NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊ

Capítulo 26

Prender o Pacco. Pacco era um traficante de armas muito perigoso e a forma como ele executava quem o devia ou o delatava eram horríveis. Ele os decapitava. Já tínhamos todas as pistas e provas possíveis, mas sabíamos que ele estava no México e a prisão dele seria num aeroporto clandestino.

Era dia 25 de novembro, eu não falava com a Natalie desde nossa última conversa. Era dia da minha viagem para São Paulo. Era minha última missão como detetive. Sai bem cedo de casa, fui até a frente do prédio dela, olhei para cima e vi que a cortina do quarto dela tava aberta. Logo a vi passar pela janela, mas ela não olhou para fora. Eu amava aquela mulher e era genuíno, mas ela me magoou demais.

Eu: Eu te amo... – sussurrei. Sequei a lágrima que queria cair e fui ao hospital a pediatra da minha filha queria falar comigo. Cheguei lá vi minha filha... – Oi amor é a mamãe... Você tá a cada dia mais linda sabia? Essa semana é a última missão da mamãe meu amor, e logo eu estarei com você bem agarradinha, e logo você vai pra casa também. Tem um quarto lindo te esperando – a beijei. A ninei até que ela dormisse. – Te amo minha vidinha... Te amo muito. Deus te abençoe... A mamãe logo volta – a beijei novamente, dei um cheirinho nela e fui até a sala da pediatra.

Marina: Oi... Bom dia entra...

Eu: Bom dia...

Marina: Já viu a pequena?

Eu: Acabei de vê-la. Tava dando um escândalo por estar tomando banho. – ri. – Mas a peguei a ninei até dormir, falei com ela.

Marina: Ela não é muito chegada em banho, é assim todos os dias – rimos – Sente-se. – me sentei. – Então Priscilla, eu soube que você quer amamentar a Laura né?

Eu: Sim, quero muito.

Marina: Para isso, você vai precisar tomar uma medicação via oral por 5 dias, são 3 comprimidos diários e tomar uma injeção para induzir a lactação.

Eu: Sim. E em quanto tempo eu começo a produzir leite?

Marina: Seguindo esses passos certinhos, em 10 dias no máximo. Mas no segundo dia, já vai sentir os seios doloridos como se fosse menstruar sabe?

Eu: Sei.

Marina: Então. Eu te chamei aqui, porque você precisa começar hoje isso. – eu me ajeitei na cadeira.

Eu: Isso quer dizer que...

Marina: Ela vai receber alta até dia 10 de dezembro no máximo.

Eu: Meu Deus – ri e chorei. Já era para ela ter recebido alta a muito tempo, mas ela teve alguns problemas e não pôde sair. – De verdade?

Marina: De verdade. O probleminha que ela teve quando íamos dar alta foi resolvido ela está bem, esses dias a mais que ela vai ficar é só por segurança mesmo. Depois de mais de 4 meses, ela finalmente vai pra casa – falou emocionada.

Eu: Obrigada Marina, obrigada por tudo que fez por ela – levantei e a abracei.

Marina: Ela é um verdadeiro milagre Priscilla. Quando ela chegou aqui, a expectativa dela de vida era de menos de 10% e ela está saindo muito saudável. Ela é pequena, ela é abaixo do peso para a idade dela, mas ela está saudável e vai pra casa. – ela me explicou inúmeras coisas. A Diorio veio falar comigo, ela já sabia. Tomei a injeção ali mesmo e era bem dolorosa. De lá passei na farmácia comprei a medicação tomei o primeiro comprimido. Precisava tomar a cada 6 horas por cinco dias. Embarquei para São Paulo feliz da vida por saber que era minha última missão e que minha filha logo iria pra casa. Passei 3 dias na correria, meus seios doíam horrores, mas era para o bem da minha filha. No quarto dia já tinha tomado as 3 levas de medicação e no quinto dia era o dia em que pegaríamos o desgraçado do Pacco. Tomei o remédio de manhã antes de sair de casa. Fomos ao aeroporto clandestino ficamos de tocaia numa mata e em uns galpões que tinham em volta. Já estávamos a horas ali, deu tempo até de tomar a penúltima pílula. Logo um jatinho se aproximava.

Eu: Fiquem a postos pessoal – falei pelo fone. Logo ele pousou e minutos depois um carro logo apareceu na estrada, três caras desceram dele e o ajudaram a descer inúmeras caixas. – É agora... Polícia de São Paulo – saímos dos esconderijos e um cara já virou atirando e um do tiros pegou no meu braço e o outro no lado esquerdo da minha barriga. – AAAHHHH – atirei nele e ele caiu. O Pacco estava no chão tentando pegar a arma dele, o piloto estava deitado no chão com as mãos na cabeça, os 3 caras que vieram no carro estavam no chão, o que atirou em mim tava morto, porque o último tiro que dei acertou a cabeça dele. Minha visão estava embaçada e quando consegui firmar as vistas o Pacco estava com a arma na mão. Era eu o ele. – Desgraçado... - Então o disparo foi feito...