Capítulo 8

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Pai: Oi filha, o pai ta aqui – me abraçou – Graças a Deus minha filha... – me encheu de beijos. Eu chorei muito, tava sufocada.

Eu: Eu tive tanto medo pai. – soluçava.
Pai: Eu sei meu amor, eu imagino. Mas agora você tá aqui, logo vamos pra casa.

Eu: E a mamãe?

Pai: Ficou no Rio, ela não se sentiu bem precisou ser internada no primeiro dia, agora tá de repouso em casa, mas ela tá bem agora em saber que você tá viva.

Eu: Chegou tem muito tempo?

Pai: Tem 1 hora. Os donos do jatinho se encarregaram de nos trazer aqui pagando taxi aéreo de outra companhia aérea. Ai viemos pra cá o mais rápido possível. Eu, a Nathalia amiga da Priscilla, a esposa e o irmão do Jorge, a esposa e o filho do André. Amanhã de manhã virão os familiares dos falecidos. Ai filha que bom te ver.

Eu: Eu nem acredito que estou pai... É tudo muito surreal. – logo bateram na porta e uma mulher entrou. Era a Nathalia amiga da Priscilla. Eu a conhecia já. Era muito simpática, era médica e pelo que soube, uma das melhores amigas da Priscilla.

Diorio: Como você tá?

Eu: Me sentindo segura finalmente.

Diorio: Que bom, logo vai pra casa ficar com toda a família.

Eu: Sim... E a Priscilla, tem notícias?

Diorio: Ela ainda tá em cirurgia. Um coágulo infectado foi para o coração dela, por isso ela teve uma parada cardíaca. Devem estar terminando.

Eu: Como está a família dela?

Diorio: Estão sendo fortes. A mãe dela sempre acreditou que ela estava viva, ela é muito forte.

Eu: A Priscilla tem a quem puxar. Se não fosse ela lá naquela mata, talvez eu nem estaria viva ainda.

Diorio: Sim, ela é muito forte. – suspirou. Eu preciso ir pra lá. Espero que fique bem logo.

Eu: Obrigada – saiu do quarto. – Pai, Será que ela vai ficar bem? Ela teve uma parada na minha frente. Ela ficou bem todos esses dias pai.

Pai: Calma amor... Os médicos explicaram que foi por causa do ferimento no braço dela. Fica calma, ela vai ficar bem. – contei pra ele tudo que aconteceu lá, logo vieram com o meu jantar. Eu comi como se fosse a refeição mais perfeita do mundo apesar de não ter muito tempero por ser de hospital. Como a vida era estranha. Antes disso tudo acontecer, eu não comia qualquer coisa, eu não me envolvia em certas situações e hoje estou aqui, comendo feito uma louca uma comida de hospital depois de passar quatro dias comendo, comidinhas de avião e peixe no meio do mato. Escovei os dentes e deitei. Logo meu pai voltou, ele tinha ido comer alguma coisa, ia dormir comigo lá.

Eu: Tem notícias dela pai? – eu ainda tava muito preocupada.

Pai: Saiu da cirurgia, foi tudo bem, ela teve outra parada, mas ficou bem. Ela está na UTI agora pra se recuperar, a amiga dela foi para o hotel aqui do lado e volta amanhã. Se ela passar bem a noite, ela vai para o quarto amanhã mesmo fica tranquila.

Eu: E quando eu vou poder ir pra casa?

Pai: Em dois dias filha. Precisa recuperar um pouco pra depois ser liberada. – logo bateram na porta e meu pai foi atender.

Jorge: Oi como você tá?

Eu: Estou bem e você? – sorri pegando na mão dele.

Jorge: Bem. Com dores no corpo, mas estou bem. Amanhã já volto para o Rio, fiz todos os exames possíveis e impossíveis aqui – rimos. - O André vai amanhã também, deve passar pra te ver depois. Soube da Priscilla, mas ela vai ficar bem. Se não fosse ela a gente não teria sobrevivido um dia lá – riu.

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora