Capítulo 84

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NATALIE NARRANDO...

Meu casamento foi lindo, minha lua de mel foi incrível apesar de que num momento quis jogar a Priscilla do navio. Finalmente casadas, estávamos bem e felizes. O dia da inseminação chegou e eu estava explodindo de felicidade e ansiedade também. Não dormi na noite anterior e não parava de balançar as pernas. Foram implantados 3 ovulos. Assinamos toda a papelada sabendo que os 3 poderiam dar certo e vir 3 bebês de uma só vez. Eu estava feliz e com medo ao mesmo tempo. Eu não sabia o que eu estava sentindo mais. Fiquei de repouso o dia todo em casa depois do procedimento. Acordei de madrugada fui tomar água dei uma olhada na Laura e voltei pra cama. A Pri acordou.

Pri: Tá tudo bem?

Eu: Sim. Só fui tomar água – eu a abracei e voltamos a dormir. Eu sonhei que tivemos os 3 bebês e estávamos loucas com 3 crianças chorando e a Laura chorando também porque queria atenção e a gente não dava atenção a ela e aquilo me fez entrar em pânico literalmente. Acordei ofegante e assustada. – Priscilla, acorda...

Pri: Oi? O que foi?

Eu: A gente não pode.

Pri: A gente não pode o que amor?

Eu: A gente não pode ter 3 bebês.

Pri: Do que você tá falando Natalie?

Eu: A Laura vai se sentir sozinha de lado, negligenciada não podemos fazer isso.

Pri: Natalie não dá pra voltar atrás, e a gente vai dar conta, a Laura não vai estar sozinha e não vamos negligenciá-la, calma...

Eu: Preciso sair...

Pri: Onde você vai as 4 da manhã Natalie?

Eu: Na doutora Débora, ela precisa tirar dois óvulos.

Pri: Ah pronto... Surtou de vez. Amor – levantou e me abraçou – Calma, tá tudo bem, a gente dá conta até se for 10 crianças. A gente contrata babá pra nos ajudar 24 horas se for preciso, pra dar um banhinho em um enquanto damos atenção para o outro e para a Laura, fica calma. A gente pode fazer isso, vamos dar conta ok? Agora deita nessa cama e vamos dormir, e por favor, para de me acordar de madrugada com essas loucuras suas. – falou brava e eu deitei. Ela me abraçou e eu ainda demorei um pouco a dormir. A gente ia viajar, era férias do Lucas então fomos para um hotel fazenda em Minas Gerais, ele queria andar de cavalo fazer um monte de coisas. Decidimos ir de carro mesmo. Era uma viagem longa, mas até que foi bem prazerosa.

Eu: Aqui é lindo – me sentei ao lado da Pri na varanda do nosso quarto.

Pri: Sim, esse ar puro, esse verde. O que acha de comprarmos uma fazenda?

Eu: Oi? Onde amor?

Pri: Teresópolis tem umas propriedades bem bonitas.

Eu: Amor, você tem casa em Angra, Búzios, Petrópolis e nunca vai, que dirá uma fazenda.

Pri: Eu sei, e por isso estou pensando em vender a casa de Búzios, de Petrópolis e comprar uma fazenda em Petrópolis ou em Teresópolis. Assim a gente pode ir mais vezes, mais área verde, as crianças podem brincar mais livres, ter mais contato com a natureza.

Eu: Se você quiser por mim tudo bem, eu vou adorar – a beijei e deitei no ombro dela. As crianças estavam dormindo, elas estavam exaustas da viagem e saímos bem cedinho de casa. No dia seguinte que saímos para conhecer a propriedade e que lugar maravilhoso. Era tudo muito lindo... O Lucas estava até de botina e chapéu.

Pri: Ele tá no clima de fato.

Eu: Tá – rimos.

Pri: Fez a mãe dele comprar uma botina e um chapéu pra ele andar a cavalo. E ele pesquisou na internet esse lugar. Desde que ele aprendeu a ler, ele faz as pesquisas no ipad dele. Diz a Clara que ele pesquisou assim, "hotel que tem verde e cavalo". – a gente gargalhou. - Como ela tá enjoando muito pra viajar ela prometeu levar depois que o bebê nascesse, mas não era justo com ele tadinho.

Eu: Não mesmo. E eu estou amando tá aqui sabia. – nos abraçamos de lado e continuamos a andar. Um rapaz do hotel fazenda estava nos acompanhando e o Lucas fazendo um milhão de perguntas a ele ao mesmo tempo sobre cavalos. A Laura não quis subir no cavalo, era muito grande e ela ficou com medo. Nem com a Pri ela quis subir então ficou comigo vendo os dois andarem a cavalo. O Lucas estava muito feliz ali. Eu observava a Priscilla, o quanto ela era uma mãe incrível. Ela não era uma mãe que mimava os filhos com jogos, com mil presentes. Era raro quando ela aparecia com um brinquedo fora de aniversário, dia das crianças ou natal, mas quanto a viagem a passar tempo com os filhos, ela sempre abria mão de qualquer coisa para estar com eles. Ficamos 10 dias ali curtindo o hotel, as crianças brincaram tanto e o clima friozinho estava uma delicia.

Pri: Jura que a gente tem que ir embora?

Eu: A gente precisa trabalhar amor. E o Lucas vai viajar com a avó dele antes das aulas voltarem. E tem o aniversário da Laurinha – a Pri fez o check out do hotel, colocamos tudo no carro e fomos embora. Paramos no meio da caminho para almoçar e logo seguimos viagem, quando faltava pouco para chegarmos a Laura começou a pedir mama.

Laura: Mamãe?

Eu: Oi filha?

Laura: A ota mamãe – a gente riu.
Pri: Oi filhinha?

Laura: Me dá tetê?

Pri: A gente tá quase chegando em casa filha, espera mais uma horinha.

Laura: Eu to votade mamãe...

Pri: Laura vamos esperar chegar em casa, falta pouco. – ela começou a chorar. – Laura vou te colocar no cantinho do pensamento quando chegarmos em casa ok? Tá chorando sem motivo filha, a mamãe vai te dar tetê, mas quando chegarmos.

Laura: Eu to fome...

Pri: Você almoçou tem duas horas filha.

Eu: Amor, para o carro dá mama pra ela. Ela comeu pouquinho, deve tá com fome mesmo. – ela suspirou – Vou parar no próximo posto. – paramos dez minutos depois a tirei da cadeirinha e dei o peito a ela. Ela mamou quase meia hora e dormiu.

Pri: Ela estava com fome mesmo.

Eu: Tadinha amor e você negando.

Pri: Vamos embora... O Lucas apagou.

Eu:Ele tá exausto – Acoloquei na cadeirinha e seguimos viagem. Logo chegamos em casa, o Lucasacordou a Clara ia busca-lo. Dei banho nele e na Laura, a Clara o pegou lá emcasa. Na semana seguinte trabalhamos tanto que só nos víamos no café da manhã ena hora de dormir. 

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora