Capítulo 30

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PRISCILLA NARRANDO...

Dor... Era o que eu vinha sentindo. Não só dos tiros, mas nos seios. Como doía produzir leite, mas pela minha filhinha eu faria tudo. Natalie perguntou por mim, eu sentia falta dela, mas estava magoada. Eu sei que errei em não ter contado tudo, mas nem tudo dá para ser falado na hora. Passei quatro dias no hospital em São Paulo, mais dois dias no meu apartamento lá. A Diorio foi embora antes, minha mãe foi ficar comigo, o Rodrigo também foi embora. Fui até a delegacia me despedi de todos, fui recebida com uma festa. Fiquei bem emocionada. Mais um ciclo se encerrava na minha vida. Voltei para o Rio de Janeiro, minha casa estava pronta para receber minha filha que vem pra casa em três dias. Minha mãe montou minha arvore de natal, decorou toda a minha sala. Dizia que tinha que ter mais alegria em casa. O Lucas a ajudou. O Lucas sabia da irmãzinha. Já vinhamos trabalhando a chegada dela na cabecinha dele e ele estava ansioso para conhece-la.

08 DE DEZEMBRO... A ALTA E A CHEGADA DA LAURA EM CASA...

Acordei as 6 da manhã, meus seios estavam maiores que o normal, doloridos e eu já usava absorventes para seios, porque vazavam um pouco. Era chegado o grande dia. Tomei um bom banho, lavei o cabelo o sequei. Coloquei uma blusa fácil de abrir na frente, um sutiã de amamentação, uma calça confortável e sapatilhas. Eu estava de fato confortável como uma mãe. Fiz minha oração sai do quarto abri a porta do quarto dela, abri a janela para ventilar, coloquei a roupa de cama que já estava lavada, passada e separada para colocar quando ela chegasse. Tudo foi desinfetado no dia anterior. Peguei a bolsa dela dentro do berço, onde tinha algumas fraldas duas trocas de roupa e uma manta. Foram 133 dias de hospital. Quatro meses e treze dias, sendo 3 meses só de Neonatal. Eu estava emocionada demais. Peguei o bebê conforto que estava na poltrona e desci. Olhei no celular e eram 8 horas. Rosa estava passando café e colocando a mesa.

Eu: Bom dia Rosa.

Rosa: Bom dia menina. É um lindo e incrível dia – sorriu e eu chorei.

Eu: Graças a Deus Rosa – ela me abraçou e eu chorei.

Rosa: Sua menina vem pra casa, está bem, está saudável.

Eu: Graças a Deus. – ela sentou comigo e tomamos café. Logo minha mãe chegou com a caixa de lembrancinha que eu mandei fazer para agradecer a todos que cuidaram dela. A mamãe colocou o suporte do bebê conforto no banco pra mim e colocou a cadeirinha em seguida. No caminho paramos na floricultura, no dia anterior encomendei inúmeras rosas brancas para distribuir aos funcionários. Eram muitas rosas. Chegamos no hospital, começamos pela portaria, depois recepção, alguns médicos e enfermeiros, chegamos na Neonatal, as mamães da Neonatal, as enfermeiras e médicas, logo na pediatria, a mesma coisa. Ela tava dando um show, porque minha filha é uma porquinha e não gosta de banho.

Enfermeira: Olha quem chegou. É a mamãe. Ela veio te buscar Laurinha, você não pode ir pra casa azedinha né?

Eu: Oi filha... Bom dia meu amor, é a mamãe – ela me olhou e parou de chorar com um biquinho lindo. – Oh meu Deus o que a mamãe faz com esse biquinho lindo hein? – a enfermeira a tirou da água, a mamãe deu a secou e a vestiu. Enquanto isso a pediatra me deu todas as informações sobre ela.
Pediatra: Bom, chegou o grande dia né? Sabe que ela é bem pequena pra idade dela. Ela é um bebê de quatro meses e meio com tamanho e peso de um recém nascido, ela terá todos os cuidados de um recém nascido, mas o desenvolvimento dela com o passar do tempo deve normalizar.

Eu: Sim. Eu sei.

Pediatra: Ela está com 3,250 e medindo 48 centímetros. Ela está ótima – me explicou tudo, me deu o cartão de vacina, a data da próxima consulta dela. a enfermeira veio me ajudar a amamenta-la e como doeu.

NATIESE: ME ENCONTREI EM VOCÊOnde histórias criam vida. Descubra agora