NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊ

Capítulo 61

PRISCILLA NARRANDO...

Era dia 16 de outubro, estava trabalhando de casa, pelo menos tentando trabalhar em alguns contratos já que não conseguia projetar por causa da minha mão, liguei para a Luíza pedindo para que fizesse algumas coisas para mim, liguei para o Alessandro também e ele já estava chegando. 3 semanas de trabalho intenso para recuperar. A minha fala a fono disse que era mais fácil que em um mês de tratamento ou pouco mais voltaria, e eu já tinha feito bastante progresso. A Natalie tinha ido para a empresa dela e ia na obra ver o andamento a Laura tava dormindo eram 15 horas mais ou menos. E por falar em Natalie eu tenho descontado muito as minhas frustrações nela, e eu estou sendo uma completa idiota fazendo isso com o amor da minha vida. Eu subi até meu quarto, ainda não dormia nele, mas pretendo voltar na próxima semana. Abri meu cofre e peguei as maletas com as armas.

Rosa: Priscilla?

Eu: Oi?

Rosa: O detetive Alessandro chegou...

Nat: O que o Alessandro faz aqui? E o que você faz com essas armas Priscilla? – cruzou os braços. Eles chegaram no mesmo horário. Queria fazer isso sem ela por perto.

Eu: Pede pra ele subir Rosa, por fa...vor. – me irritava com a fala ainda. – Merda.

Nat: Não me respondeu Priscilla.

Eu: Vo...cê vai ver.

Alessandro: Detetive...

Eu: Oi Alessandro, obrigada por ter passa...do aqui antes de vol...tar para São Paulo.

Alessandro: Imagina chefe.

Eu: Aqui estão... 4 pis...tolas automáticas, as balas, os documentos e a guia de entrega preenchida e assi...nada. – dei a pasta a ele e ele conferiu como tinha que fazer. Abriu as maletas conferiu.

Alessandro: Confere. Está sob seu poder somente as que trouxe dos EUA?

Eu: Sim.

Alessandro: OK. Certinho chefe... Armas devolvidas ao armamento policial de São Paulo.

Eu: Muito obrigada. Dê um abraço em to...dos na delegacia por mim.

Alessandro: Pode deixar... Se cuida.

Eu: Você também, boa viagem... – ele saiu do quarto. – Rosa, o leve até a porta por fa...vor.

Rosa: Claro... – saíram.

Nat: Priscilla?

Eu: O QUE É NATALIE? O QUE FOI? – falei alto a assustando.

Nat: Tá gritando porquê?

Eu: Por que você me irrita. Para de me vigiar de me tra...tar como criança. Eu sou adulta, eu le...vei um tiro na cabe...ça, mas eu sei o que eu faço eu estou lú...cida desde a hora que abri os olhos. Que droga – ela começou a chorar. – E tá chorando porquê? Você fica em cima de mim mais do que em cima da nossa fi...lha quer que eu fique sorrindo o tem...po todo? Que droga. Essa minha fa...la irritante. Essa minha mão estúpida tudo me irrita. – falava nervosa. Eu estava explodindo. Ela correu para o banheiro e começou a vomitar. Ultimamente ela tá assim tudo ela chora ou vomita. Ela logo saiu do banheiro.

Nat: Eu estou tentando cuidar de você, eu sei que isso tudo é uma droga pra você, mas você deveria agradecer a Deus por estar viva e ter a chance de se recuperar 100% disso tudo, ter dinheiro pra isso. Tá irritada porque devolveu suas armas? Você ainda tem 4 não tem com que se preocupar – falou chorando e nervosa.

Eu: Eu devolvi, porque não preciso delas, não vou usá-las mais, e meu distintivo agora é só decoração de estante. Eu nunca mais volto a atuar.

Nat: Ouvi isso da outra vez.

Eu: Olha pra Natalie... OLHA PRA MIM... – gritei. – Eu não consi...go nem pe...gar minha filha no co...lo em pé. Você não sa...be o que aconteceu lá. Você não es...tava lá. – deixei cair uma lágrima. – Para de chorar, por que eu estou aqui... E eu não vou em...bora... – falei irritada.

Nat: EU TO GRÁVIDA SUA ESTÚPIDA... – eu travei – Você é uma imbecil, grossa... eu queria te fazer uma surpresa. Desculpa se eu estou com medo e chorona... – saiu do quarto.

Eu: NATALIE... VOLTA AQUI NA...TALIE... – ela desceu. Me lembrei da noite anterior a missão que falei pra ela dos óvulos e ela falou que já estava fazendo tratamento. Sai do quarto e desci para falar com ela. Ela estava no quarto sentada na cama e chorando. – Natalie...

Nat: Eu não quero falar com você agora Priscilla, me deixa sozinha... – ela se trancou no banheiro.

Eu: Por favor, va...mos conversar. Eu não que...ria gritar.

Nat: Não aguento mais seus pedidos de desculpas, sinceramente.

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