Logo chegou o natal. A ceia foi na casa da minha mãe, mas o dia 25 seria na minha casa. Falei com a Nat por telefone quando deu meia noite. Já tínhamos trocado presentes mais cedo. No dia 25 todos foram lá pra casa. Minha mãe, meu irmão com a família, minha avó, os pais da Natalie, a Natalie, o Rod, a Rafa e a Thati, a Luiza, meu filho, minha ex com a noiva. Todo mundo aproveitando a piscina. Até minha pequena tava de maiô com estampa igual a do meu biquíni e o da Natalie. Passamos um dia de natal sensacional. Eu estava muito feliz. A noite depois que todos foram embora, o Lucas ia dormir lá em casa e já estava na cama exausto, a Laura tinha mamado e dormido também a Natalie foi para a banheira e eu fui até a cozinha peguei uma garrafa de champanhe e entrei na banheira com ela. A servi e me servi também.
Eu: Feliz Natal.
Nat: Feliz Natal amor... E ao nosso amor...
Eu: Ao nosso amor. – brindamos e bebemos. Ela tava entre minhas pernas e de costas para mim. Ela virou a cabeça um pouco e me beijou – Te amo.
Nat: Te amo... – o beijo ganhou intensidade. Minhas mãos ganharam vida passeando pelo corpo dela até chegar a intimidade dela a fazendo arfar. Logo saímos da banheira e fomos para cama. Depois de um maravilhoso orgasmo abri a gaveta de cabeceira me sentei na cama e a olhei – O que foi? – sorriu de leve. Eu peguei uma caixinha e abri a fazendo arregalar os olhos.
Eu: Você merece um pedido de casamento decente né? – sorri – Natalie Smith, aceita se tornar Natalie Kate Smith Pugliese? – sorri e se sentou na cama e me deu um beijo.
Nat: Aceito... Mil vezes aceito – coloquei um solitário lindo no dedo dela.
Eu: A gente vai casar – a beijei.
Nat: Siiiim... A gente vai casar... – me beijou e sentou em cima de mim. Quando começou a esquentar a Laura acordou. – Não bebê, deixa as mamães transarem – colocou o rosto na curva do meu pescoço.
Eu: Vai lá trocar a fralda dela, vou tomar um banho rapidinho pra ir dar de mama a ela. – eu corri para o banho e ela foi vê-la. Tomei um banho de menos de 5 minutos e fui dar mama pra ela. Ela mamou horrores e dormiu de novo. Dei uma olhada no Lucas que tava todo esparramado na cama, o ajeitei e o cobri e voltei para o meu quarto. No réveillon, fomos para minha casa em Angra. Eu não ia pra lá a muito tempo. Meu irmão que ia muito com a esposa, minha mãe e minha avó também. Então eu fui com a Natalie e as crianças. Essa nossa primeira viagem de carro em família. – Amor, vamos logo, a Laura acabou de dormir. Ela vai dormir umas 2 horas, vai dar pra dirigir mais da metade do caminho sem precisar parar.
Nat: Vamos... – a Cecilia e a Clara vão no dia seguinte, então o Lucas já foi comigo, já que ele estava comigo desde o dia 25. A Laura surpreendentemente dormiu até chegarmos lá. 3 horas de viagem. – Que lindo é aqui.
Eu: Lindo né... Eu quase não vim aqui ano passado. Tanta coisa aconteceu. Mas o barulho do mar, dos pássaros, do vento entre as arvores, é maravilhoso.
Nat: Muito... A gente podia casar aqui – passou os braços no meu pescoço.
Eu: Serio?
Nat: Sim. Só a família e amigos bem íntimos, a casa é grande, tem uma pousada aqui perto também para se hospedarem.
Eu: Ok então... A gente se casa aqui – a beijei. Entramos na casa, minha mãe tava com a Laura no colo, o Lucas tava brincando com os Legos dele. Fomos para o meu quarto, eu montava um berço portátil que tinha levado lá pra Laura.
Nat: Tem fotos da Lanna por toda a casa – falou segurando uma foto dela.
Eu: Não tem fotos dela por toda casa. Tem essa ai, tem uma na sala.
Nat: E uma no seu quarto e no seu escritório no Rio – colocou a foto no lugar. Eu suspirei e me sentei ao lado dela.
Eu: Vamos falar sobre a Lanna?
Nat: Já falamos sobre ela.
Eu: Não... Vamos falar da importância da Lanna na minha vida.
Nat: Pri, não precisamos falar disso.
Eu: Precisamos... Precisamos, porque quando a gente se casar, essas fotos não sairão dessa casa. – ela encarou séria. – A Lanna foi meu primeiro amor. Ela era minha vizinha quando me mudei para os Estados Unidos. Foi a primeira pessoa que eu fiz amizade lá. Estávamos na mesma faculdade e na Army. Passavamos mais tempos juntas que qualquer outra coisa. A gente começou a namorar um ano depois de nos conhecermos. Nossa família nos apoiou muito. Depois de dois anos nos casamos, nos formamos no ano seguinte, trabalhamos juntas em escritórios e durante a noite na patrulha. A gente começou a falar de ter um filho e ela queria muito morar no Brasil e eu recebi a proposta de trabalhar como detetive no Brasil então eu vim, e abri a minha empresa, onde ela trabalhou também, mas como arquiteta como você já sabe e eu trabalhei como detetive. Fizemos 6 tentativas de inseminação e quando a última deu certo descobrimos que era de alto risco. Ela tinha placenta percreta como você também já sabe. Ela sabia que ela poderia morrer, a gente tinha consciência disso e fazíamos terapia, mas ai veio a eclampsia junto e acabou com tudo. Ela se foi e o meu filho também. Eu vou amar a Lanna pra sempre. Eu não amei a Clara como eu amei a Lanna, eu não amo você como amei a Lanna e como amei a Clara. A gente pode amar outras pessoas, mas a gente nunca vai amar igual. Eu te amo muito, eu quero me casar com você, eu quero que a gente dê certo, mas a Lanna é parte da minha historia, meu filho Aideen é parte da minha história. Eu conheci o amor através dela. Eu fui um ser humano melhor por causa dela. Eu quero me lembrar dela, ela é da minha família, ela ainda mora no meu coração eu não vou esquecê-la, porque eu te amo. Eu quero que você entenda isso. Ter fotos dela pela casa, não significa que eu não ame você ou te ame menos, ou que eu não te respeite. Eu vou tirar a foto do meu quarto aqui, e do meu quarto no Rio, mas ainda terei fotos dela guardadas. Eu te respeito e respeito suas memórias e gostaria que respeitasse as minhas também... – levantei e sai do quarto.
Nat: Priscilla, espera...
Eu: Eu vou dar uma volta tá... Tá tudo bem. – fui dar uma volta. Pode ser estranho pra muita gente, mas eu tinha um profundo carinho e respeito pela memória da Lanna e não queria apagar isso.
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NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊ
FanficA Rivalidade pode virar amor??? Priscilla Pugliese, 30 anos engenheira civil e Natalie Kate Smith 31 anos engenheira civil. Ódio a primeira vista desde o colégio, concorrentes na carreira e em um grande contrato, até que um grave acidente acontece...