Capítulo 86

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A noite quando nos preparávamos para dormir a gente estava tão empolgada que não conseguia nem dormir.

Eu: Eu estou empolgada demais pra dormir.

Pri: Eu também – rimos. Ficamos de frente uma pra outra. – Nossa vida vai mudar muito amor.

Eu: Sim, vai. A gente vai ser ainda mais felizes e mais cansadas também – rimos.

Pri: Mas é um cansaço bom. Sempre quis ter muitos filhos.

Eu: O que você acha que são?

Pri: Ah não sei. Não sei quantos são ainda.

Eu: Eu acho que gêmeos e não trigêmeos.

Pri: Será?

Eu: Intuição. E acho que são duas meninas.

Pri: Imagina que gracinha, duas mini Natalie andando pela casa. – sorriu.

Eu: Ou duas mini Priscilla.

Pri: Aiii eu estou muito feliz, obrigada por isso amor, obrigada por tudo.

Eu: Te amo.

Pri: Te amo... – fizemos amor bem de leve ficamos conversando e depois pegamos no sono. Estávamos trabalhando bastante, e os enjoos estavam sendo avassaladores pra mim, além do sono. Quando completei 6 semanas voltamos para uma nova consulta. Eu estava bem, a Débora me passou remédio para enjoo e mais algumas dicas, e na ultra meu coração foi a mil.

Debora: Escutem... – o som ecoou ela sala.

Pri: Meu Deus...

Eu: São os corações?

Debora: Sim. E são dois corações perfeitamente saudáveis para idade deles. – apertei a mão da Pri e chorei. Era tão forte e tão lindo.

Eu: Oi meus amores, é a mamãe... – estava emocionadíssima a Pri parecia que ia explodir de felicidade. A gente estava muito feliz.

PRISCILLA NARRANDO...

Está sendo difícil pensar no desmame da Laura, porque eu amo amamenta-la, eu amo ter esse contato com ela, eu amo ter minha pequena comigo. A única que sabia que a Natalie estava grávida e de gêmeos, além de mim e da doutora Débora era a Diorio que acompanhou todo o processo com a gente. O resto da família e os amigos não sabiam da data da fertilização como ela. Ela estava de folga então a chamei para almoçar comigo. Fui trabalhar de manhã avisei que não almoçaria em casa e fui almoçar com ela num restaurante que a gente amava. Ela já estava me esperando lá, fizemos nossos pedidos e começamos a conversar.

Diorio: Parece um pouco triste o que aconteceu hein?

Eu: Ai Nathy, a Natalie veio com um papo comigo que pode ser até idiota sabe, e eu posso estar sendo mega protetora, mas eu não gostei. Ela veio me falar que já está na hora de tirar a Laura do peito, porque ela acabou de fazer dois anos. E blá blá blá.

Diorio: E você não quer não é?

Eu: Não é que eu não queira. Eu não sinto essa necessidade. Por que não é algo que me atrapalha, que faz mal, ou que incomoda. Eu amo amamentar e... – suspirei – E essa é a minha única oportunidade de amamentar e eu não quero tirar dela, quero que ela pare quando ela quiser.

Diorio: Eu te entendo Pri. Você não pode ter filhos, e a Laurinha é a sua realização como mãe e você se sentiu invadida quando a Natalie propôs tirar o peito dela.

Eu: É... Isso mesmo. Eu amo a Natalie, ela é minha esposa, e está grávida, não quero magoá-la, mas eu não gostei do que ela falou. É a minha ligação com a minha filha. Antes dela entrar na vida da Laura eu passei por tudo com ela. A Laura era um ratinho de tão pequena e frágil, eu não pude amamenta-la por mais de 4 meses, e ela ama esse contato comigo e eu amo esse contato com ela e eu quero isso. Eu achei que ela não fosse pegar o peito por ficar tanto tempo sem mamar. Dói Nathy, dói pensar em tirar isso dela. Ela já perdeu muita coisa e eu sinto tanto carinho dela nesse momento único meu e dela. É o momento que me liga ainda mais a ela. E eu não quero perder isso. – deixei cair uma lágrima.

Diorio: E você não precisa tirar Pri, continua até onde você consegue, até onde você produzir, até onde ela quiser, porque vai chegar um momento que ela não vai querer mais.

Eu: Sim e eu quero que seja assim, quando ela não quiser mais. – almoçamos e eu voltei para a empresa. Trabalhei muito o dia todo e cheguei exausta em casa. A Natalie tava trabalhando na sala com o computador no colo e a Laura brincando no tapete.

Laura: Mamãe – veio correndo.

Eu: Oi filha – a peguei – Que saudade. Cheirosa – a beijei – Tomou banho agora?

Laura: Mama banho eu...

Eu: A mamãe te deu banho né – a beijei de novo. - Já papou?

Laura: Já. Papei carninha, alois, jajão, aboba eu amo ela falando nome de comida e de frutas, é tão bonitinho.

Eu: Ai que delícia. Papou tudo?

Laura: Papei.

Eu: Oi amor – dei um selinho nela.

Nat: Oi amor. Chegou tarde.

Eu: Fiz muita coisa hoje, estava atolada em papelada. – coloquei a Laura no chão – A mamãe vai tomar banho filha.

Nat: Vou colocar a comida no forno.

Eu: Ok – subi tomei banho lavei o cabelo, coloquei um pijama. Logo desci a Nat tinha colocado a mesa, logo jantamos e eu brinquei um pouco com a Laura. Quando deu nove horas ela quis mamar. Eu subi com ela sentei no quarto dela e dei o peito. Ela mamou até dormir. A coloquei na cama troquei a fralda dela e a cobri. – Te amo filhinha, dorme com os anjinhos. – acendi o abajur e puxei a porta. A Natalie já tinha subido para o quarto estava no banheiro escovando os dentes. Eu fiz o mesmo e fui para cama, liguei a televisão e coloquei uma serie que a gente estava vendo juntas. Ela notou que eu estava distante.

Nat: Amor?

Eu: Hum?

Nat: Tá tudo bem?

Eu: Sim está, e com você?

Nat: Bem. Tá quietinha.

Eu:Só estou cansada amor. – dei um beijo na cabeça dela que estavadeitada no meu peito. Eu não falei mais nada. Não demorou muito e eu dormi.

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora