Capítulo 33

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Último de hoje... Volto segunda... Bjs

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PRISCILLA NARRANDO...

Era madrugada de sábado para domingo acordei com a Natalie me cutucando...

Nat: Amor...

Eu: Hum?

Nat: Acorda... – me sacudia.

Eu: A Laura acordou?

Nat: Não.

Eu: Natalie, eu preciso dormir, porque daqui a pouco ela tem que mamar, porque tá me chamando? – falei um pouco sem paciência.

Nat: E quando ela chegar em casa apresentando namorado? E já pensou que temos que guardar dinheiro pra faculdade dela? Ainda tem fraldas tamanho P? A gente precisa procurar um advogado pra colocar meu sobrenome na certidão dela também, e precisamos entrevistar babás, porque no final de janeiro começam as obras e você volta para a empresa. – eu acendi o abajur e olhei pra ela.

Eu: Natalie, pelo amor de Deus... A Laura tem 4 meses e meio. Tem uns 5 pacotes grandes de fralda P, a gente não precisa guardar dinheiro pra faculdade, porque você tem milhões na sua conta e eu também, além de morarmos no Brasil e ter faculdades públicas incríveis que ela pode perfeitamente estudar se ela se dedicar e passar em alguma delas. E ela não vai ser uma criança pra sempre, ela vai namorar. A babá, inicialmente a mamãe vai cuidar dela pra mim. Ela mora aqui perto, está aposentada e é uma distração pra ela. A gente vai ter tempo de arrumar alguém pra cuidar dela depois. Mas enquanto ela é bebezinha a minha mãe vai cuidar. E quanto ao sobrenome dela, a gente ainda nem se casou. Quando isso acontecer, a gente pede a mudança de sobrenome. Agora são 2 horas da manhã, e você está surtando com algo super aleatório.

Nat: Não é aleatório. Eu acordei pensando nisso e resolvi falar.

Eu: As 2 da manhã Natalie Smith? – ela é de outro mundo. Não é possível. – Você é inacreditável sabia? – apaguei o abajur e virei para o canto novamente. 20 minutos depois ouvi a Laura chorar pela babá eletrônica. Dei uma suspirada e fui até lá. – Oi filha – a tirei do berço – Nossa, fez muito xixi amor. – ela tava inteira molhada. Chegou a molhar o lençol dela. A Natalie levantou.

Nat: Quer ajuda?

Eu: Troca o lençol dela pra mim amor, ela fez tanto xixi que vazou, molhou até o lençol. – ela foi trocar o lençol e eu fui trocar a fralda e a roupa dela. Dei mama, ela arrotou e logo dormiu de novo. Voltei pra cama e apaguei. Na segunda feira, a Natalie não ia trabalhar na empresa, ia ficar em casa. Então pedi a ela pra ficar com a Laura enquanto eu ia ao banco pela manhã. Eu nunca ri tanto em toda a minha vida. Estava conversando com a minha gerente quando meu telefone todo e uma Natalie completamente desesperada com uma criança chorando no fundo... – Oi amor? Estou falando com a minha gerente aconteceu alguma coisa?

Nat: Ela não para de chorar a 15 minutos, ela ta ficando cada vez mais vermelha. Eu não sei o que fazer – ela tava nervosa.

Eu: Olhou a fralda dela?

Nat: Tá limpa, tá seca. Troquei a roupa achando que era calor, mas não era. Eu acho que ela quer mamar.

Eu: Então dá mama pra ela.

Nat: Eu não tenho peito Priscilla – eu gargalhei – Eu tenho peito... Aliás, eu não tenho peito, tenho pouco...

Eu: Amor? tá divagando. – ria.

Nat: Eu não tenho leite.

Eu: Amor, tem leite congelado, eu te avisei. Você que não prestou atenção. Ela deve tá com fome, ela quase não mamou. Pega um dos saquinhos no freezer coloca no micro-ondas por 35 segundos e coloca na mamadeira e da pra ela. A mamadeira está no armário da cozinha dentro de um pote escrito esterilizado. Você tá surtada por isso ela tá chorando desesperada assim – falei calma.

Nat: Tá... Não demora... Se ela não parar de chorar eu vou coloca-la pra fora. – eu comecei a rir.

Eu: Natalie me escuta, você não vai coloca-la pra fora se ela não parar de chorar, se lembra que ela é um bebê? Humano? Ela não é um cachorro amor.

Nat: Não demora... Eu achei que deveria ligar, porque ela tava gritando tanto que eu pensei que ela fosse explodir, sei lá.

Eu: Bebês não explodem amor. – minha gerente ria com a conversa.

Nat: A Dona Redonda daquela novela explodiu oh meu Deus... Como ela pode ser assim? pensei.

Eu: Natalie, faz logo o que eu falei, senão ela não vai parar de chorar. Preciso desligar – desliguei. Terminei de resolver as coisas com a minha gerente e fui pra casa. Cheguei lá e tava tudo silencioso. As duas estavam na minha cama dormindo. A cena tava linda, mas parecia que tinha passado um furacão pelo meu quarto. Roupinhas, fraldas, lenço umedecido. Olhei mais de perto e ri – Amor... Amor – acordei a Natalie.

Nat: Oi? – acordou assustada – O que foi? Ela acordou? É o que? Fralda de novo? Mamadeira? Cólica? – eu ria.

Eu: Calma.

Nat: Ai que susto. – colocou a mão no peito. – Do que você tá rindo?

Eu: Eu sai por 2 horas e parece que passou um furacão nesse quarto.

Nat: Ela fez xixi, fez coco duas vezes, ai ela chorou, parecia que ia explodir, ai ela dormiu e eu acabei pegando no sono também.

Eu: É... – ri – Foi bem intenso mesmo, porque tem coco na sua cara.

Nat: O que? – passou a mão no rosto. – Ai que nojo, que nojo, que nojo – correu para o banheiro. Eu juntei toda a bagunça, depois peguei a Laura coloquei no berço e voltei para o quarto pra me trocar. – Eu não vou ser uma boa mãe nunca. Acho que é por isso que eu não engravido. Eu fiquei duas horas com ela e estou morta. – falou triste.

Eu:Não fica assim amor, é que você nunca ficou sozinha com um bebê antes. Noinicio é desesperador. Quando eu fiquei sozinha com o Lucas a primeira vez, eufiquei pior que você. A Clara ri de mim por isso até hoje – a beijei. A Natalie era um desastre cuidandoda Laura sozinha, mas me fazia rir demais. Ela era muito medrosa e a Laura canalizavao pavor dela e chorava demais e ela ficava ainda mais desesperada. Minha mãe ea Rosa se divertiam horrores vendo isso. 

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora