo. Só disse que você passou por uma cirurgia delicada, mas estava se recuperando, que ficaria uns dias aqui e depois iria pra casa.
Eu: Eu não pensei que voltaria viva. Na verdade eu pensei que ia morrer lá e jamais seria encontrada – deixei cair uma lágrima.
Diorio: Mas você foi encontrada e está aqui com a gente agora. Logo vai pra casa, se recuperar, vai voltar pra sua empresa.
Eu: Como eles estão?
Diorio: Recuperando bem. – piscou pra mim. Eu precisava caminhar um pouco então ela me ajudou, fiz uma visitinha a alguns pacientes com ela e voltei para o quarto. No dia seguinte o Rod e a Luíza foram me ver. Minha secretária também foi, a Rosa minha cozinheira foi também. Meu irmão, minha avó, meus tios. Recebi flores, cartões. Depois de mais 4 dias no hospital eu fui pra minha casa. Rodrigo já tinha providenciado a busca do meu carro no aeroporto, ele tava lá desde que viajei. Fui pra casa, desci do carro com ajuda da minha mãe.
Rosa: Bem vinda de volta menina.
Eu: Obrigada Rosa, muito bom tá em casa.
Rosa: Fiz um almoço especial pra você.
Eu: Ai que delícia, eu estou com fome – entrei em casa a mesa tava posta. Rod, Luíza, Diorio, meu irmão e minha avó estavam lá. Lavei as mãos e me sentei a mesa com eles. – Eu estou muito feliz de estar de volta, eu nem acredito que eu estou de volta. – almoçamos e nos sentamos no sofá pra comer a sobremesa que era mousse de chocolate delicioso que a Rosa fez. Fiquei contando a eles como tudo aconteceu desde a hora que a turbina pegou fogo até a hora do resgate.
Rod: A gente ficou louco aqui sem saber se você tava viva, se você tava morta que desespero. Esses 4 dias pareceram 4 anos.
Eu:Imagina pra gente lá na mata. –conversamos um tempo e eu fui para o meu quarto. Escovei os dentes e deitei naminha cama. Como era bom estar na minha cama. Eu comecei a chorarcompulsivamente, parecia que eu estava acordando de um pesadelo. Demorei umpouco pra dormir e acabei dormindo o dia todo. Os inúmeros remédios que euestava tomando me deixavam muito sonolenta.
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NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊ
FanfictionA Rivalidade pode virar amor??? Priscilla Pugliese, 30 anos engenheira civil e Natalie Kate Smith 31 anos engenheira civil. Ódio a primeira vista desde o colégio, concorrentes na carreira e em um grande contrato, até que um grave acidente acontece...