Capítulo 88

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Eu entrei no meu carro e dirigi pra casa, que não era muito longe dali.

Nat: Amor, eu estou te ligando faz tempo, porque não atendeu? – me abraçou e eu comecei a chorar. – Hei... O que foi? – fez carinho nas minhas costas. Eu me soltei dela e falei.

Eu: O Lucas foi sequestrado.

Nat: O que? – assustou.

Eu: Levaram meu filho...

Nat: Como assim? Como assim levaram?

Eu: O Renato levou meu filho – contei tudo a ela e ela chorou.

Nat: E agora, o que vai ser feito?

Eu: Temos que esperar, o delegado Moura tá cuidando de tudo, ele foi até o local indicado pela tornozeleira que ele usa e vai vir aqui. Parece que eu estou num pesadelo.

Nat: Ele vai ser encontrado amor...

Clara: Meu filho não volta naquela escola – falava com raiva. – Uma escola caríssima, era pra ser segura e na primeira oportunidade meu filho é levado tranquilamente.

Eu: Não volta mesmo...

Nat: Amor, sobe, toma uma banho coloca uma roupa mais confortável, vou fazer alguma coisa pra todas nós comermos, não podemos ficar sem nos alimenta ok?

Eu: Ok... – dei um beijo nela. Subi tomei um banho, coloquei uma roupa confortável e desci. Ela fez alguns lanches para nós e nós comemos, não demorou muito o delegado voltou. – Moura e ai?

Moura: Ele é muito burro, pra quem quer sequestrar uma criança.

Clara: Encontraram meu filho?

Eu: Vejam vocês – me deu um celular dele e o Lucas estava sentado numa mesa jantando e conversando com ele tranquilamente. – Onde é isso?

Moura: É uma cabana na saída da cidade. Cercamos a casa, tenho vários homens em volta da casa, ele não vai sair de lá com o menino. Pelo que conseguimos ouvir, ele está tratando o menino super bem, o alimentando super bem também. Ao que tudo indica, ele não vai sair de lá essa noite, então quando dormirem, vamos invadir a casa, resgatar o garoto e prendê-lo.

Eu: Vão esperar que eles durmam? Meu filho pode correr perigo até lá.

Moura: Qualquer movimento que ele faça, alguém vai intervir, fica tranquila. Não tem mais ninguém na cabana além dele e da criança.

Eu: Eu quero estar lá.

Moura: Tudo bem. Mas você não vai armada, e você não vai bancar a heroína e entrar lá. Vai ficar no carro o tempo todo até sairmos com seu filho de lá e entregarmos a você ok? Se você der um passo que não for permitido eu prendo você por abuso de autoridade sendo que você não exerce mais a sua profissão então não tem mais voz ativa e nem pode atuar em casos envolvendo familiares.

Eu: Tudo bem eu não vou nem piscar.

Moura: Assim espero.

Nat: Eu também vou.
Clara: Eu também.

Eu: De jeito nenhum. Vocês duas estão grávidas, vocês não vão...

Clara: Você tá grávida? – perguntou a Natalie.

Nat: Sim. A gente não ia contar nada ainda né Priscilla – me repreendeu.

Eu: Desculpa fiquei nervosa – dei um beijo nela e sai. A Cecilia ia ficar com elas, minha mãe e minha ex sogra estavam lá em casa já. Eu fui no carro do detetive com ele. Eu estava tão nervosa. A hora parecia que não passava.

Moura: Priscilla?

Eu: Hum?

Moura: Me dá sua arma.

Eu: Eu não estou armada – estava sim.

Moura: Está sim. Me dá... – suspirei.

Eu: Moura eu...

Moura: Você não vai precisar dela.

Eu: Tá bom – tirei de trás do cós da minha calça e dei a ele.

Moura: Muito bem. – logo deu 2 da manhã.

XX: Chefe, tem mais de 4 horas que não tem movimentação na casa.

Moura: Vamos invadir. Primeiro localize o homem sem barulho e localizem a criança. Peguem o menino primeiro tirem da casa sem alarde e prendam o cara.

XX: Se não der certo?
Moura: Prega fogo no cara porra...
– desligou – Tenho que explicar tudo nessa merda – eu ri. – Não sai daqui ok?

Eu:Tá bom. –falei irritada. Logo eles entraram na casa, a movimentação toda durou cerca de15 minutos, meu coração parecia que ia explodir. Era diferente, era meu filho. 

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora