Capítulo 29

1.1K 63 4
                                    

NATHALIA DIORIO NARRANDO...

Quando recebi a ligação de São Paulo eu enlouqueci. Sabia que tinha algo de errado acontecendo, a Pri nunca fica muito tempo sem se comunicar comigo. Achei melhor não avisar a mãe dela ainda. Eu liguei para o Rodrigo e ele já sabia de tudo e estava vendo passagens para São Paulo. Pedi a ele para ver para mim também. Fiz mala para uns 4 dias e logo ele me ligou dizendo que conseguiu um voo para nós. Ele passou no meu apartamento para me pegar, deixei avisado com a moça que trabalha pra mim, que era para ir lá tratar dos meus bichinhos apenas e desci.

Rod: Graças a Deus essa é a última missão.

Eu: Nem me fala Rodrigo. A Laura quase indo pra casa e acontece isso? É demais.

Rod: E a Natalie, a gente avisa?

Eu: Não sei. Acha que devemos avisar?

Rod: Não sei. Elas se gostam e ficam nessa palhaçada. Eu entendo a Pri, a Natalie pegou pesado, mas a Pri precisa entende-la também. Até eu ficaria assustado se a visse atirar tranquilamente em duas pessoas na minha frente.

Eu: Eu também ficaria. – logo chegamos ao aeroporto, o Rodrigo foi fazer nosso check in e eu fui ligar pra Natalie que ficou super assustada. Chegamos no Rio, fomos para o apartamento que ela tinha lá, e fomos ao hospital. Cheguei e me identifiquei. – Boa noite, sou Nathalia Diorio, sou amiga da detetive Alvares Felix e médica também.

X1: Oh muito prazer senhora. Sou detetive Alessandro Gomide. Ela está em cirurgia. Ela levou um tiro de raspão na cabeça, um no braço e do lado esquerdo na barriga. Ela está passando por uma cirurgia para retirada da bala na barriga e no braço também.

Eu: Ela está correndo risco de morte?

X1: Os médicos disseram que não atingiu nenhum órgão vital, mas houve hemorragia interna.

Eu: Quem está operando?
X1: Doutora Lucélia Magalhães. É a melhor cirurgiã geral daqui. Ela ainda esperou uma hora para ela tomar a medicação que ela estava tomando para produzir leite.

Eu: Meu Deus, ela não pensou nela nem nesse momento.

X1: Não... Esse é o chefe de cirurgia doutor Leopoldo Brandão.

Eu: Muito prazer, Doutora Nathália Diorio, cirurgiã geral e neurocirurgiã sou amiga e médica da detetive.

Leopoldo: Muito prazer. Ela está bem, está saindo da cirurgia agora, as bala foram removidas. Ela levou 3 tiros, o da cabeça foi de raspão, só levou alguns pontinhos, a do braço não foi nada de grandioso e da barriga causou hemorragia, mas já foi reparado.

Eu: Eu posso vê-la?

Leopoldo: Assim que ela acordar da anestesia. Mas vou leva-los para uma área reservada.

Eu: Ok, obrigada – fomos para a sala e depois de duas horas ela foi para o quarto. – Oi detetive.

Pri: Agora é Priscilla – sorriu de leve. – Como tá minha filha?

Eu: Está ótima e com saudade da mamãe. Todas as manhãs ela chora no mesmo horário, faz um beicinho lindo, de saudade da mamãe.

Pri: Oh meu Deus, que dó da minha boneca.

Eu: Como está se sentindo?

Pri: Como se eu tivesse levado 3 tiros. – rimos.

Rod: Espero que tenha aposentado as armas agora.

Pri: As armas a gente nunca aposenta. Mas minha missão como detetive acabou hoje.

Rod: Que bom. Eu não quero ter que te enterrar.

Pri: Idiota – rimos. – Ai... – gemeu.

Eu: Está com dor na incisão?

Pri: Não. Nos meus peitos mesmo.

Eu: Deve ser o leite já.

Pri: Espero que sim, porque eu senti muita dor pra esse leite vir pra minha pequenininha. – sorriu de leve. – Eu vou dormir um pouco, estou acabada.

Eu: Pode descansar. – ela dormiu.

Rod: E a mãe dela? Como vamos fazer?

Eu: Amanhã a gente fala com a Luíza para ir lá falar com a mãe dela.

Rod: Ok, eu vou ligar pra Luíza já, ela já sabe ela tava comigo quando me ligaram. – ele saiu do quarto. Ele foi dormir no apartamento dela e eu fiquei lá. De manhã ela tava sentindo muita dor, o médico disse que seria normal. A mãe dela me ligou desesperada, eu fiz chamada de vídeo entre elas, e elas choraram bastante. A Natalie me ligou quando ela estava no banho.

Eu: Oi Nat.

Nat: Oi... Tudo bem?

Eu: Sim e você?

Nat: Preocupada. Como ela está?

Eu: Com dor, mas está bem, está conversando, comendo, já perguntou dos filhos, fez chamada de vídeo com a mãe dela. Em alguns dias vamos pra casa.

Nat: Ai que bom – suspirou. – Eu pensei em ir até ai, mas não quero deixa-la nervosa.

Eu: Melhor não vir mesmo. Acho que vocês duas tem muito o que conversar, mas quando ela tiver bem. Agora não é o momento de exaltar.

Nat: Eu sei... Me dá noticias, por favor.

Eu: Pode deixar. Fica tranquila, ela vai ficar bem.

Nat: Obrigada...
Eu: Por nada
- desliguei e voltei para o quarto.

Pri: Com quem você tava falando?

Eu: Com a Natalie.

Pri: Ah... – só levantou uma sobrancelha.

Eu: Ela tá preocupada.

Pri: Preocupada? Comigo? – riu – Eu sou uma assassina lembra?

Eu: Pri, ela tava nervosa. E eu conversei com ela sobre isso também.

Pri: A gente não tem jeito Nathalia. E tá tudo bem. Ela vive a vidinha dela e eu vivo a minha e pronto. Tá tudo bem. Em alguns dias eu vou pra casa, minha filhinha vai pra casa e eu vou ser uma mãe de duas crianças e uma engenheira. 

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora