NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊ

Capítulo 38

Fui na empresa da Natalie a secretária dela não estava então bati na porta e abri e tinha um homem praticamente em cima dela. – Pode me dizer o que significa isso? – ele a soltou.

Nat: Priscilla... – me olhou assustada.

XX: Então ela que é a sua mulher? Muito prazer, Fernando. Sabe quem eu sou?

Nat: Cala a boca Fernando... – falava nervosa.

Eu: Quem é você?

XX: Fernando Tomaz, sou ex noivo dela. – eu tirei meus olhos dele e olhei pra ela.

Eu: Natalie?

Nat: Isso tem muito tempo Priscilla. Eu tinha 26 anos. – falava controlando o choro e muito nervosa.

Eu: E o que você está fazendo aqui? O que você quer com ela?

XX: Eu vim saber o que ela fez com meu filho. Ela tava grávida de mim, e eu quero explicações.

Nat: Eu já disse que não tem filho nenhum Fernando. Eu perdi o bebê – falava irritada.

Eu: Não tem filho nenhum, não a ouviu? Ela perdeu o bebê, ela sofreu um acidente e perdeu o bebê.

XX: É MENTIRA... EU ESTOU TE OBSERVANDO FAZ TEMPO E EU VI VOCÊ COM UM GAROTINHO DE UNS 4 ANOS ANTES DO NATAL – gritava. – EU TAVA PRESO E AGORA EU QUERO CONVIVER COM MEU FILHO – tava completamente perturbado.

Eu: ABAIXA SEU TOM DE VOZ... – gritei me aproximando dele. Ela estava acuada e muito assustada. – O garotinho que você viu com ela, por acaso é esse? – mostrei o protetor de tela do meu celular.

XX: Sim era ele... Ele é o meu filho...

Eu: Não. Ele é o meu filho com a minha ex mulher e ele ainda nem fez quatro anos. Eu não sabia da sua existência, mas soube que ela já esteve grávida, era um menino, ela estava de cinco meses. Mas ela sofreu um acidente de carro e o bebê não resistiu, ela deu o nome a ele de Samuel. Ela leva flores pra ele no cemitério. Deveria fazer o mesmo antes de vir aqui em cima da minha mulher, fazer cobranças sem sentido e com esse tom de voz. Cemitério Portuario, quadra 3 bloco B Samuel Smith 14 de junho. Pode procurar... Agora sai daqui e não volta mais, se não quiser ser preso novamente...

XX: Você tá mentindo... Ele não pode ter morrido...

Nat: Mas morreu... É uma droga, mas morreu e eu nunca mais fui a mesma depois disso Fernando. Mas eu estou falando a verdade a Priscilla tá falando a verdade. O garotinho é o filho dela com a ex mulher dela. – anotou num papel – Ele está nesse local enterrado, eu vou lá sempre. Pode conferir – deu o papel a ele e ele foi embora. Ela caiu no choro e eu fiquei de costas não conseguia olhar pra ela. – Amor?

Eu: Por que não me contou nada? Por que ontem quando eu entrei no quarto e você estava no telefone com ele, você não me contou a verdade? Por que hoje de manhã quando ele ligou, você não me falou que ele estava atrás de você? – olhei pra ela séria.

Nat: Como... Como sabia que eu estava falando com ele?

Eu: Eu sou detetive Natalie. Seu tom de voz, o teor da conversa, seu nervosismo, suas expressões e logo de manhã você falou com ele por telefone e eu ouvi também. Não subestime minha inteligência.

Nat: Eu não queria causar atrito entre nós, só isso...

Eu: Eu quase mandei rastrear seu celular Natalie, achando que você estava sendo ameaçada de morte ou algo do tipo. – falei nervosa.

Nat: Não confia em mim? – eu ri.

Eu: Olha o que acabou de acontecer aqui Natalie. E se eu não chegasse? Se eu demorasse mais um pouco ele estaria agarrado no seu pescoço e esse prédio inteiro ia ouvir o tiro que eu ia dar na cabeça dele.

Nat: Você não ia...

Eu: Atirar? Sim, eu ia... Queria que eu fizesse o quê? Ele tava visivelmente perturbado. Mais um pouco ele poderia ter te machucado, você tem noção disso? Acho que não né... – falei nervosa. – Olha eu vou pra minha empresa, tenho muito o que fazer. Não vou ficar aqui buscando justificativa pra mentiras suas. - Quando eu saia, ela me parou tocando no assunto de já ter escondido coisas dela.

Nat: Mentira? Eu não menti pra você, eu omiti a situação Priscilla. Agora você fingiu ser uma pessoa que não era, ou a Paula Alvares Felix existe? – falou com ironia.

Eu: Criança você né? Meu filho de quase 4 anos é muito mais adulto que você. Paula Alvares Felix era um disfarce. Todo mundo que trabalha como detetive na inteligência usa nomes e documentos falsos para uso exclusivo da polícia. Somente para disfarces. Tanto é que você não vê em nenhum site ou jornal associação entre Paula e Priscilla não é verdade? Essa é a segurança da minha família, dos meus filhos, dos meus amigos e da minha empresa. Não venha fazer comparações ridículas como essa não. Achou o que? Que eu ficaria com raiva de você por ele ter te procurado? Obvio que não Natalie eu não sou criança. Eu ia tentar te ajudar, a gente ia falar com ele, como fizemos aqui agora e talvez nada disso aqui tivesse acontecido, mas não, você mentiu e quis resolver a sua maneira que nunca funciona. Ele tava vigiando você, e ele te viu com o MEU FILHO... Já pensou se ele sequestra o meu filho achando que é o filho de vocês? Por que no juízo perfeito dele, ele não estava você notou pelo menos isso né? Ah quer saber? Tchau... – saiu batendo a porta dela. Entrei no elevador cruzando com a secretária dela que vinha cheia de pastas junto com a Rafa que me cumprimentou e eu não respondi. Logo desci entrei no meu carro e fui trabalhar.

Luiza: Priscilla? Presta atenção em mim pelo amor de Deus...

Eu: Desculpa Lu... – suspirei – Vamos dar uma pausa, preciso de um café...

Luiza: O que aconteceu hein? – contei a ela. – Pesado...

Eu: Ela não mede perigo. Acabei de crer nisso Luíza. E depois eu que sou perigosa eu que gosto de correr risco sendo detetive e andando armada. Ele tava transtornado, piscando inúmeras vezes, claramente estava sob efeito de alguma droga. Ele estava vigiando os passos dela, ele a viu com meu filho. Se ele sequestrasse meu filho achando que era filho dele?

Luíza: Mas será que ele faria isso?

Eu: Sim... Não duvido. Acabou de sair da cadeia, sabe-se lá porquê. Está usando droga que é nítido isso e ele me escondendo essas coisas.
Luíza: É... É errado. Mas ela as vezes ficou com medo Pri, a detetive é você e não ela. Ela talvez não pensou que ele oferecesse tanto risco assim.

Eu:Não justifica Luíza... –voltamos ao que estávamos fazendo e eu fui pra casa. Cheguei em casa tomei umbanho me troquei e fui dar de mama estava produzindo mais leite que uma vaca emeus seios doíam horrores. Natalie não me ligou e não mandou nenhuma mensagempra mim naquele dia mais e eu também não mandei. Eu tava muito chateada. No diaseguinte a Clara com a Cecilia e o Lucas chegaram. O Lucas foi lá pra casa echegou cheio de presentes pra todo mundo. Eu não ligava pra Natalie e nemmandava mensagens e ela também estava na mesma. Eu sabia que ela estava medando um tempo e eu estava dando um tempo a ela.